Comércio e Serviços registraram resultados positivos em Minas Gerais no mês de novembro. O varejo ampliado avançou 2,4% em comparação com o mês de outubro, enquanto o volume de serviços prestados cresceu 0,4%. O resultado do mês contribuiu para o crescimento dos dois setores no acumulado de 2023, entre janeiro e novembro, atingindo, respectivamente, 2,7% e 8,3% no Estado, resultados superiores à média nacional.

Os dados estão no Boletim Econômico do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) divulgado nesta quarta-feira (17/11) a partir do último levantamento do IBGE. Após o Comércio em Minas ter recuado em outubro, os novos números mostram um cenário favorável, conforme análise do economista-chefe do BDMG, Izak Carlos Silva. “Os avanços podem ser justificados, entre outros, pela Black Friday, que impactou em Minas segmentos como perfumaria e cosméticos, supermercado, alimentos e bebidas”, explica. As atividades turísticas seguiram com bom desempenho, com crescimento de 16,5% de janeiro a novembro de 2023.

O boletim também indica alguns recuos. No varejo ampliado, por exemplo, entre janeiro e novembro houve queda de 4,6% nos segmentos de materiais de construção e de 4,3% no de veículos.  “São dois setores muito dependentes do crédito que, ao longo de todo 2023, sofreram com as taxas de juros elevadas”, diz o economista.

Para 2024, o economista acredita que os números positivos devam prevalecer. “Temos boas perspectivas com o crédito mais barato para as famílias, que impulsionarão as atividades ligadas a financiamentos, como veículos, móveis e eletrodomésticos da linha branca”.

Clique aqui e acesso o Boletim Econômico do BDMG sobre a produção industrial mineira.

A produção industrial de Minas Gerais avançou 2,5% em novembro de 2023 em relação ao mês anterior. O resultado, que manteve a tendência de alta observada em outubro, foi superior à média nacional (0,5%) no mês de novembro. No acumulado de 2023, entre janeiro e novembro, a indústria no Estado cresceu 3,2%, enquanto a média brasileira foi de 0,1%. Os dados estão no Boletim Econômico do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) divulgado nesta sexta-feira (12/1) a partir dos resultados publicados pelo IBGE.

Na análise do economista-chefe do BDMG, Izak Carlos da Silva, os avanços no Estado refletem a força da extração de minério de ferro, que seguiu em alta no último trimestre do ano, bem como a recuperação do segmento de máquinas e equipamentos.

“A produção industrial do Brasil e de Minas tem crescido bastante no recorte de bens de consumo semiduráveis e não-duráveis, como alimentos, bebidas, petróleo e borracha”, explica Izak. “Porém, em Minas, temos o crescimento também na indústria de bens intermediários e de capital, como o de máquinas, por exemplo, que subiu 11,1% no ano em Minas e no Brasil encolheu 7%, o que é uma diferença significativa”, completa.

Para o economista, a perspectiva da indústria em 2024, em Minas, é positiva. “A redução da taxa básica de juros seguirá descomprimindo as condições financeiras das firmas em geral e possibilitará que elas façam investimentos”, diz. “Temos observado também uma recuperação da construção civil e do segmento automotivo, que passou um bom período estagnado, cuja cadeia tem um peso relativamente maior na economia do Estado do que no país”.

Clique aqui e acesso o Boletim Econômico do BDMG sobre a produção industrial mineira.

O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) atingiu o recorde histórico de desembolsos em 2023. Foram R$ 2,98 bilhões liberados em crédito pelo Banco até 31 de dezembro, R$ 558 milhões a mais do que em todo o ano passado e um volume 23% superior ao total de financiamentos realizados no período anterior, de R$ 2,42 bilhões.

“Mesmo com todos os desafios o BDMG alcança resultados relevantes, ampliando ano a ano seus volumes de desembolso, financiando mais prefeituras e empresas de todos os portes, especialmente os pequenos negócios. Não há dúvidas de que 2023 foi um ano de grandes entregas do Banco”, afirma o presidente do BDMG, Gabriel Viégas Neto. “Além disso, crescemos os desembolsos em investimentos. Isso significa que o crédito está chegando a quem quer ampliar seus negócios, contratar pessoas, expandir. Iniciativas fundamentais para estimular empregos e renda e, assim, levar desenvolvimento ao Estado”, completa.

Para o setor público, os desembolsos quase dobraram em relação ao ano passado, ultrapassando R$ 328,5 milhões em 2023. Em 2022 foram R$ 173,7 milhões. Os recursos para prefeituras são oferecidos por meio de linhas permanentes de crédito e Editais para apoiar a construção e melhorias de vias públicas, aquisição de equipamentos, investimentos em projetos de iluminação pública, infraestrutura, entre outras iniciativas.

Já para empresas, o destaque é nas micro e pequenas, segmento no qual o crédito também chegou de forma ampliada em 2023. Para os pequenos negócios, importantes geradores de emprego e renda no Estado, o crescimento foi de 31%, alcançando quase R$ 490 milhões até 31 de dezembro. Já para as médias e grandes empresas o volume de desembolsos cresceu 12%, chegando a R$ 2,1 bilhões no último domingo.

Os recursos desembolsados pelo BDMG chegaram a todas as regiões do Estado, ultrapassando 613 cidades mineiras, e em segmentos diversos, especialmente Comércio e Serviços. Para mais de 300 prefeituras mineiras, o BDMG é a única instituição financeira a oferecer crédito.

Crédito verde

Os desembolsos em projetos de sustentabilidade também cresceram. Considerando o financiamento a projetos de eficiência energética e energia renovável, o crescimento foi de 61,5% neste ano, saindo de R$ 235 milhões em 2022 para R$ 379,5 milhões em 2023.

Os desembolsos alinhados a pelo um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU somam cerca de 40%.

“Para os próximos anos, nossa meta é ampliar ainda mais o financiamento a projetos sustentáveis. Apenas no mês de dezembro o BDMG recebeu sinal verde para a captação de cerca de R$ 1,3 bilhão com instituições financeiras internacionais. Recursos, em sua maioria, conectados com a geração de energia renovável, descarbonização da carteira, apoio a infraestrutura de municípios”, completa o presidente do BDMG.

As captações internacionais ajudaram a melhorar a avaliação de risco do BDMG. Em novembro, o Banco atingiu a nota A nas avaliações de risco de crédito da S&P Global e Moody’s Brasil. De acordo com a divulgação da Moody’s, o BDMG “tem apresentado uma ampla diversificação da sua estrutura de captação, com menor dependência de repasses e crescente acesso a recursos de entidades multilaterais e de investidores do varejo.”