O volume de vendas no comércio varejista de Minas Gerais cresceu 0,5% em novembro, em comparação com o mês anterior. O resultado foi superior ao verificado no país em que houve recuo de 0,4% no mesmo mês. Os dados estão no Boletim Econômico do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), divulgado nesta quinta-feira (9/1), a partir do levantamento do IBGE.

O economista-chefe do Banco, Izak Carlos da Silva, destaca que o resultado mineiro foi impacto pelas vendas da Black-Friday e pelo bom momento de alguns segmentos que são mais fortes no Estado do que no país, como é o caso de veículos e equipamentos e materiais eletrônicos.

“As atividades foram mais intensas em função das promoções de final de ano em móveis, eletrodomésticos e equipamentos eletrônicos de um modo geral. Neste último caso, Minas Gerais tem um polo de distribuição de grandes players. Considerando o comércio varejista ampliado, tivemos o bom desempenho de veículos, que performou melhor em Minas do que no país e que tem um peso maior para a composição do setor varejista do Estado”, afirma o economista-chefe. Em 2024, até o mês de novembro, o volume de vendas de equipamentos e materiais eletrônicos cresceu 48% em Minas Gerais e apenas 1% no país.

Apesar de o Estado ter alcançado um número superior ao do país em novembro, o economista-chefe pontua que o cenário aponta para uma desaceleração no Comércio mineiro, associada à política monetária de retomada do aumento da taxa básica de juros e o perfil das atividades do Estado.

“Em 2024, o crescimento do comércio varejista ampliado é de 2,1% no Estado, contra 4,4% no Brasil. Pela primeira vez, desde o início da recuperação da pandemia, Minas está abaixo da média nacional. A elevação dos juros dificulta a aquisição e comercialização de bens como veículos, móveis, materiais de construção, e alimentos em atacado e varejo, segmentos que têm maior peso na dinâmica do Comércio no Estado”, afirma.

A íntegra do Boletim Econômico do BDMG sobre Comércio está disponível aqui.