A produção industrial mineira recuou 2,4% em março em comparação com o mês anterior. Apesar da retração, o Estado fechou o primeiro trimestre de 2024 com alta de 2,2%, resultado superior ao do Brasil, de 1,9%. Os dados estão no Boletim Econômico do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) divulgado nesta quinta-feira (9/5) a partir dos dados do IBGE.

No trimestre, enquanto a indústria extrativa mineira cresceu 7,2%, a indústria de transformação se manteve estável, com 0,3%. Na avaliação do economista-chefe do BDMG, Izak Carlos da Silva, o resultado sofre impacto de setores específicos, como minério de ferro, veículos e máquinas e equipamentos.

“A indústria extrativa no Estado segue com produção e exportação robustas do minério de ferro, o que tem puxado a indústria mineira no geral para cima. Já a de transformação não tem tido um desempenho tão bom por causa de dois segmentos. O primeiro é o de máquinas e equipamentos, que cresceu ao longo de todo 2023 em Minas Gerais, mas, agora, recuou 11,9%, enquanto o declínio no país foi menor, de 5,4%. O outro, que influencia toda uma cadeia, é o de veículos que, em geral, tem mais peso em Minas e performa melhor aqui do que no Brasil”, afirma.

O economista-chefe do BDMG explica que, em Minas Gerais, o setor de veículos é impactado pelo mercado de vendas diretas, especialmente, para locadoras. No primeiro trimestre, este setor caiu 5,3% no Estado, enquanto no país cresceu 0,5%. “Tivemos uma antecipação de compras de veículos no ano passado com o programa de incentivo à aquisição. E, por isso, nesse início de ano, temos um desempenho em Minas abaixo do que observamos no Brasil”, afirmou.

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