BDMG

RELATÓRIO DE
SUSTENTABILIDADE

2021

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Mensagem do Conselho de administração

Mensagem
do Conselho de
administração

Fernando Lage de Melo

Presidente

Welerson Cavalieri

Vice-Presidente

Cláudio de Oliveira Torres

Conselheiro

Emílio H. Carazzai Sobrinho

Conselheiro

Henrique Augusto Mourão

Conselheiro

Márcio Rezende Magalhães

Conselheiro

Otávio Romagnolli Mendes

Conselheiro

  • Mensagem do Conselho de Administração
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  • Relatório de Sustentabilidade 2021

Alinhado à nova dinâmica dos bancos de fomento mundiais, que exige maior foco em investimentos sustentáveis com impactos positivos e sem prejuízo de gerar bons resultados financeiros, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) se mantém a serviço da sociedade mineira como uma instituição sólida e inovadora às vésperas de seu 60º aniversário.

Este relatório consolida os avanços realizados em 2021 pelo BDMG em direção ao desenvolvimento sustentável do Estado. Selamos o compromisso de contribuir para a agenda de clima ao aderirmos,

juntamente com o Governo de Minas, à campanha patrocinada pelas Nações Unidas Race to Zero, sendo a maior coalizão de líderes comprometidos com um objetivo: zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050.

A contribuição do BDMG para a agenda da sustentabilidade se evidencia nos investimentos em projetos de energias renováveis que, apenas no ano passado, foram da ordem de R$ 207 milhões, gerando impactos estimados em 7.665 tCO2/ano de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) evitadas e gerando energia limpa correspondente a 102 GWh/ano.

Se, de um lado, o Banco tem se dedicado a expandir sua carteira de projetos sustentáveis, por outro, ele tem trabalhado para manter sua sustentabilidade financeira. Apesar das adversidades e ainda sob o clima de incertezas geradas pela pandemia, fechamos o ano de 2021 com lucro líquido de R$ 231,2 milhões. A crise evidenciou, mais uma vez, a capacidade do BDMG de atuar de forma anticíclica, respondendo às necessidades

urgentes do setor produtivo mineiro. A importância do Banco para a ampliação do crédito, especialmente para micro e pequenas empresas e para a manutenção de empregos e renda, ganhou destaque, mostrando que a instituição faz diferença na vida da população mineira.

A capilaridade do Banco via plataforma digital, somada à sua rede de correspondentes bancários credenciados, fez com que os empréstimos liberados em 2021 chegassem em 526 dos 853 municípios mineiros, sendo 82% deles com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) abaixo da média do Brasil.

No que tange ao setor público, ao longo de 2021 o BDMG desenvolveu atividades de estruturação de projetos de concessão e de estruturação dos processos de desestatização e desmobilização de ativos de empresas estatais mineiras, prestando serviços especializados de assessoria e assistência técnica. Entre esses serviços estão diagnósticos de cenário, avaliações econômico-financeira, análises jurídicas, modelagem e assistência téc-

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nica na preparação e execução de desmobilização de ativos.

Dessa forma, o BDMG atua como parceiro do estado na estruturação de projetos estratégicos, em alinhamento às Políticas Públicas definidas por seu acionista, e amplia sua atuação como prestador de serviços especializados, o que traz resultados positivos para sua geração de caixa, diversificação de receitas e sustentabilidade financeira.

O Conselho de Administração apoiou iniciativas para fortalecer ainda mais os padrões de governança, com abordagem de riscos em adequação ao cenário de crédito vigente, às novas diretrizes do planejamento estratégico, aos interesses do Estado e à solidez econômico-financeira da Instituição. A revisão da Declaração de Apetite por Riscos e da Política de Gestão do Risco de Liquidez são bons exemplos disso.

Embora, em 2022, o cenário continue desafiador, desde o início da crise gerada pela pandemia, o BDMG vem aperfeiço-

ando seus controles internos e políticas de compliance, além de expandir e aprofundar as parceiras nacionais e internacionais, demonstrando para a sociedade mineira o que é, de fato, um banco de desenvolvimento que faz a diferença na vida das pessoas.

Continuaremos com nossa estratégia de alinhar nossa carteira ao propósito de um banco de desenvolvimento comprometido com o futuro das novas gerações, cada vez mais afinado com as ações do Governo de Estado e apoiando tanto o setor produtivo quanto os municípios mineiros, no sentido de promover o desenvolvimento socioeconômico de Minas Gerais e a redução das desigualdades regionais.

O Conselho de Administração renova o sentimento de dever cumprido, com a certeza de que em 2022 seja mantida a sintonia com as políticas públicas governamentais e com forte sentido de gestão, para potencializar nossos resultados.

Fernando Lage de Melo

Presidente do Conselho de Administração do BDMG

Mensagem
do presidente

Marcelo Bomfim

Marcelo Bomfim

Presidente do BDMG

  • Mensagem do Presidente
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  • Relatório de Sustentabilidade 2021

Com muita satisfação, faço chegar à sociedade mineira os resultados obtidos pelas equipes técnicas e gerenciais do BDMG ao longo de 2021. Os indicadores aqui apresentados materializam o papel dessa honrosa instituição como vetor de apoio ao desenvolvimento socioeconômico sustentável de Minas Gerais. Ao mesmo tempo, reforçam o compromisso de manter o nível de governança e transparência em sintonia com as aspirações da sociedade e de nosso acionista, o Governo de Minas Gerais.

Durante o exercício, em que pese o cenário desafiador desencadeado pela crise sanitária, o BDMG se manteve atuante como agente financeiro do setor produtivo e do setor público mineiro, sem renunciar ao monitoramento contínuo dos riscos associados à preservação da solidez financeira da instituição.

É compromisso do BDMG aprimorar continuamente seus instrumentos de gestão de risco, para o exercício cada vez mais eficiente de seu papel como provedor de soluções creditícias competitivas, estruturador de projetos e prestador de serviços especializados. Em 2021, a atuação do Banco gerou um impacto positivo de R$ 1,47 bilhão à produção mineira e estimulou cerca de 22 mil empregos, sinalizando a vocação de seu corpo técnico em adaptar-se a diferentes cenários e construir oportunidades efetivas.

Em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável — ODS, que integram a Agenda 2030 da ONU, o BDMG adensou o seu compromisso de contribuir para uma transição climática responsável.

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Projetos de impacto ambiental, notadamente na área de energias renováveis, eficiência energética e saneamento receberam crédito da ordem de R$ 187 milhões. Destaque para iniciativas de energia solar em 18 municípios, principalmente no Norte de Minas, contribuindo para a conversão das potencialidades naturais da região em desenvolvimento regional efetivo. Em paralelo, registramos a adesão — juntamente com o Governo de Minas Gerais — ao programa Race to Zero, campanha global que visa alcançar emissões líquidas zero de gases de efeito estufa até 2050.

Outra ação relevante do BDMG no campo da sustentabilidade foram os financiamentos ao setor de saúde. Os projetos apoiados beneficiaram diretamente 455 mil pessoas, entre as quais mais de 52 mil pacientes e 9.900 trabalhadores, além de possibilitar a fabricação de 8 mil itens, entre medicamentos e demais produtos e equipamentos hospitalares, farmacêuticos e clínicos. Em tempos de pandemia de Covid-19, esses resultados tornam-se ainda mais aderentes ao papel que se

espera de um banco de desenvolvimento em momentos complexos como este que atravessamos.

