Boletim Econômico do BDMG mostra que a alta nas vendas de móveis e eletrodomésticos contribuiu para o resultado do Estado, superior ao do país
O volume de vendas no comércio varejista de Minas Gerais cresceu 1,8% em março, em comparação com o mês anterior. Com o resultado, o Estado atingiu o pico dessa série histórica com dados do IBGE, iniciada em 2000. No Brasil, o crescimento foi menor, de 0,8% em março. Os dados estão no Boletim Econômico do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), divulgado nesta quinta-feira (15/5) a partir do levantamento do IBGE.
Érico Grossi, economista do BDMG, destaca o trimestre positivo para as vendas de móveis e eletrodomésticos. “Apesar da inflação não ter cedido nos primeiros meses de 2025, o crédito para as famílias continua aquecido e, dessa forma, o consumo de alguns itens duráveis se mantém forte”, afirma.
O bom desempenho se repete no comércio varejista ampliado, que inclui atividades como as vendas de veículos, motocicletas e peças e material de construção, onde foi verificada uma alta de 1,5% em março em relação ao mesmo mês do ano anterior. O economista lembra que são segmentos que também estão associados ao acesso ao crédito.
A íntegra do Boletim Econômico do BDMG sobre Comércio está disponível aqui.
Volume de serviços em Minas Gerais se mantém estável em março
O volume de Serviços prestados em Minas Gerais fechou março com estabilidade em relação ao mês anterior, sem avanço ou recuo. No primeiro trimestre de 2025, o crescimento é de 0,9% no Estado. As informações também estão no Boletim Econômico do BDMG baseado em dados do IBGE.
Bruno Inácio, também economista do BDMG, explica que diversos segmentos registram crescimento no primeiro trimestre, como o de atividades turísticas, serviços prestados às famílias e de informação e comunicação. Contudo, o recuo de 7,9%, nos três primeiros meses do ano em outros serviços impactou o resultado.
“Essa queda é verificada desde o final de 2024. Este segmento inclui serviços financeiros que não são aqueles bancários, como as empresas de maquininhas de cartão, de intermediação financeira tanto às famílias quanto às empresas e prestadoras de seguro. É um recuo que pode estar atrelado ao cenário de alta da inflação e da taxa básica de juros, já que isso leva a um consumo menor das famílias”, avalia.
Os números do Boletim Econômico sobre Serviços estão aqui.