Estado é o segundo no país que mais gerou empregos; resultado positivo contribuiu para recuo na taxa de desemprego do Brasil
O mercado de trabalho em Minas Gerais, no acumulado de janeiro a outubro, registrou saldo positivo de 187,4 mil postos de trabalho. O desempenho, o segundo melhor entre os estados, depois de São Paulo, ajudou o país a alcançar quase 1,8 milhão de vagas abertas no período e a recuar em 0,3% a sua taxa de desemprego, hoje em 7,6%. Os dados constam em boletim econômico divulgado pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) nesta quinta-feira (30/11) com base nos levantamentos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).
Segundo o economista-chefe do BDMG, Izak Carlos Silva, esse é o nono mês consecutivo com saldo positivo de vagas formais em Minas. Foram 4,9 mil em outubro, no comparativo com setembro. O resultado foi alcançado mesmo com queda mensal nos setores da Agricultura e Indústria.
“Final de ano é muito positivo, com a abertura de vagas temporárias muito concentrada em comércio e serviços, devido às festas de fim de ano, que compensam a queda nas contratações em outros setores, como a construção civil e a entressafra na agropecuária”, explica. “Estamos em um patamar de emprego muito positivo no Brasil e em Minas, muito próxima da melhor taxa registrada na série histórica, que foi em 2015”, ressalta o economista.
Renda bate recorde
Ainda segundo Silva, o resultado positivo em Minas também contribuiu para que o rendimento das famílias brasileiras atingisse R$ 2.999, maior valor desde a primeira Pnad, avanço de 1,7% no terceiro trimestre em relação ao segundo, e um crescimento de 3,9% no acumulado do ano. “O rendimento tem crescido muito porque todos os fundamentos do mercado de trabalho estão positivos. As pessoas estão encontrando oportunidades e, em alguns segmentos, ainda há vagas não preenchidas”, afirma o economista.
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