Em outra frente, destinamos R$ 91,8 milhões para projetos de urbanização, saneamento e melhoria de serviços públicos, sendo 93% do desembolso associado aos ODS. É um compromisso do BDMG fortalecer cada vez mais sua integração aos municípios mineiros, sobretudo àqueles cujo acesso a crédito no mercado tradicional é limitado. Para isso, a oferta de linhas com condições acessíveis e que atendam às demandas reais das prefeituras, além de maior diálogo institucional, são inflexões que queremos tornar cada vez mais fortes.

Necessário ressaltar que todo esse desempenho na concessão de maiores oportunidades de liquidez para os empreendedores e municípios caminhou junto com uma gestão atenta aos indicadores de solidez financeira da instituição. Reflexo disso foi o excelente resultado do banco no exercício.

Ao ingressar em seu ano 60, o BDMG trabalhará ativamente para cumprir seu propósito de maneira inovadora, com melhoria constante da transparência, da gestão financeira e da governança. Em diálogo com o Governo de Minas, vamos adensar cada vez mais o conhecimento do Banco sobre as realidades locais e construir respostas tempestivas e efetivas para o desenvolvimento regional, com ênfase na superação de desafios econômicos das camadas sociais mais expostas.

Afinal, o BDMG é um patrimônio dos mineiros! Manteremos esse foco, conectados às políticas públicas governamentais e às agendas globais e locais de desenvolvimento. Com forte sentido de gestão, nossas equipes estão engajadas em potencializar os resultados para a sociedade mineira, descortinando um futuro mais sustentável e sensível às demandas sociais.

Marcelo Bomfim

Presidente do BDMG

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Cenário
econômico

  • Cenário Econômico
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Depois de um primeiro semestre promissor, o ano de 2021 se encerra, para a economia brasileira e mineira, com um ritmo de retomada econômica em desaceleração. Os desdobramentos da pandemia — com o surgimento de novas variantes do coronavírus e as políticas de resposta de países asiáticos de tolerância zero — ensejaram interrupções na produção industrial e redução do ritmo de oferta de serviços, que impactaram as cadeias produtivas em nível global.

Em 2021, a despeito de as previsões terem também sido revistas para baixo, os indicadores de atividade econômica publicados, relativos ao 3º trimestre, apontam que a economia brasileira se recuperou em relação à primeira fase do período pandêmico. O crescimento da indústria e do comércio e a recuperação dos serviços tendem a determinar um crescimento da economia brasileira entre 4,5% e 5%. Nas últimas leituras da PNAD-C, observou-se alguma recuperação do mercado de trabalho, com a taxa de ocupação crescendo mais do que a taxa de participação no mercado, o que pode ser um alento na sustentação do consumo.

Já os fatores que determinam um desempenho aquém das expectativas anteriores para 2021 envolvem a elevação dos custos do petróleo, os problemas de abastecimento de componentes industriais, os impactos da crise hídrica, o nível de desemprego elevado, os impactos da inflação sobre a massa de rendimentos real e a interrupção da produção em segmentos industriais importadores de componentes, além do impacto desses

elementos sobre as expectativas dos investidores.

Embora os governos dos países mais desenvolvidos venham sustentando a retomada econômica com políticas monetárias e fiscais expansionistas, a instabilidade no fornecimento de insumos industriais tem imposto um ritmo mais lento que o esperado, combinado a uma elevação do nível geral de preços. O mesmo processo atinge de maneira mais intensa as economias emergentes, nas quais à inflação e à interrupção do fornecimento de componentes acrescem-se menor espaço fiscal e um ritmo desigual de cobertura vacinal das populações, com reflexos negativos na sociedade e na economia. Por essa razão, bancos centrais de todo o mundo — inclusive o brasileiro — vêm revendo suas posições, programando a retirada progressiva dos estímulos monetários e o aumento dos juros internos.

A conjuntura internacional tornou-se ainda mais desafiadora desde o final de fevereiro deste ano, com o início da guerra russo-ucraniana.

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As sanções à Rússia levaram à restrição na oferta, provocaram aumentos dos preços — especialmente de commodities, destacando-se o avanço nos preços de petróleo, gás natural, metais e trigo, produtos dos quais Rússia e Ucrânia têm elevada participação na oferta global —, e intensificaram o processo inflacionário no mundo. Como resposta à escalada do nível geral de preços, a maioria dos Bancos Centrais elevaram as taxas básicas de juros, com efeitos sobre a liquidez e o crescimento econômico global.

Estimativas da OCDE indicam que o conflito no Leste Europeu deve subtrair pelo menos um ponto percentual (p.p.) do crescimento mundial e adicionar mais de 2,5 p.p. à inflação global previstos anteriormente. No Brasil, a aceleração do processo inflacionário materializou-se nos preços de combustíveis e nas expectativas de inflação mais elevadas, exigindo reação da autoridade monetária na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Esse cenário internacional adverso impacta negativamente as expectativas dos agentes econômicos no Brasil, com adiamento de decisões de investimento produtivo e de emissões de títulos. Como consequências, as consultorias macroeconômicas têm revisado para baixo as previsões de crescimento para 2022 — para variações inferiores a 1% (+0,3% a.a. na pesquisa Focus em fim de janeiro de 2022).

Em 2022, o Banco Central deverá dar mais ênfase ao controle do processo inflacionário e, consequentemente, manterá taxas de juros mais elevadas, desestimulando decisões de investir. Contrabalançando esse cenário, há o impulso ao consumo advindo de programas de transferências de renda governamentais associado a um nível de emprego ligeiramente superior, além da manutenção de um bom desempenho exportador para as commodities brasileiras e mineiras.

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Em Minas Gerais

No caso da economia regional, os mesmos fatores positivos que atuaram em 2021, com destaque para um bom desempenho do segmento exportador — mais especificamente da valorização do preço do café no mercado internacional e de alguma recuperação do preço do minério nos últimos meses —, a indústria de transformação mineira — sobretudo a automotiva — também teve desempenho destacado no período.

Na primeira metade do ano, a economia mineira apresentou recuperação mais robusta que a brasileira e já se encontrava, em abril de 2021, em patamar superior ao de fevereiro de 2020. Sobretudo, a Indústria — tanto de Transformação como a Extrativa — foi responsável por uma recuperação mais intensa, em relação ao patamar pré-pandemia. Nesse contexto, o Produto Interno Bruto de Minas Gerais avançou 5,1% em 2021 — resultado superior ao brasileiro (4,6%). Os avanços na indústria (9,2%) e nos serviços (4,1%) contribuíram para o resultado. Por sua vez, a agropecuária recuou 8,4% — puxada pela bienalidade negativa do café.

O melhor desempenho do PIB do estado em relação ao PIB do país deveu-se, principalmente, à conjuntura econômica internacional. A demanda aquecida por commodities e a recomposição das cadeias globais de oferta favoreceram setores importantes na estrutura produtiva mineira, como o extrativo e o metalmecânico. Os serviços — especialmente

  • Cenário Econômico
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os prestados às famílias — foram, por um lado, beneficiados pelas melhores condições epidemiológicas, decorrentes do avanço na vacinação, e, por outro lado, tiveram seu desempenho limitado pela queda da massa de rendimentos.

