No acumulado do ano, setor segue com resultado positivo, registrando crescimento de 2,9%, segundo Boletim Econômico do BDMG
A produção industrial mineira recuou 1,2% em setembro em comparação com o mês anterior. No Brasil, houve avanço de 1,1%. No acumulado do ano, o crescimento é de 2,9% no Estado, em linha com o nacional, de 3,1%. Os dados estão no Boletim Econômico do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) divulgado nesta quinta-feira (7/11) a partir dos dados do IBGE.
Na avaliação do economista-chefe do BDMG, Izak Carlos da Silva, a desaceleração da indústria extrativa contribuiu para o resultado do mês de setembro. “A indústria extrativa cresceu menos do que era esperado, o que está associado ao início do período chuvoso, quando a capacidade de aumentar a sua produção neste setor fica reduzida”, afirma.
Além disso, o economista pondera que o patamar de comparação em relação ao mês anterior foi muito elevado. Em agosto, a alta registrada na produção industrial mineira havia sido de 1,8%. “Mesmo com este recuo, temos um saldo positivo no ano, e isso não deve comprometer a tendência de crescimento e recuperação da indústria do Estado, especialmente a de transformação”, avalia. Em 2024, a indústria de transformação acumula crescimento de 1,6%.
Silva aponta que a segunda alta consecutiva na taxa básica de juros, recém-anunciada, pode impactar, nos próximos meses, os setores mais associados a investimento e bens de capital, que têm contribuído para a boa performance da indústria de transformação de Minas Gerais.
“Esse movimento deve encarecer o crédito e piorar as condições de financiamento das empresas. Isso pode arrefecer essa recuperação que vínhamos observando em segmentos como veículos, metal, máquinas e equipamentos, materiais elétricos e metalurgia”, conclui o economista do BDMG.
Confira o Boletim Econômico do BDMG aqui.