O Programa Pró-Equidade promoveu no último dia 24, na COPASA, o “Seminário Pró-Equidade de Gênero e raça – Minas Gerais rompendo fronteiras no Mundo do Trabalho”. Ao longo do dia, foram realizadas três mesas temáticas, que debateram a contribuição do Programa, desde sua criação, para o rompimento de fronteiras no mundo do trabalho, bem como os desafios que ainda precisam ser enfrentados. Além disso, as empresas públicas mineiras que aderiram ao Programa Federal compartilharam experiências e políticas próprias de ações afirmativas adotadas.
O Coral da Copasa abriu o evento e apresentou um programa musical baseado na temática. Em seguida, a mesa de abertura foi composta por Isabel Lisboa e Cleide Hilda, representantes da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania (SEDPAC), Maria Isabel Camargos, do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Tadeu José Afonso, da COPASA, Paula Bittencourt, da Codemig, Luiza Castro da Rede Minas e Elias Santos, da Rádio Inconfidência.
Para Isabel Lisboa, representante da SEDPAC, “Com esse evento, pretendemos manter o diálogo com as empresas. Para que o Programa de Pró-Equidade de Gênero e Raça possa avançar em Minas Gerais, é preciso pensar progressos, dividir experiências e também apontar desafios. Apenas o diálogo é capaz de provocar reflexões e mudanças de comportamento efetivas.”
Na primeira mesa de debate, “Rompendo fronteiras no Mundo do Trabalho: a experiência do programa Pró-Equidade de Gênero e Raça na última década”, foram registrados progressos alcançados no Brasil ao longo das seis edições do Pró-Equidade. Apontou-se, por exemplo, que as organizações, públicas e privadas, que firmaram compromisso com o Programa em 2016 empregavam e, portanto, impactavam mais de 1 milhão de trabalhadores no país.
Além disso, representantes da SEDPAC e da ONU Mulheres, bem como pesquisadores reforçaram o objetivo do Programa, criado em 2005 pelo governo federal, de superar desigualdades raciais e de gênero no mundo de trabalho. Nesse sentido, na segunda mesa, “Apresentação das Ações de Promoção da Equidade de Gênero e Raça nas Empresas Públicas do Estado de Minas Gerais: aprendizados, boas práticas e desafios”, os comitês das empresas públicas mineiras compartilharam práticas e políticas de ações afirmativas adotadas internamente.
Por fim, na terceira mesa, “Caminhos para enfrentamento das violações de direitos humanos no Mundo do Trabalho”, os palestrantes mencionaram que as desigualdades são reflexo de concepções sociais e históricas que estruturam as relações humanas de poder. Para romper com elas, como proposto no Pró-Equidade, afirmou-se ser preciso que olhares uniformes sejam desconstruídos e políticas institucionais continuem a ser adotadas para que a diversidade seja valorizada não só nas empresas, mas também na sociedade.
BDMG Pró-Equidade
O programa BDMG Pró-Equidade foi implantado pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais em 2016 e está pautado em quatro temas básicos nas relações de trabalho: visibilidade trans, gênero feminino, relações raciais e pessoas com deficiência. O ciclo Desenvolvimento com Inclusão vem promovendo a discussão pautada em dois eixos fundamentais: gestão de pessoas e cultura organizacional, com recortes em visibilidade transexual, diversidade racial, desigualdade de gênero e a situação das pessoas com deficiência no ambiente urbano e de trabalho.