Nos nove primeiros meses do ano, Serviços no Estado cresceram 8,4%, mais do que o dobro da média nacional, e o Varejo avançou 2,5%
Varejo e Serviços recuaram em Minas Gerais na passagem de agosto para setembro. No varejo ampliado, o recuo foi de 0,1%, e nos serviços, 0,6%. Ainda assim, no acumulado do ano, de janeiro a setembro, os setores registraram resultados positivos, de 2,5% e 8,4%, respectivamente, ambos acima da média nacional. Os dados estão no Boletim Econômico do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) divulgado nesta terça-feira (14/11), com base no último levantamento do IBGE.
O Turismo segue como um destaque positivo, alcançando 20,3% de crescimento nos últimos 12 meses e 17,5% no acumulado do ano. Em contrapartida, no comércio varejista ampliado, material de construção recuou 6% de janeiro a setembro deste ano. No varejo restrito do estado, cinco dos oito segmentos pesquisados avançaram em 2023, com destaque para equipamentos e materiais de informática como computadores e notebooks (7,8%), e móveis e eletrodomésticos (6,3%). Já tecidos, vestuário e calçados (-13,3%) e artigos de uso pessoal e doméstico (-12,2%) não tiveram bons desempenhos.
Para o economista-chefe do BDMG, Izak Carlos Silva, a pequena queda na comparação entre setembro e agosto reflete a dualidade entre crédito e renda. “Na medida que avançamos na redução da taxa básica de juros, bens dependentes do crédito, como veículos e eletrônicos, têm recuperado as perdas acumuladas no ano e apresentado crescimento na margem no período recente. Em contrapartida, os segmentos vinculados à renda apresentam uma desaceleração relativa, o que indica uma estabilidade no avanço do rendimento médio das famílias”, analisa.
Em serviços, segundo o economista, o desenho é parecido. “O que tem puxado para cima os resultados são as atividades turísticas, em que Minas ainda é líder, com bons números em locação de veículos, hotéis, transporte aéreo, rodoviário, buffets e restaurantes”, completa.
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