Para 2022, a expectativa é de perda de ímpeto da atividade econômica. A desaceleração da economia global — influenciada pelo conflito no Leste Europeu, pela falta de insumos essenciais à produção e pela escalada global de preços — e os aumentos da taxa de juros e do endividamento das famílias devem impactar negativamente o crescimento da economia. Em contrapartida, a valorização dos preços de commodities e o câmbio em patamar historicamente desvalorizado devem influenciar positivamente as exportações do estado.

O desempenho da economia mineira em 2022 dependerá dos mesmos fatores que impactarão a economia brasileira, havendo perspectiva de crescimento inferior a 1% a.a.

Se, por um lado, os efeitos negativos das interrupções de fornecimento e da elevação dos custos da energia continuam a impactar negativamente a recuperação da atividade industrial e dos serviços a ela associados, por outro, a bienalidade positiva do café, entre outros fatores, pode representar um contraponto positivo no cenário. Em ambas as esferas, a possibilidade de o avanço da cobertura vacinal minimizar efeitos sociais e econômicos de novas variantes do coronavírus será determinante para o desempenho da atividade econômica.

Qualquer que seja o cenário a se materializar, deverá prevalecer a tendência atual de direcionamento de parte da liquidez disponível nos mercados financeiros globais para a agenda de desenvolvimento sustentável.

Trajetória

  • Trajetória
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A trajetória do BDMG iniciou-se em 1962, quando assume o papel de promotor ativo do desenvolvimento do Estado de Minas Gerais via inversões de recursos por meio de financiamentos. Tinha como missão estabelecer condições de desenvolvimento com foco no crescimento da atividade industrial, principalmente para as micro e pequenas empresas; na atuação como provedor de condições técnicas e financeiras de projetos de interesse estadual; na alocação, de forma eficaz, do capital, nacional e internacional, de forma a proporcionar o desenvolvimento equitativo.

Além de participar da criação de entidades de grande relevância1, o Banco elaborou importantes estudos econômicos compartilhando conhecimento diferenciado, que serviu de base para o planejamento e para a elaboração de estratégias econômicas e sociais de diversos governos.

Atualmente, o BDMG apoia empresas de todos os portes e setores, prefeituras e concessionárias de serviços públicos municipais. Além disso, o Banco é o estruturador oficial do Estado em operações de concessão comum e em modelos de

Parcerias Público-Privadas (PPPs). Em sintonia com os princípios Ambientais, Sociais e Governança (ASG), sua estratégia tem como foco contribuir para a Agenda 2030 e para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável — ODS adotados pelo Brasil e demais países membros da ONU.

Não obstante as flutuações econômicas, nacional e internacional, ocorridas ao longo dos 60 anos da instituição, o apoio do BDMG para o fortalecimento do setor produtivo foi primordial para a evolução de Minas Gerais.

1 Instituto de Desenvolvimento Industrial de Minas Gerais (INDI), a Fundação João Pinheiro (FJP), a Companhia de Distritos Industriais de Minas Gerais (CDI/MG) e o Centro de Assistência Gerencial (CEAG), que deram origem ao Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).


Ponto de partida

  • Criação do departamento
    de Estudos Socioeconômicos.
  • Assinatura do primeiro
    Acordo com o BNDE.
  • Programa para o agronegócio
    e mineração.
  • Trajetória
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Apoio a setores da economia

  • Recuperação do Programa de Açúcar Agroindústria.
  • Apoio ao setor minero-metalúrgico: Açominas, Usiminas, Acesita, etc.
  • Abertura de Fábrica da Fiat em Betim, com apoio do BDMG.
  • Programa de Desenvolvimento da Indústria do Café.
  • Continuação do apoio à industrialização do Estado de Minas Gerais.

Fundos Estaduais

  • Experiência no mercado de capitais (IPO para Cedro Cachoeira Itaunense).
  • Consolidação do papel de suporte ao planejamento do Estado por meio de estudos econômicos.
  • Criação de Fundos Estaduais administrados pelo BDMG, uma das principais fontes de recursos até a década de 2000.

Projetos estratégicos

  • Atuação com a estrutura de projetos de concessão e PPPs.
  • Financiamento para municípios de MG e projetos estratégicos.
  • Fortalecimento da parceria com o BNDES para financiamentos em MG.
  • Trajetória
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Diversificação de funding e BDMG Digital

  • Redução de Fundos Estaduais.
  • Diversificação de funding.
  • Lançamento do BDMG Digital e fortalecimento da atuação por meio de correspondentes bancários.
  • Fortalecimento das estratégias de captação de clientes e novo modelo de negócio.
  • Fortalecimento da gestão de riscos, gestão de crédito e gestão de garantias.
  • Participação direta e indireta em empresas estratégicas para o estado.
  • Direcionamento da atuação em segmentos estratégicos para o estado: inovação, sustentabilidade, agro e desenvolvimento regional.

Agendas Globais de Desenvolvimento e atuação anticíclica

  • Alinhamento às agendas globais de desenvolvimento e princípios ESG.
  • Reforço na atuação anticíclica em resposta à covid-19.
  • Reforço de R$ 100 milhões na estrutura de capital e captações recordes (R$ 2,3 bilhões).
  • Líder de repasses Funcafé.
  • Publicação Framework ODS e emissão de Título Sustentável.
  • Atuação em projetos de desestatização e projetos de infraestrutura do Estado.
  • Signatário Pacto Global da ONU.
  • Adesão do Governo de MG ao Race to Zero (emissões líquidas zero de GEE até 2050).
  • Prêmio CFI Brazil 2020 Best Socio-Economic Impact Bank.

Estratégia

  • Estratégia
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O BDMG completa 60 anos de existência em 2022 guiado pelo Plano Estratégico 2022-2026, com objetivos de médio e longo prazos construídos para assegurar o alcance de sua visão de futuro: ser referência de banco de desenvolvimento local focado em impacto.

Alinhado ao Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado — PMDI, o BDMG atua como agente do estado para o desenvolvimento de setores e regiões de Minas Gerais com a mobilização de recursos internacionais e privados, implementação de projetos de impacto e cooperações técnicas. Além disso, contribui para o aumento da eficiência do estado com projetos de desestatização e parcerias público-privadas.

Essas ações objetivam alcançar o propósito de transformar iniciativas em realidade, para fazer diferença na vida dos mineiros.

Para tanto, o BDMG busca equilibrar sua atuação entre o B (banco), ao garantir sustentabilidade financeira; o D (desenvolvimento), ao maximizar impacto e desenvolvimento; e o MG (Minas Gerais), ao ser especialista em seu território. Assim, objetiva, simultaneamente, atuar com rentabilidade, excelência operacional e gestão de funding e exercer seu papel de promoção do desenvolvimento, mobilizando recursos e parcerias para atendimento Minas Gerais.

Propósito

Transformar iniciativas
em realidade para fazer
diferença na vida dos mineiros.


Visão

Ser referência mundial de banco
de desenvolvimento local focado
em impacto.


Pilares

B

Garantir a sustentabilidade
financeira.

D

Maximizar impacto e desenvolvimento.

MG

Ser especialista em Minas Gerais
para gerar valor à sociedade.

