O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) dobrou o volume de financiamentos destinados aos municípios em 2022, com um valor total de R$ 157,2 milhões, crescimento de 103,4% se comparado ao ano anterior. Esses desembolsos se referem a 265 contratos em 219 municípios.

“A ampliação da presença do BDMG junto aos municípios e o aumento do volume de desembolsos foram compromissos que assumimos desde o início da nossa gestão, no ano passado. Esta atuação foi muito importante para o estado de Minas Gerais, para o desenvolvimento regional e com impactos positivos para o meio ambiente e a sociedade mineira”, afirmou Marcelo Bomfim, presidente do BDMG.

Para impulsionar o apoio aos municípios, os editais de financiamento que eram realizados a cada dois anos, tornaram-se anuais.  “Essa redução de prazo entre os editais, a agilidade nos processos e o relacionamento mais próximo com as prefeituras permitiram esse crescimento relevante no volume de desembolsos para quase R$160 milhões”, explicou Bomfim.

Ao longo do ano passado, o BDMG procurou uma aproximação maior com os municípios por meio de capacitação e treinamentos, além de reforço na equipe comercial. Os encontros voltados aos gestores municipais foram preparados para esclarecer dúvidas sobre as linhas de financiamento oferecidas pelo banco, a contratação e o uso da plataforma digital. Em 2022, foram realizados três encontros com a participação de representantes de mais de 200 municípios mineiros. Apenas no último treinamento, realizado em outubro, a capacitação teve com a presença de 250 agentes municipais.

Como um importante agente do desenvolvimento socioeconômico de Minas, o BDMG está presente em 52% dos 853 municípios mineiros, sendo que em 301 dessas cidades, o banco é a única fonte de financiamento das prefeituras.

Para o presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM) e prefeito de Coronel Fabriciano, Marcos Vinícius, a parceria com o BDMG tem sido fundamental. “É de grande importância, para os municípios, o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo BDMG, ao longo dos anos, no fomento de políticas de desenvolvimento em centenas de cidades mineiras, propiciando melhores serviços públicos e qualidade de vida aos cidadãos. Que venham mais parcerias nesse sentido.”

Máquinas e Equipamentos

Entre as linhas de crédito mais acessadas pelos municípios no ano passado está a do financiamento para a aquisição de máquinas e equipamentos como tratores, caminhões, escavadeiras, motoniveladoras, unidades de resgate e ambulâncias, ônibus, caminhões-tanque e carros de resgate para brigadas de incêndio. Em 2022, foram desembolsados R$ 66 milhões, um aumento de 872% em relação ao ano anterior. Esse resultado pode ser atribuído ao aumento da demanda por parte das prefeituras, à agilização de processos internos e à redução do prazo de entrega pelos fornecedores que tiveram dificuldade de entrega no período mais forte da pandemia. Outros importantes investimentos realizados pelos municípios com recursos do BDMG são a troca de iluminação pública por lâmpadas de led e a geração de energia fotovoltaica em prédios públicos.

Para facilitar o acesso dos municípios às linhas de financiamento, o processo de contratação do crédito é totalmente digital. Por meio do site do banco, a prefeitura acessa, de forma ágil e simplificada, as linhas de crédito. Além disso, os municípios contam com o apoio de uma equipe especializada do BDMG ajudando-os na obtenção do crédito e, em alguns casos, no andamento de obras, com soluções conjuntas para dar andamento aos projetos.

O volume de desembolsos do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) chegou a R$ 2,28 bilhões até 23 de dezembro de 2022, crescimento de 23,8% se comparado ao mesmo intervalo de 2021.

“Mesmo com todos os desafios, o BDMG vai conseguir encerrar 2022 com resultados muito consistentes. Aumentamos os desembolsos, cumprimos o papel de um banco de desenvolvimento, que é o de estar onde as pessoas mais precisam, e mantivemos a sustentabilidade financeira”, afirmou o presidente do BDMG, Marcelo Bomfim.

Como um dos principais agentes financeiros do Estado, o BDMG ampliou o volume de desembolsos para o setor público, chegando a R$ 165 milhões, um aumento de 82,2% até 23 de dezembro, se comparado ao mesmo período do ano passado. Atualmente, o BDMG está presente em 94% dos 853 municípios mineiros. Em 35% dessas cidades, o banco é a única fonte de financiamento. O BDMG tem direcionado a sua atuação no apoio à estruturação de projetos, principalmente na área de infraestrutura.

