O volume de Serviços prestados em Minas Gerais registrou retração de 0,7% em julho, em comparação com o mês anterior. No acumulado do ano, o resultado é positivo, com ligeira alta de 0,2%. Os dados estão no Boletim Econômico do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) divulgado nesta sexta-feira (12/9) a partir do levantamento do IBGE.

O economista do BDMG Adriano Miglio avalia que os números acompanham um arrefecimento da atividade econômica. “Observamos a desaceleração do nível do emprego e da renda no segundo semestre. Isso inibe o consumo de Serviços no Estado. Além disso, os preços de muitos serviços ainda estão elevados, e não sentiram o impacto da queda da inflação”, afirma.

Segundo ele, a conjuntura externa, que inclui a queda do preço das comodities, também contribui para conter a expansão do volume de Serviços de um Estado exportador, como é o caso de Minas Gerais. “Isso impacta os serviços prestados às empresas e o setor de transportes, entre outros”, aponta Miglio.

A íntegra do Boletim Econômico do BDMG sobre Serviços está disponível aqui.

Indústria mineira registra queda de 2,4% em julho

A indústria mineira recuou 2,4% em julho em relação ao mês anterior. No acumulado do ano, contudo, a alta é de 1,4%, acima do desempenho do país. As informações também estão no Boletim Econômico do BDMG baseado em dados do IBGE publicados nesta sexta-feira (12/9).

Érico Grossi, também economista do BDMG, pontua que, em 2025, tanto a indústria extrativa quanto a de transformação avançam no Estado, enquanto a indústria de transformação tem resultados abaixo do esperado. “A performance da indústria de veículos tem sido decisiva para o resultado mineiro e cresce 17% no ano. Em contrapartida, setores relevantes para a indústria de transformação como alimentos, metalurgia e petróleo e biocombustíveis têm números aquém em relação ao mesmo período do ano passado”, afirma.

O economista lembra, ainda, que o cenário é um reflexo da política monetária contracionista do país. “A economia sente os efeitos da alta dos juros, iniciada em setembro de 2024. O impacto defasado dessas medidas são sentidas em 12 meses, que é o momento que vivemos agora”, diz.

Confira aqui os números sobre a Indústria.