  • Estratégia
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Essa atuação ocorre através do atendimento às micro, pequenas, médias e grandes empresas, aos produtores rurais e ao setor público de Minas Gerais e estados limítrofes no financiamento de projetos que gerem impacto. Esse impacto é mensurado pelo alinhamento dos efeitos ambientais, sociais e econômicos dos desembolsos aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável — ODS.

O BDMG mobiliza recursos para a viabilização de investimentos capazes de responder às demandas do estado com foco em 5 compromissos de impacto para atuação nos próximos anos:

Inclusão financeira:

garantir acesso a serviços financeiros em condições favoráveis para as micro e pequenas empresas, apoiando a manutenção de empregos.

Energia limpa:

ampliar a matriz de energia renovável viabilizando investimentos em fontes de energia limpa e eficiência energética

Cidades inclusivas e sustentáveis:

ter cidades mais inclusivas e sustentáveis viabilizando projetos de infraestrutura (saneamento, saúde, educação, urbanização e espaços inclusivos).

Empresas competitivas e responsáveis:

promover a diversificação industrial, agregação de valor às commodities e acesso a novos mercados, com elevação de produtividade e inovação.

Agricultura de baixo carbono:

viabilizar investimentos em agroinovação que garantam níveis altos de produtividade e contribuam para a regeneração do solo, da biodiversidade e da redução das emissões GEE.

  • Estratégia
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A Agenda 2030 e a atuação
de impacto do BDMG

O BDMG contribui para 13 dos 17 ODS
e 28 das 169 metas da Agenda.

  • Estratégia
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Além dos compromissos de impacto, a atuação do BDMG nos próximos cinco anos estará baseada nos 6 direcionadores estratégicos que dialogam significativamente com o futuro da instituição:


Impacto

Trata-se da mensuração dos efeitos para a sociedade dos financiamentos concedidos, fortalecendo sua estratégia ao se posicionar como especialista regional para a viabilização de projetos de desenvolvimento alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável — ODS, além de aprimorar o monitoramento e a avaliação dos impactos de sua atuação no desenvolvimento do Estado.

Compromisos com a Agenda 2030 e com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável — ODS;

Posicionamento do BDMG como especialista regional para viabilização de projetos de desenvolvimento;

Monitoramento e Avaliação dos impactos da atuacão do BDMG no desenvolvimento do estado.

  • Estratégia
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Competitividade

O BDMG está organizado para crescer de forma compatível com sua estrutura de capital. Sua competitividade reside na excelência em soluções financeiras para o desenvolvimento, que incluem serviços e consultorias, além do aprimoramento constante da experiência do cliente, da aderência ao mercado em termos de posicionamento e da oferta com rentabilidade.

Excelência em soluções financeiras para o desenvolvimento, incluindo serviços e consultoria;

Aprimoramento constante da experiência do cliente;

Aderência ao mercado em termos de posicionamento e da oferta, com rentabilidade.

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Parceria

Para o BDMG, desenvolvimento e impacto podem ser potencializados por parcerias, que são um meio de viabilizar a implementação da estratégia e a efetividade de sua atuação. Para isso, está constantemente explorando novas oportunidades de negócios, inclusive com instituições com o mesmo “DNA”, para a transferência e disseminação de conhecimento, bem como a mobilização de recursos para projetos relevantes em Minas Gerais e em estados vizinhos.

Explorar novas parcerias de negócios, inclusive com instituições com o mesmo DNA;

Atuar como plataforma de produção e disseminação de conhecimento;

Fortalecer as parcerias de atendimento ao cliente.

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Cultura organizacional

Para o BDMG, o alcance dos objetivos propostos demanda o alinhamento das lideranças e das equipes com os objetivos da organização: líderes capazes de inspirar, engajar e desenvolver outros líderes; a habilidade de aprender, desaprender e reaprender continuamente; a capacidade de agir com simplicidade, agilidade e adaptabilidade, além de atuar com protagonismo, propondo e assumindo desafios.

Alinhamento das lideranças e das equipes com os objetivos da organização;

Ter líderes capazes de inspirar, engajar e desenvolver outros líderes;

Aprender, desaprender e reaprender continuamente;

Priorizar entregas contínuas e incrementais sempre que possível;

Simplicidade, agilidade e adaptabilidade;

Agir com protagonismo, propondo e assumindo desafios;

Fortalecer as práticas de governança, compliance e gestão de riscos.

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Transformação digital

A transformação digital está mudando rapidamente o modelo de negócios no setor de fomento em escala global, possibilitando que os recursos dos programas de desenvolvimento cheguem de maneira mais eficiente às mãos de quem precisa. Isso envolve estar preparado para explorar oportunidades originadas da transformação digital no mercado financeiro.

Estar preparado para explorar oportunidades originadas das mudanças no mercado financeiro;

Migração para infraestrutura de nuvem como serviço;

Inteligência de dados e inteligência artificial como forma de subsidiar o processo decisório;

Automação visando ganhos de produtividade.

  • Estratégia
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Sustentabilidade financeira

Refere-se ao balanceamento entre o nível de rentabilidade e de risco com o objetivo de alcançar um patamar de crescimento compatível com a estrutura de capital do BDMG. Para isso, o banco faz revisões periódicas do apetite ao risco e da política de crédito, com instrumentos para a mitigação do risco de crédito e monitoramento de cenários, além do aprimoramento contínuo dos modelos financeiros e projeções.

Revisões periódicas do apetite por riscos e da política de crédito;

Utilização de instrumentos para mitigação do risco de crédito e monitoramento dos cenários;

Crescimento compatível com a estrutura do BDMG;

Aprimoramento dos modelos financeiros.

Governança

  • Governança
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Identidade

Criado pela Lei Estadual nº 2.607, de 05/01/1962, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais S.A. (BDMG) é uma instituição financeira de fomento ao desenvolvimento de Minas Gerais e integra o sistema de desenvolvimento econômico do estado, sendo vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de Minas Gerais (SEDE).

É uma empresa pública controlada pelo Estado de Minas Gerais, pessoa jurídica de direito privado, integrante da administração indireta, com área de atuação

em Minas Gerais ou em estados limítrofes. Está sediado na cidade de Belo Horizonte (MG).

Como banco de desenvolvimento, faz parte do Sistema Financeiro Nacional e tem a função de promover o bem-estar social mediante a oferta de serviços financeiros que estimulem investimentos dos agentes econômicos.

Além de Minas Gerais, o Banco atua em outros quatro estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul.

