As empresas do Vale do Aço iniciaram 2025 buscando por mais financiamentos no comparativo com 2024. Entre janeiro e março deste ano foram liberados R$ 24 milhões em créditos pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) para fortalecer negócios de todos os portes na região. O volume é mais que o dobro registrado no mesmo período do ano anterior e pode crescer ainda mais já que a instituição reduz, a partir desta semana, a taxa de financiamento para as micro e pequenas empresas mineiras: são 0,41% ao mês + Selic, além de 48 meses para pagar, sendo 12 deles de carência.

“Essa redução de taxa é uma decisão estratégica de mercado e de alinhamento com a política do governo do Estado de incentivar ações que possam gerar empregos e contribuir para maior competitividade das empresas do Vale do Aço e demais regiões de Minas”, afirma o presidente do BDMG, Gabriel Viégas Neto. Nesta semana, ele visita municípios da região, entre eles Ipatinga, Timóteo, Bugre e Engenheiro Caldas, para apresentar os dados e as possibilidades de financiamentos que o Banco oferece para os empresários mineiros.

Considerando a atuação do Banco no Vale do Aço, o número de empresas de todos os portes atendidas está maior em 2025, com crescimento de 60% no primeiro trimestre no comparativo com o mesmo período do ano passado. Entre os destaques na região estão justamente as micro e pequenas empresas, um salto de 146% em créditos liberados no período, especialmente pelo acesso à linha BDMG Solidário. Essa iniciativa foi criada no início do ano pelo BDMG, a pedido do Governo de Minas, com condições especiais para empreendedores localizados em cidades que decretaram situação de emergência ou de calamidade em função das chuvas do início deste ano. Os municípios da região foram os mais afetados no período.

“Ofertar um crédito que seja acessível é fundamental para que os empreendedores possam equilibrar o caixa, investir em estoques, ou enfrentar imprevistos, como no caso daqueles que foram impactados pelas chuvas”, aponta o presidente do BDMG. Ele explica que os valores que serão captados com a redução de taxa na linha BDMG Pronampe também poderão ser aplicados como capital de giro, para quitar dívidas ou fazer outros investimentos.

Crédito salva negócios

Entre os empresários que contaram com o BDMG Solidário para manter as atividades após os estragos provocados pelas chuvas está Mariane Sinfronio, da marmoraria Art Pedras Trabalhos em Mármore, em Timóteo. Em janeiro, o barranco de um terreno próximo à empresa desmoronou, atingindo a estrutura da loja aberta há oito anos. Em poucos minutos, a água danificou máquinas, peças e insumos, causando prejuízos que somaram R$ 60 mil.

“Funcionamos com a capacidade reduzida por um tempo por causa dos estragos no espaço. Tentamos acionar o seguro, mas não foi possível reaver o prejuízo. Foi a partir do financiamento com o BDMG que conseguimos comprar novas máquinas e matéria prima para retomar os trabalhos plenamente. O BDMG nos salvou. Sem esse crédito, não sei como seguiríamos”, afirma Mariane, que atua na empresa familiar ao lado do marido e da sogra.

Ao todo, o BDMG disponibilizou R$ 50 milhões pelo BDMG Solidário para financiar micro e pequenas empresas em todo Estado. O montante foi integralmente liberado em pouco mais de um mês, sendo que R$ 10 milhões foram direcionados a empreendedores do Vale do Aço.

As contratações de crédito são realizadas de forma rápida e digital pelo site do Banco (bdmg.mg.gov.br). Também é possível efetivar o financiamento via os 35 correspondentes bancários que atuam em diversas cidades do Vale do Aço para auxiliar os pequenos empreendedores locais, sem qualquer custo adicional para as operações, como foi o caso de Mariane Sinfronio. Os contatos dos correspondentes credenciados podem ser encontrados também no site do BDMG.