As linhas permanentes de crédito oferecidas pelo BDMG seguem disponíveis para atender às diversas necessidades dos municípios e suas prefeituras, desde a construção e melhorias de vias públicas, até a aquisição de equipamentos e veículos, passando pelos investimentos em projetos de desenvolvimento sustentável e prevenção de desastres naturais.

“Além do apoio do banco aos municípios, por meio das linhas permanentes de crédito oferecidas pelo banco, o apoio ao fortalecimento dos Arranjos Produtivos Locais (APL) contribuiu para movimentar a economia nas diversas regiões do estado”, afirmou o presidente do BDMG, Marcelo Bomfim.

Crédito para empresas de todos os segmentos

Para as micro e pequenas empresas, o resultado também foi positivo, com aumento de 63,3% no volume de desembolsos, para R$ 413 milhões.

“Neste ano ainda enfrentamos os reflexos da pandemia e tivemos que reorientar a nossa estratégia para garantir fôlego aos negócios. As micro e pequenas empresas precisavam de uma resposta rápida às dificuldades enfrentadas pelo fechamento do comércio e o banco respondeu a essas necessidades da sociedade mineira”, disse Bomfim.

Em comemoração aos 60 anos do banco, completados neste ano, o BDMG reduziu ainda mais suas taxas e ofereceu às Micro e Pequenas Empresas o crédito mais barato do mercado com o BDMG Pronampe, por apenas 4,5% ao ano + Selic. A linha, disponível até dia 31 de dezembro, conta com prazo total de 48 meses, incluindo carência de 11 meses.

Com o produto Agro Repasse, um novo modelo de negócios ganhou força neste ano. Atuando com instituição de segundo piso, foram desembolsados   R$ 50,2 milhões, para mais de 260 produtores rurais, por meio de 10 cooperativas parceiras do BDMG.

Buscando ainda mais agilidade e proximidade, todo o processo de contratação do BDMG é feito por meio de sua plataforma digital, tanto para as prefeituras quanto para as micro e pequenas empresas de todo o estado. Por meio do site do banco, o cliente acessa, de forma ágil e simplificada, as linhas de crédito. Os empreendedores de micro e pequenas empresas contam também com uma grande rede de correspondentes bancários credenciados que atuam fazendo o atendimento presencial e personalizado.

Para as médias e grandes empresas o volume de desembolsos cresceu 13,6% até 14 de dezembro, para um patamar de R$ 1,696 bilhão. O BDMG conquistou 287 clientes neste segmento.

Sustentabilidade

Em 2022, o banco consolidou sua posição como protagonista do financiamento de projetos de energia solar e eficiência energética em Minas Gerais. Neste ano, o potencial de emissões de CO2 evitadas com projetos de energia limpa financiados pela instituição aumentou 312% em relação ao ano passado, para 33 milhões de toneladas.

Nos últimos três anos, o BDMG foi responsável por cerca de 50% do total de investimentos realizados na geração de energia fotovoltaica, o que representa R$ 450 milhões. Minas passou a ser líder nacional na geração, a partir da alocação de recursos em parceria com o Banco Europeu de Investimento (BEI).

Da mesma forma, pelo 7º ano consecutivo, a sede do banco em Belo Horizonte obteve nota máxima do Programa GHG Protocol pelo inventário de emissões de Gases de Efeito Estufa em 2021. Entre 2015 e 2021, a estrutura de funcionamento do banco reduziu suas emissões em 77,46% – de 70,8 para 15,9 toneladas de CO₂.

Crédito Verde

No início de dezembro, o presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Marcelo Bomfim, e o presidente do New Development Bank (NDB), Marcos Troyjo, assinaram o Memorando de Entendimentos para a realização de um contrato que pode chegar até US$ 200 milhões, ou o equivalente a R$ 1 bilhão. Esta poderá ser a maior captação já realizada na história do BDMG e é a primeira com aval da União. Os recursos que estão sendo negociados com o NDB representam um avanço na estratégia de captação verde do BDMG, pois estão atrelados aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU.