Estrutura
de Governança

A estrutura de governança do BDMG é composta por seis órgãos estatutários: Conselho de Administração, Conselho Fiscal, Comitê de Auditoria, Comitê de Riscos e Capital, Diretoria Executiva, Comitê de Crédito e Renegociação e Ouvidoria, além de cinco outros comitês não estatutários: Comitê Gerencial, Comitê de Gestão de Pessoas, Comitê de Tecnologia da Informação, Comitê de Finanças e Comitê de Produtos. Todos os órgãos estão subordinados direta ou indiretamente à Assembleia Geral de Acionistas, instância máxima de decisão, conforme determina a Lei. O modelo de governança do BDMG pode ser visualizado no organograma a seguir:

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Organograma da Governança do BDMG
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  • Relatório de Sustentabilidade 2021

A Estrutura de Governança do BDMG é periodicamente revista, de modo a garantir a segurança, a eficiência e a transparência da Instituição. Os órgãos estatutários que a compõem, com suas respectivas atribuições, são:

Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é ligado diretamente à Assembleia Geral de Acionistas e possui atribuições fiscalizatórias e opinativas. O Órgão é composto de quatro membros efetivos e quatro suplentes e possui função instrumental de auxiliar a Assembleia Geral de Acionistas, opinando tecnicamente sobre a adequação das demonstrações financeiras e sobre o cumprimento dos deveres legais e estatutários dos Administradores da Instituição. Além disso, possui, entre outras, a atribuição de comunicar eventuais irregularidades à Assembleia Geral e zelar para evitar, ou corrigir tempestivamente, a ocorrência de erros administrativos que possam gerar impactos relevantes para o Banco.

Conselho de
Administração

Atualmente, o Conselho de Administração (CAD) é composto por oito membros, conforme disposto no Estatuto Social do Banco, e constitui o principal órgão de administração do BDMG, cabendo-lhe

estabelecer as diretrizes para a atuação da Instituição no fomento às atividades de desenvolvimento econômico e social do estado. O CAD possui, entre várias outras, as seguintes atribuições:

• Aprovar e acompanhar o plano de negócios e a estratégia de longo prazo para a atuação do Banco no fomento às atividades de desenvolvimento econômico e social do estado, promovendo análise anual do atendimento das metas e resultados de sua execução;

• Divulgar as conclusões da análise a que se refere o inciso anterior no sítio eletrônico do BDMG e informá-las à Assembleia Legislativa e ao Tribunal de Contas do Estado;

• Aprovar relatórios externos, políticas internas e programas compatíveis com o plano do Estado e seus respectivos programas regionais e setoriais de desenvolvimento;

• Estabelecer critérios para a realização de acordos e transações judiciais e extrajudiciais.

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Diretoria Executiva

A Diretoria Executiva exerce a administração geral da Instituição buscando assegurar o cumprimento dos seus objetivos institucionais e a efetividade das deliberações do Conselho de Administração para garantir seu funcionamento regular. Adicionalmente, cabe à Diretoria levar à deliberação do Conselho de Administração as propostas sobre matérias relevantes da Instituição, conforme definido no Estatuto Social.

A Diretoria Executiva é composta por cinco membros — sendo um Diretor-Presidente, um Diretor-Vice-Presidente e três Diretores-Executivos —, que se reúnem semanalmente, sob a coordenação do Diretor-Presidente, e, além de exercer a administração geral do Banco, possui, em linhas gerais, as seguintes atribuições:

• Estabelecer as políticas e diretrizes gerais do BDMG submetendo-as à deliberação do Conselho de Administração;

• Implementar a estratégia definida pelo Conselho de Administração;

• Conduzir as operações ativas e passivas da Instituição não compreendidas na competência decisória do Conselho de Administração ou dos Comitês de Crédito e Renegociação.

Comitê de Auditoria

O Comitê de Auditoria, órgão auxiliar do Conselho de Administração, com funcionamento permanente, pelo Conselho de Administração, observados os requisitos legais. Atualmente, o Colegiado é composto por três membros. Constituem-se atribuições do Comitê de Auditoria do BDMG, entre outras, opinar, de modo a auxiliar os Acionistas, na indicação de administradores e conselheiros fiscais sobre o preenchimento dos requisitos e a ausência de vedações para as respectivas eleições; revisar, previamente à publicação, as demonstrações contábeis semestrais, inclusive notas explicativas, relatórios da administração e parecer do auditor independente; e supervisionar e avaliar a efetividade da área de controles internos, de controladoria, das auditorias independente e interna, inclusive quanto à verificação do cumprimento de dispositivos legais e normativos aplicáveis ao BDMG, além de regulamentos e códigos internos.

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Comitê de Riscos
e Capital

O Comitê de Riscos e Capital (CRC) é um órgão colegiado composto por quatro membros: o Diretor-Presidente (presidente do Comitê), o Diretor-Responsável pela Gestão de Riscos, o Diretor-Responsável pela Gestão de Capital e um membro do Conselho de Administração.

O CRC se reúne ordinariamente, no mínimo, uma vez por mês e trimestralmente com o CAD, para reporte sobre gestão de riscos e capital. Tem por competência, além das estabelecidas pelo Conselho de Administração e as fixadas na legislação aplicável, assessorar o Conselho de Administração na gestão de riscos e de capital, proporcionando visão abrangente e integrada dos riscos e seus impactos, e auxiliar a Diretoria Executiva e o Conselho de Administração na fixação e revisão dos níveis de apetite por riscos da Instituição.

Comitê de Crédito
e Renegociação

O Comitê de Crédito e Renegociação é composto pelos representantes das áreas de Análise de Crédito, Operações, Gestão de Crédito, Produtos, Riscos e Controles Internos, Planejamento e Jurídico.

Compete ao Comitê de Crédito e Renegociação deliberar sobre limite e utilização de crédito, renegociação, alteração de garantia e alteração de contratos, inclusive das cooperativas de crédito, até o valor equivalente a 1% do Patrimônio Líquido do Banco, observados os critérios de risco definidos pelo Conselho de Administração, entre outras atribuições previstas.

Ouvidoria

A Ouvidoria do Banco é órgão estruturado como unidade administrativa vinculada ao

Diretor-Presidente. O mandato do Ouvidor é de dois anos, admitida apenas uma recondução por igual período. Sua principal atribuição é prestar atendimento, de última instância, aos clientes e usuários dos produtos e serviços do BDMG.

As reclamações de clientes e usuários de produtos e serviços são recebidas por meio de um número de telefone 0800 e são registradas pelo Núcleo de Atendimento (NAC) em sistema de CRM. A Ouvidoria também atende as demandas enviadas pela Ouvidoria do Banco Central (BACEN), Comitê de Auditoria e Ouvidora-geral do Estado (OGE/MG), zelando pelo cumprimento dos prazos e assegurando a estrita observância das normas legais e regulamentares relativas aos direitos dos seus clientes.

O número de demandas atendidas manteve o patamar de 2020, superior ao dos anos anteriores, em linha com o expressivo aumento da carteira de clientes e atendimentos de renegociação decorrentes da pandemia.

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Gestão de Riscos,
Controles Internos
e Integridade

O BDMG dispõe de áreas dedicadas à gestão de riscos, controles internos, conformidade e integridade, com atuações independentes, vinculadas diretamente ao Diretor-Presidente, podendo ser conduzidas por outro Diretor-Executivo, que não seja responsável por atividade negocial do Banco.

São atribuições das áreas responsáveis pela gestão de riscos, controles internos, conformidade e integridade, além de outras previstas na legislação própria e nos normativos do BDMG:

• Assessorar o Conselho de Administração na gestão integrada de riscos, controles internos, conformidade e integridade, propondo políticas e estratégias;

• Disseminar a cultura de gestão de riscos, controles internos, conformidade e integridade;

• Encaminhar relatórios periódicos ao Comitê de Auditoria referentes às atividades desenvolvidas.

