O volume de Serviços prestados em Minas Gerais cresceu 1,9% em junho em relação ao mês anterior, avanço superior ao do país, de 1,7%. Com o resultado, o Estado alcançou o segundo maior volume de comercialização de serviços desde o início do levantamento realizado pelo IBGE, em 2012. Os dados estão no Boletim Econômico do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) divulgado nesta terça-feira (13/8). No primeiro semestre de 2024, Minas Gerais segue com um desempenho acima do nacional, somando 4,3% enquanto o país alcançou 1,6%.

O economista-chefe do BDMG, Izak Carlos da Silva, destaca que os números de junho estão acima daqueles projetados pelo mercado: 1,3% para o Estado e 1% para o Brasil. “Em junho, os serviços profissionais e administrativos, que costumam atender empresas e indústrias, se recuperaram depois de algumas quedas, acompanhando a retomada da atividade industrial mineira”, analisa.

Outro destaque, segundo ele, é o segmento de transportes que cresceu 3,8% no primeiro semestre em Minas Gerais e recuou 2,5% no país. “Temos o bom desempenho do transporte de carga em função da sazonalidade positiva da safra do café, da boa produção de minério de ferro e do setor agrícola em geral. O transporte de passageiros também vai bem, em sintonia com a alta do turismo mineiro”, explica.

O turismo segue contribuindo para o bom nível de serviços em Minas Gerais, que é o segundo Estado do Brasil com maior volume dessa atividade no país. O crescimento é de 9%, entre janeiro e junho, atrás apenas da Bahia, com alta de 9,1%.

Acesse o Boletim Econômico completo do BDMG sobre Serviços aqui.

A produção industrial mineira cresceu 3,3% em junho em comparação com o mês anterior. No acumulado do primeiro semestre de 2024, a alta é de 1,2% no Estado. Os dados estão no Boletim Econômico do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) divulgado nesta quinta-feira (8/8) a partir dos dados do IBGE, que aponta um crescimento maior no país, de 4,1%.

A indústria extrativa em Minas Gerais cresceu 5,1% e a de transformação recuou 0,4% no acumulado deste ano. Para o economista-chefe do BDMG, Izak Carlos da Silva, o cenário mostra o início da recuperação da indústria de transformação, que deve ser confirmada no segundo semestre.

“A indústria extrativa está muito bem, principalmente, com o minério de ferro que continua com bom preço no mercado e crescente demanda chinesa. Por outro lado, máquinas e equipamentos, assim como o setor metalmecânico estão performando mal. Temos uma sazonalidade na indústria mineira que, historicamente, tem melhor desempenho no segundo semestre do que no primeiro. Isso acontece em função das características dos nossos produtos. Esperamos a recuperação do setor de veículos e, consequentemente, da cadeia metalmecânico no segundo semestre”, afirma.

Izak Carlos da Silva lembra, ainda, que entrou em vigor a regra de cotas de importação para o aço, o que deve beneficiar diretamente o Estado, onde a siderurgia tem relevância para a indústria.

Confira o Boletim Econômico do BDMG aqui.

O Governo de Minas, por meio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), ampliou para 72 meses o prazo de financiamento para as micro e pequenas. A condição é inédita para capital de giro e está disponível por tempo limitado a pequenos negócios localizados em todos os 853 municípios do Estado. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (8/8) pelo governador Romeu Zema em vídeo enviado ao “Encontro Correspondentes Bancários BDMG 2024”, realizado na sede do Banco com a presença de representantes comerciais que atuam em todas as regiões do Estado.

Na avaliação do governador, o prazo alongado – antes eram até 48 meses para pagar -, é mais uma iniciativa do Governo de Minas para estimular os pequenos negócios que têm papel relevante na economia mineira e na geração de empregos. “Esse prazo estendido vai permitir que um número maior de micro e pequenas empresas possa contratar o crédito para incrementar, aumentar a competitividade e equilibrar o caixa”, afirmou em vídeo enviado ao evento.

O presidente do BDMG, Gabriel Viégas Neto, ressalta que essa é mais uma medida para fortalecer esse perfil de empresários e que o contrato prevê, ainda, 12 meses de carência para começar a pagar. “Queremos ser o Banco dos pequenos empreendedores, para que eles tenham acesso ao crédito com taxas reduzidas em relação ao mercado, de forma rápida e digital”.

No primeiro semestre de 2024, o BDMG cresceu sua presença junto aos micro e pequenos empresários, com crescimento de 15% na liberação de crédito para esse público, responsável por 65% dos postos formais de trabalho gerados no Estado nos primeiros cinco meses de 2024, segundo o Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados (Caged).

Crescimento no interior

Para ampliar a atuação do BDMG no interior de Minas e em municípios de todos os portes, o BDMG ampliou em quase 200% o seu número de correspondentes bancários desde 2019. Atualmente, são 826 profissionais, que fazem o atendimento presencial dos empreendedores e os apoiam no acesso ao crédito.

O presidente explica que, por lei, o Banco não pode ter agências, apenas a sede na capital. Dessa forma os correspondentes bancários são o braço do BDMG nos municípios. “Eles fazem a captação de clientes, recebem e encaminham propostas de crédito via plataforma digital, além de organizarem informações e documentos complementares necessários à operação”, pontua. Nesta quinta-feira, o evento no Banco foi direcionado a eles, que são parceiros na concessão de crédito.

As contratações do crédito com prazo ampliado, assim como todas as demais linhas do BDMG destinadas ao pequeno empreendedor, podem ser feitas por meio do site do Banco, em sua plataforma digital, ou a partir do contato com os correspondentes bancários, o que não implica em valores adicionais ao empresário.

Crédito gera oportunidades  

O BDMG liberou R$ 1,44 bilhão em créditos contratados por empresas de todos os portes e prefeituras no primeiro semestre de 2024. O valor é 32% superior ao registrado no mesmo período do ano passado e o maior volume da história do banco para o período.

O balanço mostra os impactos dessa atuação alinhada à política de desenvolvimento econômico do Estado. Com os desembolsos do primeiro semestre foram incentivados 34 mil empregos, além de cerca de R$ 2,5 bilhões em faturamento na economia mineira e R$ 52 milhões em ICMS, conforme a matriz insumo-produto do BDMG.