Rating

O BDMG obteve em 2022, o reconhecimento da Agência de Classificação de Risco Moody’s, que elevou o rating do banco de BBB.br para BBB+.br, com perspectiva positiva. A última vez que a agência de classificação de riscos havia concedido um upgrade para o banco havia sido em 2011.

Banco do ano 2022 

E, em maio, o BDMG foi reconhecido como o “Banco do Ano 2022” pela ALIDE (Associação Latino-Americana de Instituições Financeiras para o Desenvolvimento). Entre os motivos destacados pela associação para o reconhecimento estão a atuação do Banco em mais de 90% dos municípios do estado, sua plataforma digital para concessão de crédito, a solidez financeira e os desembolsos em sintonia com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU).

A Prefeitura de Poços de Caldas e a empresa Citur (Circuito Integrado do Turismo de Poços de Caldas) assinaram nesta quarta-feira (21/12), o contrato de concessão do Circuito Turístico Integrado de Poços de Caldas, que vai vigorar por 35 anos. O projeto de concessão foi estruturado pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), em trabalho conjunto com equipe da Secretaria Municipal de Turismo de Poços de Caldas e consolida a experiência do banco na elaboração de projetos de concessão.

Para o presidente do BDMG, Marcelo Bomfim, o êxito deste projeto demonstra que o banco pode apoiar os municípios não só com as diversas linhas de financiamento às prefeituras, mas também com a estruturação de concessões e parcerias público-privadas. Além disso, o projeto de Poços de Caldas reforça o comprometimento do BDMG com o estímulo ao potencial econômico e ao desenvolvimento dos municípios. O diretor financeiro do BDMG, Edmilson Silva, representou o presidente do banco na solenidade de assinatura.

“A assinatura deste contrato é um marco importante para o BDMG porque consolida uma parceria que queremos, cada vez mais, fortalecer com os municípios mineiros. Nossa intenção é estruturar projetos que possam aproveitar a vocação econômica das cidades e promover o desenvolvimento econômico e social nas diversas regiões de Minas”, afirmou Marcelo Bomfim.

A expectativa é que o circuito gere 300 empregos em Poços de Caldas, sendo 100 empregos diretos, além da arrecadação de R$ 20 milhões em ISS durante o período de concessão.

“Foram anos de trabalho da nossa equipe para esse momento de profissionalização do turismo de Poços de Caldas. A cidade já é visitada por pessoas de todo o Brasil e mundo e agora com essa concessão teremos ainda mais atrativos e mais pessoas nos tornando cada vez mais referência”, afirmou o prefeito de Poços de Caldas, Sérgio Azevedo.

Além de estruturar a concessão do Circuito Turístico de Poços de Caldas, o BDMG foi a instituição responsável pelo projeto da Rota das Grutas Peter Lund. O roteiro engloba três unidades de conservação: o Parque Estadual do Sumidouro (região metropolitana de Belo Horizonte), o Monumento Estadual Gruta Rei do Mato e o Monumento Estadual Peter Lund, ambos na região central do estado. O banco está desenvolvendo ainda, em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, a elaboração de dois projetos de concessão de resíduos sólidos.

Concessão

Pelo contrato, a concessionária Citur assumirá a gestão e operação do Circuito Turístico Integrado, que é formado pelo Complexo Turístico Cristo Redentor (com teleférico e a rampa de voo livre), a Fonte dos Amores, o Recanto Japonês e o Complexo Turístico Véu das Noivas. Em contrapartida, a empresa poderá explorar economicamente os espaços por 35 anos.

Antes de iniciar a operação, a Citur vai realizar aportes para substituir equipamentos, construir e melhorar as instalações, além de oferecer serviços de alimentação, manutenção e conservação. No Complexo Turístico Cristo Redentor, o contrato prevê a substituição do teleférico, em um prazo máximo de 60 meses, caso a concessionária opte por retomar a operação do equipamento atual em até 12 meses da assinatura do contrato. Se a Citur preferir começar a operar diretamente o novo equipamento, a operação deverá ser iniciada em até 30 meses.

O município manterá a propriedade dos imóveis e será remunerado mensalmente, por meio de uma outorga fixa no valor de R$ 66 mil, além de outorga variável, a partir do 25º mês de contrato, com índices entre 2% e 3,5% da receita. O município também vai arrecadar recursos com a cobrança do ISS sobre os serviços oferecidos.