As áreas responsáveis pela gestão de riscos, controles internos, conformidade e integridade se reportam diretamente ao Conselho de Administração em situações em que se suspeite do envolvimento de integrante da Diretoria Executiva em irregularidades ou quando um membro se furtar à obrigação de adotar medidas necessárias em relação à situação de irregularidade a ele relatada.

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Emissão exclusiva de ações com direito a voto (ordinárias), com adoção do princípio "uma ação, um voto".

Presença de pessoas distintas ocupando os cargos de presidente do Conselho de Administração e Diretor-Presidente.

Existência de um Regimento Interno com definições claras das atribuições e das responsabilidades do Conselho de Administração.

Divulgação de atas resumidas do Conselho de Administração no website do BDMG.

Adoção de comitês estatutários.

Constituição de comitês não estatutários para auxiliar na governança, como Comitê de Tecnologia da Informaação, de Gestão de Pessoas, Gerencial, Financeiro e de Produtos.

Formalização e divulgação ao público da estrutura de Governança Corporativa da instituição.

Atuação do comitê de riscos e capital, como órgão de assessoramento do Conselho de Administração.

Adoção de ferramenta que permite acompanhar todas as etapas do processo de concessão de crédito.

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Adoção de modelo de gestão da estratégia que permite a definição dos objetivos e a mensuração dos resultados finalísticos da atuação do BDMG.

Divulgação do modelo de gestão de riscos e diretrizes estratégicas no website do BDMG.

Avaliação anual formal do desempenho da auditoria interna pelo Comitê de Auditoria.

Existência de Comitê de Auditoria subordinado ao Conselho de Administração, composto, conforme estatuto do BDMG, por, no mínimo, três e, no máximo, cinco integrantes, dos quais até três membros independentes externos. No mínimo dois integrantes devem ter comprovados conhecimentos de auditoria e contabilidade que os qualifiquem para a função.

Auditoria interna se reportando diretamente ao Conselho de Administração e ao Comitê de Auditoria, com reuniões periódicas.

Apresentação sistemática, ao Conselho de Administração, das práticas de gestão de riscos.

Apresentação sistemática ao Conselho de Administração dos procedimentos relativos aos controles internos.

Ausência de ressalvas nos pareceres da Auditoria Independente nos últimos cinco anos.

Relacionamento direto e sistemático da Auditoria Independente com o Comitê de Auditoria.

Existência de política para operações com partes relacionadas.

Avaliação anual formal do desempenho da diretoria executiva, coletivamente, e de cada um dos seus membros, individualmente, pelo Conselho de Administração.

Vedação à prestação de outros serviços ao BDMG por parte dos Auditores Independentes.

Atualização do Código de Ética, Conduta e Integridade divulgado no site do BDMG.

Divulgação anual de informações relevantes das operações realizadas no período com partes relacionadas.

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Em consonância com as melhores práticas de Governança Corporativa, de modo a garantir a transparência dos processos e o alinhamento com os interesses da Instituição, as transações com as Partes Relacionadas realizadas pelo Banco são regidas pelo disposto na Resolução BDMG nº 209.

Nessa Resolução estão relacionadas pessoas físicas e jurídicas que podem ser consideradas Partes Relacionadas do BDMG, a quais podem controlar ou exercer influência significativa sobre as decisões financeiras e operacionais da Instituição ou possibilitar a geração de benefícios não condizentes com as práticas normais do mercado de atuação do Banco.

Entre as pessoas jurídicas consideradas Partes Relacionadas em decorrência das transações realizadas com o Banco, estão:

• O Estado de Minas Gerais (controlador do Banco) e empresas cujo capital, direta ou indiretamente, participem o Estado, suas autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista;

• As pessoas jurídicas da Administração Indireta do Estado de Minas Gerais.

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Em consonância com a Resolução do CMN 4.693, de 10/2018, o BDMG, em sua Política de Governança, considera Partes Relacionadas os conselheiros de administração e fiscal, diretores, ocupantes de cargos de confiança e membros do Comitê de Auditoria e de outros órgãos de assessoramento e governança, sendo vedada a contratação de operações de crédito a estes ou a empresas nas quais sejam acionistas caso tenham participação no capital igual ou maior a 15%.

Integridade
e Conformidade

Ligada diretamente ao Diretor-Presidente, a Gerência de Conformidade tem como missão fazer com que o Banco atue de forma a respeitar as normas relativas à organização, cumprindo as leis, e os regulamentos internos e externos, além de estimular a prática de condutas éticas e responsáveis e promover a cultura da conformidade, proporcionando o entendimento de sua importância para alcance seguro e eficiente dos objetivos estratégicos.

É de responsabilidade da Gerência a função de estimular ações de integridade relacionadas a funcionárias e funcionários, clientes, parceiras, parceiros e demais colaboradoras e colaboradores do BDMG; mitigar riscos de compliance e emitir orientações sobre consultas recebidas quanto à prática de condutas éticas, em conjunto com a Comissão de Ética.

Em 2021 foram revisadas e atualizadas diversas normas internas, entre as quais as re lacionadas à política de crédito,

riscos, gestão de pessoas, socioambientalismo, vedações e impedimentos, proteção de dados pessoais e prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo (PLD/FT).

No âmbito da promoção da cultura de conformidade, integridade e diversidade, foram enviados informes mensais sobre os citados temas para todos os colaboradores do Banco.

Foram promovidos treinamentos anuais, entre os quais o destinado aos membros da Diretoria Executiva e Conselhos de Administração, Fiscal e Auditoria, sobre Governança, Riscos e Compliance, incluindo os principais pontos da Lei 13.303/2016, que dispõe sobre o estatuto jurídico das estatais; o de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo, em atendimento aos regulamentos do Banco Central, para membros da Diretoria Executiva, Comitê de Auditoria e colaboradores, bem como o referente à Privacidade e Proteção de Dados Pessoais, como enforcamento à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

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Ética e
Integridade
Ética e
Integridade

Os princípios e valores que norteiam a conduta dos empregados/colaboradores estão estabelecidos no Código de Ética, Conduta e Integridade do BDMG, aplicável a todos que exerçam mandato, cargo, função, emprego ou prestem serviço para a Instituição, mesmo que transitoriamente e/ou sem remuneração. O Código foi elaborado em conformidade com a Lei 13.303, de 30 de junho de 2016, que dispõe sobre o estatuto jurídico das empresas estatais. Sua última atualização incluiu dispositivos específicos para tratar de mídias sociais, conflitos de interesses, atividades paralelas e recebimento de presentes/brindes.

A Comissão de Ética, instituída no Banco para assegurar a observância, a atualização e a divulgação do Código de Ética, atua de forma alinhada aos valores institucionais da ética, transparência e compromisso com a sociedade mineira, permanecendo disponível para consulta interna.

Entre as atribuições da Comissão de Ética, definidas em seu Regimento Interno e no Decreto Estadual nº 46.644, citam-se: zelar pela observância do Código de Ética do Banco; seguir as normas e diretrizes do Conselho de Ética Pública do Estado de Minas Gerais (CONSET/MG); e orientar e esclarecer as pessoas sobre ética profissional. É atribuição da Comissão, entre outras, apurar, em razão de denúncia, condutas que possam configurar infringência aos princípios ou regras ético-profissionais.

