Apesar da estabilidade mostrada pelo Boletim do BDMG, resultado é o terceiro maior volume de vendas no Estado registrado desde o início da série do IBGE
O volume de vendas no comércio varejista de Minas Gerais recuou 0,2% em janeiro, em comparação com o mês anterior. Apesar da estabilidade, o resultado é o terceiro maior volume de vendas no Estado registrado desde o início da série histórica do IBGE, no ano 2000. No país, o comportamento no primeiro mês de 2025 foi similar, com retração de 0,1%. Os dados estão no Boletim Econômico do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), divulgado nesta sexta-feira (14/3), a partir do levantamento do IBGE.
O economista do BDMG Érico Grossi destaca que as vendas do Comércio Varejista Restrito estão relacionadas à renda e são sensíveis à variação de preços. “O aumento de preços em setores como supermercados e alimentos impactou o resultado mineiro de janeiro. Além disso, o comportamento neste mês tende a ser de arrefecimento após as vendas intensas do Natal e da Black Friday, em novembro e dezembro. Mas, ainda assim, é preciso dizer que o nível de comércio no Estado se mantém muito alto”, afirma.
Já o Comércio Varejista Ampliado, que inclui as vendas de materiais de construção e de veículos, cresceu 1% em janeiro. O economista do BDMG explica que este é um mercado associado ao crédito. Os impactos da tendência de desaceleração da economia e de alta da inflação serão sentidos no médio prazo.
“O Brasil está com um ciclo de alta da taxa básica de juros que não deve cessar nos próximos meses. No entanto, só deve impactar esses setores ligados ao investimento no médio prazo. Por isso, não observamos esse recuo no comércio varejista ampliado neste momento. Incluindo o mês de janeiro, nos últimos 12 meses o setor de veículos cresceu quase 13% em Minas Gerais. A alta é verificada principalmente em caminhões e ônibus, ligados ao setor produtivo”, completa Grossi.
A íntegra do Boletim Econômico do BDMG sobre Comércio está disponível aqui.