Resultado tímido foi impacto pela sazonalidade da agropecuária, mas mantém o Estado em segundo lugar na criação de postos formais no país em 2024
Minas Gerais registrou saldo positivo de 11,1 mil vagas formais de empregos em julho. No acumulado do ano, o Estado é o segundo a criar mais postos formais de trabalho no país, com 173,3 mil, atrás apenas de São Paulo, com 441 mil. Os dados estão no Boletim Econômico do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) divulgado nesta quarta-feira (28/8) a partir do último levantamento do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
O economista-chefe do BDMG, Izak Carlos da Silva, destaca que o resultado mineiro é o mais tímido do ano e foi impactado pelo desempenho do setor agropecuário, que encerrou o mês com um saldo negativo de 2,2 mil vagas. O movimento, segundo ele, já era esperado. “Há um fator de sazonalidade. Tivemos boas safras de café, milho e batata, por exemplo, concentradas no primeiro semestre”, explica.
Izak Silva lembra que neste mês de agosto foi divulgada a Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) que revelou que Minas Gerais encerrou o segundo trimestre de 2024 com a menor taxa de desemprego desde o início da série histórica, em 2012. O dado, para ele, demonstra que o Estado não vive uma desaceleração no mercado de trabalho. “Estamos vendo uma situação de pleno emprego e, nesse sentido, é difícil que esse saldo de empregos positivos seja crescente mês após mês”, afirma.
O economista-chefe aponta que a indústria mineira vive um momento de recuperação e, com isso, deve se destacar na criação de vagas formais de trabalho no segundo semestre. “O ritmo de contratações na indústria está aquém do esperado. Existe espaço para recuperação nesse setor”, avalia. Em Minas Gerais, a indústria registrou saldo de 4 mil postos formais de emprego em julho e, serviços, fechou o mês com 9,2 mil vagas positivas.
O boletim econômico do BDMG pode ser acessado aqui.