A apuração de conduta antiética é realizada seguindo as diretrizes estabelecidas no regimento interno. Se, após o processo de apuração, a Comissão concluir que o empregado ou colaborador deverá ser responsabilizado nas esferas administrativa, trabalhista, civil ou penal, é encaminhada uma cópia do procedimento de apuração para a área de Recursos Humanos para que sejam aplicadas as medidas cabíveis (Art. 14 do Regimento Interno).

Em 2021, a Comissão de Ética do BDMG, com apoio da área de TI, disponibilizou em sua página na intranet a Cartilha de Ética em Teletrabalho e Cartilha Sobre Assédio Moral. Ambos os documentos foram disponibilizados pelo Conset — Conselho de Ética de Minas Gerais.

Também em 2021, a Comissão de Ética do BDMG, em parceria com a área de Compliance, promoveu a realização de uma palestra intitulada “Insights Comportamentais” tendo como palestrante um auditor da Controladoria-Geral da União (CGU). O evento on-line teve a participação de, aproximadamente, 70 colaboradores.

Durante o ano de 2021, a Comissão de Ética recebeu duas denúncias de conflitos pessoais, que foram devidamente tratadas, e houve conciliação entre os envolvidos.

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Canais de
Denúncia

O BDMG dispõe de canais de denúncia para o recebimento, de forma anônima, de informações sobre indícios de ilicitudes, fraude e/ou violação à legislação ou aos regulamentos e Código de Conduta, Ética e Integridade internos que possam afetar os membros de órgãos estatutários. As denúncias são recebidas no site do BDMG por meio do Comitê de Auditoria e da Ouvidoria-Geral do Estado (OGE/MG).

É importante destacar que, ao longo de 2021, não houve nenhuma denúncia de qualquer suposta má-conduta ou ação irregular do BDMG. A atenção do Banco em trabalhar sempre em linha com o ordenamento jurídico relativo aos princípios bancários, governança corporativa e ética fez com que inexistissem queixas contrárias ao BDMG.

Processo
Disciplinar

O Banco possui norma interna que trata do processo disciplinar que assim prevê: “o empregado do BDMG, pelo descumprimento dos seus deveres ou pela inobservância das proibições que lhe são impostas ou por qualquer ação ou omissão que constitua falta trabalhista, ficará sujeito a uma das penalidades previstas no Estatuto de Pessoal”, observadas as regras previstas na norma. Ela também descreve quando devem ser aplicadas as penalidades de advertência ou suspensão e o processo de dispensa com justa causa, além de como deve ser o procedimento investigatório e o procedimento disciplinar.

Relacionamento
com o Estado

Em alinhamento com o interesse público e em cumprimento ao seu objeto social (Estatuto Social, art. 4º, IV — O BDMG tem por finalidade: (....) IV. prestar serviços de assessoria e assistência técnica à Administração direta e indireta do Estado e dos Municípios e às empresas privadas), o BDMG desenvolve atividades de estruturação dos processos de desestatização e desmobilização de ativos de empresas estatais mineiras, prestando serviços especializados de assessoria e assistência técnica. Entre esses serviços, diagnóstico de cenários, avaliações econômico-financeiras, análises jurídicas, modelagem, assistência técnica na preparação e execução de desmobilização de ativos.

Dessa forma, o BDMG atua como parceiro do Estado na estruturação de projetos estratégicos, em alinhamento às Políticas Públicas definidas por seu acionista.

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Comunicação
Corporativa

Em 2021, o BDMG potencializou seus instrumentos de comunicação social a fim de zelar pela imagem e reputação do Banco, manter o alinhamento interno e dar publicidade a suas ações institucionais e mercadológicas para a sociedade mineira.

Para esse propósito, a área de Comunicação e Marketing empreendeu campanhas publicitárias em mídias on e off-line que envolveram a divulgação de diversas frentes, entre as quais o Edital de Municípios, a linha Empreendedoras de Minas, a linha Pronampe, novos produtos no segmento de energias renováveis, balanço de desembolsos durante a pandemia, entre outras. Em todas essas ações, como diretriz estratégica, buscou-se agregar às informações comerciais sobre cada produto o sentido institucional de impacto socioeconômico gerado pelo BDMG — a maioria das campanhas utilizaram vídeos, fotos e/ou

depoimentos de clientes reais do Banco, mostrando como o crédito transformou suas realidades e trouxe mais desenvolvimento para o estado.

Também foram produzidos conteúdos de comunicação dirigida para prefeituras, correspondentes bancários, entidades de classe, venda direta — clientes e potenciais clientes, com o propósito de apoiar a área comercial.

Foram realizadas melhorias contínuas no conteúdo do website do Banco, a fim de equilibrar ainda mais seu viés comercial com narrativas institucionais mais aderentes ao perfil da Instituição e sua estratégia. Destaque para a criação de páginas sobre o Edital de Municípios e Sustentabilidade, além de atualizações constantes nas seções de Micro e Pequenas Empresas e na home. Em 2021, o BDMG deu continuidade

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à publicação de conteúdos de interesse em seu canal no YouTube, criado em 2020. Foram postados vídeos sobre experiência dos clientes, esclarecimento de dúvidas e orientações quanto aos processos de requisição de crédito, além de conteúdos institucionais e mercadológicos derivados das campanhas publicitárias, contribuindo para uma maior coesão e capilaridade da mensagem transmitida para a sociedade.

O BDMG manteve, em 2021, sua postura proativa e transparente do relacionamento com a imprensa. O Banco foi citado em 3.366 matérias captadas pelo sistema de clipping, sendo 97,3% delas classificadas como positivas/neutras. O foco da exposição foi a imprensa mineira, responsável por cerca de 2/3 das matérias; 1/3 delas foram veiculadas na imprensa nacional ou de outros estados, contribuindo para

realçar o Banco como ator relevante no Sistema Nacional de Fomento.

Do ponto de vista interno, foram veiculadas 59 edições do Informe, a fim de manter o público interno ciente das principais notícias relativas à atuação do Banco, bem como trazer constantemente matérias atualizadas de utilidade pública sobre prevenção à Covid-19. Também foram realizados encontros virtuais de comunicação direta da Diretoria com os colaboradores, visando diálogo e alinhamentos.

Equipe

  • Equipe
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O BDMG conta com profissionais qualificados e comprometidos na busca de soluções para o desenvolvimento de Minas Gerais. No final de 2021, o Banco contava com uma equipe de 328 empregados, sendo 2952 empregados efetivos admitidos por concurso público e 33 nomeados para cargos de recrutamento amplo, vinculados ao mandato da Diretoria.

Do total de funcionários de carreira, admitidos por concurso público, 76% possuem doutorado, mestrado ou pós-graduação, sendo que as principais áreas são: Administração, Engenharia, Economia, Contabilidade, Análise de Sistemas e Direito.

² 14 empregados encontram-se cedidos ou com contrato suspenso.

Empregadas e Empregados
Concursados
Dez 2021

Faixa Etária dos
Empregados do BDMG
Dez 2021

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Grau de Instrução dos Empregados do BDMG
Dez 2021

Grau de instrução %
Doutorado 9 3
Mestrado 33 11
Pós-graduação 184 62
Educação superior 64 22
Ensino médio 5 1
Total geral 295 100

Fonte: Dados Internos

Além disso, integram a equipe do BDMG 105 estagiárias e estagiários, aprendizes do Programa de Aprendizagem e 148 colaboradores de equipes terceirizadas que prestam serviços não típicos das carreiras do BDMG, tais como: manutenção predial e serviços gerais, serviços de TI, análise de projetos de engenharia, serviços administrativos.

