Boletim Econômico do BDMG mostra que, apesar do saldo positivo no ano, em agosto o Estado registrou recuo de 1,1%; no país, a queda foi menor, de 0,4%
O volume de Serviços prestados em Minas Gerais soma alta de 2,4% em 2024. Em agosto, contudo, houve um recuo de 1,1% no Estado. No Brasil, o resultado no mês também foi negativo, de 0,4%, e, no ano, o crescimento é de 2,7%. Os dados estão no Boletim Econômico do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), divulgado nesta sexta-feira (11/10) a partir de levantamento do IBGE.
O assessor econômico do BDMG, Bruno Inácio, explica que Minas Gerais registra, em 2024, volume de serviços aquecido, e que uma desaceleração era previsível. “Temos um consumo forte das famílias, e uma renda pujante. Serviços em Minas Gerais atingiu o patamar máximo das atividades ao longo deste ano. Diante disso, era esperado que esse crescimento desse uma desacelerada, e foi o que verificamos em agosto”, afirma.
O setor de Turismo, observa o especialista, tem impactado positivamente a categoria de Serviços e registra, em 2024, o maior crescimento dessa atividade no país: 9,1%, acima da média nacional, de 1,5%.
Confira a íntegra do Boletim Econômico do BDMG sobre Serviços aqui.
Combustíveis e alimentos pesam para recuo do Comércio
O volume de vendas no comércio varejista em Minas Gerais fechou o mês de agosto com recuo de 2,4%. No país, a retração foi de 0,3% no mesmo mês. Esta é a terceira queda consecutiva após sete meses de alta no Estado. Apesar do trimestre negativo, o varejo mineiro acumula alta de 4,3% em 2024, semelhante ao resultado nacional, de 5,1%. Os dados também estão no Boletim Econômico do BDMG, baseado nos números do IBGE.
O assessor econômico do BDMG, Bruno Inácio, destaca que o desempenho dos setores de combustíveis e de atacado em alimentos e bebidas pesaram para diminuir o volume de vendas no Comércio. “Assim como Serviços, o Comércio é dinâmico e acompanha a renda das famílias. O Comércio mineiro também está robusto. Contudo, nos últimos meses, a pressão inflacionária em termos de custo tem impactado a demanda para combustíveis e lubrificantes e para bebidas e alimentos. A gasolina em Minas Gerais tem a maior inflação do país. Na medida em que os preços estão mais caros, inclusive por causa da seca, o consumidor passa a consumir menos esses produtos”, explica.
A íntegra do Boletim Econômico do BDMG sobre Comércio está disponível aqui.