A produção industrial de Minas Gerais registrou 4% nos primeiros nove meses do ano, desempenho superior à média nacional, que fechou o período com recuo de 0,2%. No comparativo entre setembro e agosto, no entanto, Estado e país registraram estabilidade na produção, com o primeiro marcando 0,0% e o segundo com crescimento de 0,1%. Os dados constam no Boletim Econômico do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) divulgado nesta quarta-feira (8/11) a partir de resultados publicados pelo IBGE.

O desempenho da indústria de transformação no estado foi o que mais contribuiu para o resultado de Minas nos primeiros três trimestres do ano, já que dez das 13 atividades apresentaram crescimento. Os destaques são os setores de borracha e material plástico, com avanço de 18,1%, o de máquina equipamentos, com 11,3%, e o de petróleo e biocombustível, com 9,5%.

“Na margem, a indústria mineira ficou estável durante a passagem de agosto para setembro devido a uma desaceleração da indústria extrativa e a uma recuperação da indústria de transformação”, analisa o economista-chefe do BDMG, Izak Carlos da Silva. “Apesar dessa estabilidade relativa, observamos um desempenho em Minas superior no ano, determinado, primeiro, pela demanda crescente de minério de ferro e, segundo, pelo avanço da cadeia automotiva de um modo geral”, completa. Em 2023, a produção de veículos em Minas cresceu 7,8%, enquanto no Brasil houve queda de 5,8%.

O economista do BDMG acredita que o fechamento do ano será positivo para o setor industrial. “O segmento de transformação, nas linhas de duráveis e semiduráveis, se manterá em alta, motivado pelo crédito em queda e pelo pagamento do 13º, dois fatores que aumentam o poder de compra das famílias”.

Clique aqui e acesso o Boletim Econômico do BDMG sobre a produção industrial.

O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) está oferecendo crédito com condições exclusivas para micro e pequenos empresários do setor de Turismo no Estado. Por meio do Fungetur Pronampe, poderão ser financiados negócios que possuem o Cadastur, como bares, restaurantes, pousadas, empresas de transporte, entre outros, com diferencial nas taxas: 0,41% ao mês + INPC, e prazo de 48 meses para pagamento. A oferta é por tempo limitado, sujeita à disponibilidade de recursos.

“O Turismo é um setor fundamental para Minas, por gerar emprego, renda, e movimentar uma grande cadeia de serviços. É uma atividade que está crescendo no nosso Estado mais do que no restante do país. Queremos apoiar as micro e pequenas empresas do turismo que querem expandir suas atividades, fortalecendo cada vez mais a posição de Minas nacionalmente”, destaca o presidente do BDMG, Gabriel Viégas Neto.

No Fungetur Pronampe, são usados os recursos do Fundo Geral do Turismo (Fungetur), do Ministério do Turismo, com as garantias do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), o que torna o acesso aos recursos facilitado para os empresários e mais seguro para os bancos. A iniciativa se soma ao crédito já ofertado pelo BDMG para investimento e capital de giro aos pequenos negócios dos demais segmentos. Para contratar, basta acessar o site bdmg.mg.gov.br e fazer a solicitação de crédito. A análise é feita em até 1 hora.

Crescimento

Neste ano, Minas Gerais registrou a maior variação no volume das atividades turísticas em 2023, em comparação com 2022, sendo o Estado brasileiro com maior crescimento no setor, conforme dados divulgados em julho pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo com base no Índice de Atividades Turísticas apurado pelo IBGE. Além disso, conforme Boletim Econômico divulgado em outubro pelo BDMG, o crescimento da atividade turística em Minas Gerais é de 17,6% nos primeiros oito meses do ano, movimentando os setores de comércio e serviços em Minas.

Desde 2019 até outubro deste ano, o BDMG já financiou R$ 191,9 milhões por meio do Fungetur a clientes de todos os portes do Estado, principalmente de micro e pequenas empresas.

Para acessar o crédito, é pré-requisito que a empresa esteja registrada no Cadastro dos Prestadores de Serviços Turísticos (Cadastur), do Ministério do Turismo.

Minas Gerais é o segundo Estado no país que mais criou vagas formais de emprego neste ano, atrás apenas de São Paulo. De janeiro a setembro, são 183,4 mil postos no Estado, sendo 12,6 mil delas em setembro, oitavo mês consecutivo com resultado positivo. Já a taxa de desemprego do país chegou a 7,7% em setembro, queda de 1,0 ponto percentual no comparativo com setembro do ano passado.

Os números constam em Boletim Econômico do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) divulgado nesta terça-feira (31/10) com base no levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).

Os postos de trabalho criados em Minas tiveram destaque nos setores de Serviços (13,5 mil vagas) e Indústria (4,4 mil postos). Os dois segmentos compensaram a queda nos empregos na Agropecuária, cujo saldo negativo no mês foi de 5,3 mil.

Para o superintendente de Planejamento do BDMG, Alexandre Navarro, o recuo da inflação e dos juros, o avanço do rendimento médio real, e as contratações no final do ano devem aumentar o ritmo de resultados positivos no mercado de trabalho.

Clique aqui e acesso o Boletim Econômico do BDMG sobre o mercado de trabalho.