
Aos 11 anos, Thaís Mor já era apaixonada por cerâmica, mas não imaginava que um dia seria a diretora artística da sua própria galeria de artes, inaugurada neste ano, em Belo Horizonte. O espaço abriu as portas a partir do talento, da coragem e do crédito do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais.
No Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino (19/11), o BDMG aponta que, de janeiro e outubro deste ano, liberou mais de R$ 60 milhões em financiamentos para cerca de mil empreendedoras mineiras por meio de linhas oferecidas exclusivamente a elas.
Em Minas Gerais, as mulheres comandam 40% das micro e pequenas empresas do Estado, segundo o Sebrae Minas. Para fortalecer essas empresárias, o BDMG mantém durante todo o ano linhas de crédito com condições diferenciadas para elas, atendendo à uma das principais dificuldades apontada pelas empreendedoras: o acesso ao crédito.
“Empreender é um ato de coragem, e as mulheres mineiras têm mostrado isso todos os dias. Nosso papel é garantir que essa coragem encontre oportunidades reais para crescer. Quando apoiamos uma empreendedora, estamos fortalecendo famílias, municípios e toda a economia de Minas”, destaca a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mila Corrêa da Costa.
“Diferentemente dos bancos comerciais, o BDMG, enquanto banco de desenvolvimento, quer oferecer o financiamento a quem mais precisa, neste caso, as micro e pequenas empresárias. O crédito deve ser um facilitador”, afirma o presidente Gabriel Viégas Neto. Ele lembra que o BDMG foi o primeiro banco público do país a criar crédito exclusivo para empresárias.
Os financiamentos dedicados às mulheres empreendedoras são contratados de forma 100% digital, por meio do site bdmg.mg.gov.br. Para ter acesso à essa condição diferenciada, as empresas precisam ter participação societária feminina igual ou superior a 50% do capital social há mais de seis meses.
Coragem para crescer
Formada em design e comunicação, Thais Mor trabalhou em agências de publicidade até decidir empreender, em 2015, nas artes que produzia e vendia pontualmente. De lá para cá, suas coleções de cerâmicas, que se diferenciam pelas cores, palavras inscritas nas peças e criatividade, ganham cada vez mais mercado. Neste ano, após já ter um Atelier, abriu uma galeria de artes no bairro Belvedere, região Centro-Sul de Belo Horizonte.
O crédito diferenciado do BDMG para empreendedoras foi a solução para o projeto. No novo endereço, ganhou visibilidade e suas coleções chegaram à Bienal da Finlândia em agosto. “Iniciei a carreira fazendo feiras. Vi que tinha mercado e demanda para o meu trabalho que é poético e com objetos que contam histórias. É essencial ter uma linha de crédito que entende os desafios das mulheres e confia no nosso potencial”, conta a empreendedora.
A história mostra como o crédito pode ser determinante para impulsionar os negócios das mulheres que empreendem. Com um espaço mais amplo, Thaís pode investir em novos produtos e serviços.
“As pessoas estão mais atentas ao trabalho manual e querem momentos de conexão. Os produtos são bem aceitos, estou ampliando o meu público e me posicionando mais artisticamente”, conta ao avaliar seus objetivos.