O presidente do BDMG, Sergio Gusmão, considera que os bancos subnacionais de desenvolvimento são ferramentas poderosas para garantir a retomada econômica na América Latina e no Caribe balizada pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. A afirmação foi feita durante participação, nesta quinta-feira (27/05), no 13º Fórum Econômico Internacional para a América Latina e o Caribe, que reuniu, de maneira virtual, chefes de estado e gestores de organismos de desenvolvimento da região, além de organizações parceiras mundiais. O evento é um dos principais espaços de debate sobre a América Latina na Europa, e foi promovido pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD).
No painel Como alinhar a ação local e internacional para alcançar o desenvolvimento sustentável, Sergio destacou que o fim da pandemia de covid é uma oportunidade para mudar os padrões de desenvolvimento na região, “rumo a um crescimento sustentável e inclusivo”. O presidente disse ainda que o mundo já possui agendas claras para nortear os caminhos para essa mudança – como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o Acordo de Paris e a Agenda de financiamento ao desenvolvimento de Adis Abeba – e que bancos subnacionais de desenvolvimento, como o BDMG, possuem as melhores condições para implantá-las.
“Temos capacidade de mobilizar e canalizar os recursos disponíveis a nível global para cumprir para demandas de desenvolvimento locais. Os bancos subnacionais estão conscientes dos desafios e necessidades que devem abordar com suas intervenções e podem identificar com mais efetividade as prioridades e peculiaridades das suas regiões”, declarou.
O presidente exemplificou o potencial impacto positivo das instituições com as ações anticíclicas implementadas pelo BDMG em 2020, que constam no Relatório de Sustentabilidade (www.bdmg.mg.gov.br/relatorio). Entre os resultados destacados por Sergio aos participantes, estiveram o aumento do desembolso em 118% em um momento desafiador, a maior disponibilidade de crédito para iniciativas de energia limpa e a valorização das mulheres empreendedoras.
Transformação digital
Juan Antonio Sanahuja, diretor da Fundação Carolina, organização espanhola que promove a cooperação educacional e científica com os países da América Latina, defendeu investimentos em acesso de comunidades a novas tecnologias para encurtar as distâncias entre os países da região. “A transformação digital é uma necessidade e um imperativo. Ela nos impõe muitos desafios que requerem uma maior cooperação internacional, a formação de alianças mais sólidas que garantam a troca de experiências tecnológicas em diferentes níveis, contribuindo para acabar com distanciamentos entre países e entre comunidades”, destacou.
O vice-presidente de Setores e Conhecimento do BID, Benigno López Benítez, acrescentou que, para ocorrer essa transformação, é preciso infraestrutura, o que os governos locais, neste momento, não têm condições de fornecer. “Temos a necessidade de melhorar a entrega de serviços públicos prioritários, que no momento estão reduzidos. Podemos investir em digitalização na saúde, na educação, na governança e no setor produtivo. O acesso à tecnologia é fundamental para termos uma sociedade mais justa, sustentável e resiliente”, destacou.
O 13º Fórum Econômico Internacional para a América Latina e o Caribe fez parte da programação de abertura da Semana da América Latina e Caribe em Paris (SALC2021), que reunirá até o dia 12 de junho, mais de 300 eventos culturais, científicos, políticos e econômicos relacionados com a região.
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