Da fábrica da Standarte, em Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte, saem equipamentos de reabilitação que auxiliam crianças com deficiências e problemas sensoriais em Minas Gerais, no Brasil, e até no exterior. Diante da alta demanda pelos produtos, a empresa captou R$ 120 mil no ano passado para comprar matéria prima e ferramentas e, assim, atender os clientes dentro do prazo de entrega.

Assim como Guilherme Vieira, diretor da empresa, cerca de 5 mil empreendedores mineiros recorreram ao Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) para contratar créditos em 2024 e investir em seus negócios. A maior procura por financiamentos fez com que o volume de créditos liberados pelo BDMG alcançasse o patamar histórico de R$ 3,5 bilhões no último ano, resultado 20% superior aos R$ 2,98 bilhões realizados no ano anterior, que também foi recorde.

“Além de contar com um ambiente de negócios mais desburocratizado, o empreendedor sabe que hoje em Minas existem oportunidades reais de crescimento. Esse é o trabalho do Governo do Estado que, não à toa, desde 2019, possibilita que o BDMG desembolse valor recorde em crédito em relação às últimas décadas”, declara o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio.

O balanço revela, ainda, os impactos da atuação do Banco na população e na economia: geração e apoio a 87 mil empregos, além de R$ 6,25 bilhões em faturamento estimulado e R$ 110 milhões em arrecadação de ICMS, conforme a matriz insumo-produto do BDMG.

“O BDMG avança, ano a ano, nos impactos que gera para a sociedade. Mais do que recursos, estamos falando de melhorias na qualidade de vida da população em todas as regiões do Estado, mesmo aquelas que nunca contrataram um único crédito conosco. Ao impulsionar o crescimento das empresas, o Banco estimula a geração de oportunidades e transforma realidades”, afirma o presidente do BDMG, Gabriel Viégas Neto.

Reforço decisivo

No catálogo da Standarte estão 80 produtos para terapia ocupacional, fisioterapia e fonoaudiologia voltados para atender crianças com deficiências motoras, sensoriais ou cognitivas. Entre os seus clientes estão clínicas, hospitais, escolas e famílias em todo Brasil, além de países como Estados Unidos e Chile.

A partir do financiamento captado junto ao BDMG, a empresa comprou mais matéria prima e ferramentas e, assim, aumentou o ritmo da produção no último ano, reduzindo em 40% o prazo de entrega ao consumidor.

“Conseguimos atender em um prazo menor. Nossos produtos requerem uma produção complexa e cuidadosa. A escolha pelo BDMG aconteceu em função de uma taxa muito atrativa e o processo ser todo online facilita muito. Depois de aprovado, em um dia o recurso estava na conta o que ajuda muito a vida do empresário que é corrida”, afirma o diretor da empresa, Guilherme Vieira.

Empresas e prefeituras de todos os portes e regiões

Considerando os setores público e privado, o Banco ultrapassou 5.500 clientes localizados em 561 cidades mineiras, ou seja, mais da metade do Estado e em todas as dez regiões para promover o desenvolvimento regional.

Entre os micro e pequenos negócios, foram R$ 505 milhões em crédito, volume 10% superior ao do ano anterior. Já os financiamentos para médias e grandes empresas somou R$ 2,6 bilhões, evolução de 18% em relação a 2023.

Considerando as prefeituras, ao longo de 2024, o total de créditos liberados cresceu 48% e chegou a R$ 486 milhões.

A partir desses financiamentos, os municípios implementaram projetos de infraestrutura, principalmente os de mobilidade e sustentabilidade, incluindo obras de contenção de enchentes, novas praças, construção de unidades de saúde e escolas, além de a eficiência energética e saneamento.

O Governo de Minas apresentou, nesta quarta-feira (15/1), em Belo Horizonte, ações emergenciais preparadas para atuação durante o período chuvoso em todo o Estado, entre elas a criação de linhas de crédito pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) atendendo a pedido do governador Romeu Zema.

