Parceria com a COFIDES é o primeiro passo para a entrada de capital espanhol no financiamento de pequenas/médias empresas mineiras
O presidente do BDMG, Sergio Gusmão, assinou um acordo inédito entre o banco mineiro e a Companhia Espanhola de Financiamento para o Desenvolvimento (COFIDES). A parceria foi oficializada nesta semana em Madri, onde o executivo palestrou em dois painéis da COP 25, a conferência sobre mudanças climáticas da ONU. O acordo com a instituição de fomento espanhola é o primeiro passo para a entrada de capital espanhol no financiamento, especialmente, de pequenas/médias empresas sediadas em Minas Gerais.
A partir do acordo, o BDMG buscará identificar, entre seus clientes, oportunidades que possam se enquadrar na necessidade e interesse da COFIDES, para dar continuidade às tratativas para futuras de operações de crédito entre as partes. Atualmente, em termos mundiais, a COFIDES tem capacidade de mobilizar um volume de recursos superior a 2,5 bilhões de euros.
“O BDMG tem buscado diversificar a origem de seus recursos por meio de parcerias com organismos internacionais. Esta parceria com a COFIDES é mais um avanço nesse sentido ao estabelecer uma relação de cooperação mútua para a promoção do desenvolvimento de pequenas e médias que apresentem ligação direta ou indireta com conteúdo espanhol”, afirma Sergio Gusmão. Recentemente, em outubro, o BDMG realizou a maior captação internacional da história do Banco – 100 milhões de euros contratados do Banco Europeu de Investimento (EIB), para o financiamento de projetos de energias renováveis privados e públicos em Minas.
COP 25
Em Madri, o BDMG foi o único banco de desenvolvimento regional brasileiro a ter voz nas discussões da COP 25. Gusmão palestrou em dois fóruns, organizados por instituições internacionais, como o BID e o IDFC – International Development Finance Club. O executivo relatou experiências do BDMG relacionadas ao financiamento de projetos que tem como parâmetro os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, das Nações Unidas. “Estamos diante de uma economia em transformação, ancorada pela sustentabilidade e pela inovação. Há uma grande oferta de ‘créditos verdes’ no mercado internacional e os bancos de desenvolvimento precisam estar sintonizados com um modelo de negócios favorável à captação destes recursos para o financiamento público e privado”, contextualiza.