Durante a gestão do advogado foi apresentado o projeto de construção do atual prédio do BDMG
É com pesar que comunicamos o falecimento do ex-presidente do BDMG Hindemburgo Chateaubriand Pereira Diniz. Advogado e paraibano, foi presidente do Banco por dois períodos: entre janeiro de 1967 e setembro 1970 e novembro de 1991 e janeiro de 1995, além de presidente do Conselho de Administração em quatro oportunidades. Também esteve à frente da Fundação João Pinheiro (FJP) e ocupada a cadeira número 20 da Academia Mineira de Letras.
As marcas deixadas por suas gestões são vistas ainda hoje, tendo atuado sob uma ótica desenvolvimentista e de incentivo à economia mineira.
Em 1967, durante a sua primeira gestão, Hindemburgo participou da elaboração do Primeiro Diagnóstico da Economia Mineira, que representou um marco no planejamento e se consolidou como referência para o desenvolvimento das políticas públicas das décadas seguintes. Também durante sua administração, em 1969, foi apresentado o projeto para construção do prédio do BDMG, que seria inaugurado em 1974.
Anos depois, em 1991, ao assumir novamente a condução do BDMG, assinou programas para a atualização tecnológica da indústria mineira. As medidas culminaram, por exemplo, na criação do polo de autopeças em Betim e na chegada da Iveco, em Sete Lagoas.
Nesta mesma época, conduziu a renegociação da inadimplência no Banco e criou sete fundos estaduais vinculados a setores, atividades e municípios dos quais o BDMG passou a ser o agente financeiro, garantindo receitas a partir da cobertura do serviço prestado.
Desenvolvimento
Hindemburgo Chateaubriand tem papel histórico no país em função da sua atuação e visão em prol do desenvolvimento. Tanto que criou a Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), onde também foi presidente. Em discurso quando foi homenageado pelo Senado, em 2019, devido a criação da instituição que reúne os bancos de fomento do país, afirmou que “o Brasil seria um país muito mais atrasado se não fosse a Associação, que uniu o Sistema Nacional de Fomento de todas as regiões, contribuindo para a erradicação da pobreza”. Na ocasião, foi homenageado por autoridades de todo o país, incluindo o ex-governador e atual ministro do Tribunal de Contas da União, Antonio Anastasia.
O presidente Gabriel Viégas se solidariza com a família, os amigos e colaboradores, e destaca as contribuições do ex-presidente não só para o BDMG, mas para toda Minas Gerais. “Hindemburgo Diniz foi um presidente muito atuante em diversas frentes, valorizou o planejamento e o desenvolvimento de uma economia diversificada. Com um perfil visionário, ele deixou um legado para Minas Gerais que é marcado pela inovação e os avanços no desenvolvimento econômico do Estado durante as suas duas passagens pela presidência do BDMG”, ressaltou.
O BDMG expressa suas condolências a toda família, amigos e colaboradores.
Informações sobre o velório
Dia 29/5 (quarta-feira), de 10h às 14h, na Academia Mineira de Letras (Rua da Bahia 1.466)