“Vimos que diversos comércios, principalmente micro e pequenas empresas, foram afetadas pela inundação. Solicitamos ao BDMG linhas de crédito para que essas empresas não tenham a sua operação e continuidade afetadas, já que algumas perderam totalmente o estoque, que ficou na água ou na lama. Estamos construindo uma proposta não só para Ipatinga, como para todas as cidades que estão tendo moradias afetadas ou em área de risco”, afirmou.

As linhas serão disponibilizadas para:

• financiamento de micro e pequenos empresários prejudicados. Serão R$ 50 milhões com taxa de 0,9% ao mês.
• municípios construírem habitações populares para realocação de famílias em áreas de risco.

Vale lembrar que o BDMG já oferece crédito para municípios que decretaram estado de emergência ou calamidade pública, por meio do BDMG Solidário. São recursos acessíveis e rápidos para retomada da atividade econômica, para utilização em pavimentação, reformas em prédios públicos municipais, drenagem urbana, entre outras demandas.

“Reforço o empenho dos nossos colaboradores que, entendendo a urgência do pedido, estruturaram os produtos. O Banco atuar em momentos de emergência demonstra a importância do nosso trabalho para a população mineira”, afirmou o presidente do BDMG, Gabriel Viégas Neto.

O volume de Serviços prestados em Minas Gerais cresceu 0,9% em novembro em relação ao mês anterior, alcançando o maior percentual para um mês de novembro desde 2011 quando teve início a série histórica. É ainda o melhor resultado entre todos os estados do Sudeste. O resultado é superior ao do país, que registrou recuo de 0,9%.

Os dados estão no Boletim Econômico do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) divulgado nesta quarta-feira (15/1) com base nos números do IBGE. O economista-chefe do BDMG Izak Carlos da Silva, destaca que o bom desempenho das atividades turísticas no Estado contribui positivamente para o cenário, impactando segmentos como transportes que cresce em Minas Gerais e têm queda no país.

“É um segmento com peso no Estado em função de fatores estruturais, como o grande número de rodovias que cortam Minas Gerais, que também tem uma linha ferroviária importante, o que ajuda no transporte de cargas. E temos o fator conjuntural que se refere a alta no transporte de passageiros puxada pelo bom desempenho das atividades turísticas”, avalia.

Outro setor que apresenta melhor resultado em Minas do que no Brasil, no acumulado até novembro de 2024, é o de informação e comunicação. “Este segmento inclui grandes eventos, consultorias e comunicação corporativa. Em 2024, tivemos importante eventos no Estado”, completa o economista.

Confira a íntegra do Boletim Econômico do BDMG sobre Serviços aqui.

Produção industrial mineira recua 2,6% em novembro

A produção industrial em Minas Gerais recuou 2,6% em novembro em comparação com o mês anterior. No Brasil, a retração foi de 0,6% no mesmo período. No acumulado do ano, o crescimento é de 2,9% no Estado, semelhante ao nacional, de 3,2%. Os dados também estão no Boletim Econômico do BDMG divulgado nesta quarta-feira (15/1) a partir dos dados do IBGE.

O economista-chefe do BDMG lembra que a atividade industrial oscilou durante todo o ano de 2024 no Estado. Enquanto a indústria extrativa mineira foi melhor que a nacional, a de transformação evolui abaixo do patamar do país.

“Dentro da indústria de transformação, considerando a indústria de bens de consumo, que inclui alimentos, bebidas, eletrônicos, o desempenho no Estado é melhor do que o do Brasil. Contudo, o setor de veículos performou melhor no país. Essa diferença impactou toda a cadeia metalmecânica, com efeitos nos segmentos de siderurgia, materiais elétricos, produtos de metal e, consequentemente, puxando nossa indústria de transformação para baixo”, analisa o economista-chefe do Banco.

Confira o Boletim Econômico do BDMG sobre a Indústria aqui.