O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) abriu, em seu site, o cadastro para as micro e pequenas empresas de Minas Gerais interessadas em obter crédito por meio do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Nesta fase do programa, estão sendo colocados à disposição inicialmente R$ 339 milhões, garantidos ao banco pelo Governo Federal, por meio do Fundo de Garantia de Operações (FGO). Os juros serão de 6% ao ano + Selic, com prazo total de 48 meses para pagar e 11 meses de carência. O crédito pode ser aplicado em capital de giro ou em investimentos.

Como diferencial, no BDMG, as empresas que contarem com participação feminina no capital social maior ou igual a 50%, há pelo menos seis meses, e as empresas da cadeia do turismo, eventos, bares e restaurantes, terão a Tarifa de Abertura e Acompanhamento de Crédito (TAAC) reduzida. “Estamos oferecendo uma tarifa menor para segmentos impactados de modo particular pela pandemia, cumprindo nosso papel de banco de desenvolvimento sintonizado com as demandas da sociedade, sem nos descuidar da sustentabilidade financeira da instituição”, afirma Sergio Gusmão, presidente do BDMG.

PATAMAR RECORDE

Somando-se o Pronampe e outras linhas de crédito próprias, o BDMG já desembolsou para as micro e pequenas empresas mineiras recursos que se aproximam de R$ 1 bilhão desde a decretação oficial do início da pandemia, pela OMS, em março de 2020. “Estamos operando recursos em patamares recordes nesta crise sanitária, reforçando o compromisso do banco de capturar oportunidades para dar maior fôlego e liquidez ao empreendedor mineiro neste momento desafiador”, complementa Gusmão.

OUTROS DIFERENCIAIS

Além das tarifas diferenciadas para os segmentos citados, no BDMG não é necessário abrir conta bancária para acessar o crédito. As solicitações poderão ser feitas por meio do BDMG Digital, a plataforma de atendimento do banco disponibilizada no site www.bdmg.mg.gov.br. O processo garante menos burocracia e mais agilidade na concessão do crédito.

Além disso, o BDMG conta com uma rede de 350 correspondentes bancários em todo o estado de Minas Gerais, o que permite maior capilaridade no alcance de regiões mais distantes. A lista dos correspondentes também está disponível no site do banco.

A Moody’s reafirmou o rating do BDMG em B2 na escala global, com perspectiva estável. Na escala local, o rating concedido foi BBB, também com prognóstico estável. Em seus comunicados, a agência de classificação de risco destacou os “esforços bem-sucedidos do BDMG em diversificar sua estrutura de captações, acessando fundos de longo prazo de agências multilaterais e investidores domésticos”.

A agência pontuou, ainda, que a capitalização adequada do banco fornece uma importante proteção contra perdas com empréstimos, registrando o “forte ritmo” de crescimento da carteira de crédito – 34% em 12 meses encerrados em dezembro de 2020.

De acordo com o presidente do BDMG, Sergio Gusmão, as avaliações da Moody’s são um parâmetro relevante, principalmente em função do cenário de instabilidade econômica gerado pela crise sanitária. “Desde o início da pandemia, já liberamos mais de R$ 3,4 bilhões em crédito para empresas de todos os portes e municípios mineiros, um patamar recorde. Ao mesmo tempo, estamos zelando pela sustentabilidade financeira do banco. Os ratings da Moody’s refletem a nossa busca constante por este equilíbrio”, afirma.

Em sua visão de futuro sobre o banco, a Moody’s trabalha com a expectativa de “manutenção dos fundamentos de crédito consistentes com o atual nível de rating ao longo dos próximos 12-18 meses”.

O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) vai operar recursos da ordem de R$ 355,5 milhões para financiar a safra 2021/2022 do café, que se inicia em julho. Os valores foram disponibilizados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por meio do Funcafé (Fundo de Defesa da Economia Cafeeira).

O governador Romeu Zema ressalta que este valor é o maior orçamento do fundo no Brasil em se tratando de instituições bancárias com atuação regional, e o sexto maior no cômputo geral. “Esses recursos disponibilizados pelo BDMG, por meio do Funcafé, são resultado do nosso trabalho sério e da atuação junto ao governo federal. O financiamento da safra é de extrema importância para o fortalecimento da economia cafeeira mineira”, afirma o governador.

Os recursos beneficiarão cooperativas e empresas de todos os portes, por meio do financiamento de insumos, máquinas e implementos, estocagem, colheita e formação de lavouras. “Minas é o maior produtor nacional de café, um produto altamente estratégico para a economia do Estado. Em um contexto de pandemia, o BDMG tem aprofundado sua atuação para prover competitividade para esta cadeia de valor, apoiando desde as pequenas empresas até as grandes cooperativas”, afirma o presidente do banco, Sergio Gusmão.

Para a safra 2020/2021, que se encerra, o BDMG recebeu inicialmente R$ 392 milhões via Funcafé, mas pleiteou novos limites que levaram o banco à contratação recorde de R$ 462 milhões, 100% do valor que lhe foi disponibilizado ao final do processo. “Os números mostram que os recursos disponibilizados estão sendo alocados pelo BDMG com eficiência. Por isso, já iniciamos tratativas junto ao Ministério visando à extensão do limite do banco para esta nova safra, tal como fizemos nesta que se encerra”, ressalta Gusmão.

Três linhas de crédito

Por meio do Funcafé, são três as linhas de crédito disponibilizadas pelo BDMG ao mercado. A primeira, Funcafé Comercialização, é voltada para cooperativas de produção, com prazo de 12 meses de pagamento. A segunda linha é a FAC – Financiamento à Aquisição de Café –, também com prazo de 12 meses, destinada aos comercializadores e exportadoras, indústrias torrefadoras e de café solúvel, além de cooperativas. Já a terceira linha é focada no financiamento de capital de giro para cooperativas de produção e para a indústria de café solúvel e de torrefação, com prazo de 24 meses para pagamento.