Políticas de
Gestão de Pessoas

A estratégia de gestão de pessoas visa garantir que o Banco tenha profissionais qualificados e engajados em torno da estratégia organizacional, em desenvolvimento contínuo, em um ambiente de trabalho produtivo, seguro e saudável, bem como com o conhecimento das aspirações do negócio e o envolvimento na estratégia e na transformação da instituição.

O BDMG adota o modelo de gestão de pessoas articulado por competências, que promove o alinhamento dos processos de gestão com a estratégia organizacional, criando meios que possibilitem o comprometimento dos indivíduos e dos grupos com os objetivos da organização. Nesse sentido, foram definidas as competências a implementação da estratégia, que servem de subsídio para todos os processos e políticas de pessoal:

Competências
comportamentais

  • Adaptabilidade,
  • Comunicação eficaz,
  • Visão sistêmica,
  • Protagonismo e liderança.

Competências
técnicas

  • Visão de impacto econômico, social e ambiental,
  • Especialista em Minas Gerais,
  • Finanças bancárias,
  • Visão de mercado,
  • Análise de dados.
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Saúde
e segurança

Atento aos efeitos da crise instaurada pela pandemia de Covid-19, desde março de 2020, vem estabelecendo e atualizando medidas preventivas para a preservação da saúde de todas as colaboradoras e colaboradores, parceiros e clientes. O Banco adaptou sua dinâmica e processos ao regime de teletrabalho, preservando inalterada sua capacidade de atender aos seus clientes.

Desde 2001, o BDMG promove ações voltadas à saúde integral e ao bem-estar de colaboradoras e colaboradores, por meio do BDMG Envolve.

Em 2021 o Banco adaptou e modernizou o seu Programa de Saúde e Segurança — BDMG Envolve buscando dar o suporte aos colaboradores em teletrabalho e em um contexto de pandemia. Entre as ações, implantou a ginástica laboral on-line, possibilitando maior aproximação e interação com as equipes de reeducação

postural, disponibilizou a plataforma BDMG Envolve, com conteúdo e orientações de ergonomia e saúde mental, entre outros, e assegurou novamente a vacinação contra gripe a todos os empregados, estagiários e equipe terceirizada.

Destaque para o lançamento em 2021 do Programa Mente Saudável, em parceria com a DESBAN e o Gattaz, Health & Results, com foco na preservação da saúde da mente, para apoiar o bem-estar emocional de todos os colaboradores do Banco. Foram realizadas diversas ações de capacitação com gestores e equipes, workshops e assessments, além da disponibilização de atendimento on-line a todos os colaboradores.

Outras ações do programa, tais como grupo vocal, práticas das atividades no espaço Envolve e reeducação alimentar, foram interrompidas em função da pandemia.

Teletrabalho

Com a pandemia de Covid-19, 85% da força de trabalho do BDMG, incluindo empregados, estagiários e equipes terceirizadas, passaram a trabalhar de forma remota.

Pesquisas internas demostraram que os colaboradores e gestores ficaram satisfeitos com a experiência de trabalho remoto e que a produtividade e a interação com as equipes permaneceram satisfatórias. Ao final de 2020, considerando a exitosa experiência, redução de custos e antenado aos movimentos em escala global de mudança no regime de trabalho das empresas, foi aprovada uma Nova Política de Teletrabalho.

Em 2021 também foi realizado um processo participativo para implantação desse novo modelo (a partir de fevereiro de 2022), alinhando-se às necessidades do Banco, ao perfil dos empregados e à natureza das atividades. Além disso, foram iniciados, ainda em 2021, diversos estudos de adequações de layout para modernização da infraestrutura de trabalho, considerando a adoção do trabalho híbrido.

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Desenvolvimento
Contínuo
Desenvolvimento
Contínuo

Capacitar as funcionárias e os funcionários para o desempenho de suas funções, bem como contribuir para que as metas organizacionais e das unidades sejam cumpridas, é o objetivo das atividades de treinamento e desenvolvimento disponibilizadas pelo BDMG.

Em 2021, foram investidos R$ 751 mil na capacitação de 131 colaboradoras e colaboradores. Foram lançados três programas estruturantes, que endereçam os seguintes temas: inglês, com o objetivo de aumentar da proficiência em empregados que atuam diretamente com negociações internacionais; cursos de pós-graduação e MBA, com foco no desenvolvimento de competências essenciais ao alcance da estratégia do BDMG; e um curso de Liderança, com o objetivo de preparar gestores e analistas com perfil de liderança para exercer seu papel determinante na concretização de metas e objetivos estratégicos.

Além dos cursos de capacitação citados acima, 185 colaboradores participaram de

cursos, palestras e seminários que abordaram temáticas como Finanças Bancárias — Câmbio, ALM, Comunicação Eficaz, Gestão de Riscos, Recuperação de Crédito, Direito Administrativo, Ouvidoria e LGPD.

Destaca-se a realização de três capacitações oferecidas em parceria com o Brazil Green Finance Programme do UK Pact, que contaram com a participação de 119 colaboradoras e colaboradores: treinamento Mercado de Carbono, treinamento Linked Bonds e workshop Liderança Feminina. O Brazil Green Finance Programme tem por objetivo impulsionar investimentos em projetos de infraestrutura sustentável para dar suporte ao desenvolvimento econômico de baixo carbono no Brasil e contribuir para o cumprimento das suas metas NDCs3 no âmbito do novo Pacto Global.

Em relação aos treinamentos obrigatórios, foram ofertados, a todas as colaboradoras e todos os colaboradores efetivos, estagiários, terceirizados e Diretoria, treinamentos

nas temáticas LGPD e Segurança da informação on-line, ministrado por referências internas e instituições especializadas de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Prevenção ao Terrorismo.

Outra ação de desenvolvimento mantida pela equipe de Treinamento e Desenvolvimento é a curadoria de conteúdos gratuitos, com o envio periódico a todas as colaboradoras e colaboradores de newsletter com seleção de cursos, atividades e conteúdo, com o intuito de contribuir para o aperfeiçoamento contínuo do capital intelectual das equipes, de forma alinhada às diretrizes estratégicas, ao propósito e aos valores do BDMG. No total, foram compartilhados 53 conteúdos em formatos variados, sendo os principais temas Tecnologia, Ciência de dados, Metodologias Ágeis, Liderança, Finanças, Comunicação, Soft Skills, entre outros.

3 Sigla em inglês de Nationally Determined Contribution, ou Contribuição Determinada Nacionalmente, são as metas estipuladas plano nacional não vinculativo que destaca a mitigação das mudanças climáticas para que cada país contribua para a redução da emissão de CO2.

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Programa de Estágio
e de Aprendizagem

Em 2021, o BDMG reformulou o seu Programa de Estágio com o objetivo de obter maior alinhamento às necessidades do negócio, maximizar o impacto na carreira do estudante, promover a inclusão e a diversidade no ambiente de trabalho e obter mais eficiência e gestão de custos.

O Programa de Estágio do BDMG objetiva promover a integração entre o Banco e as instituições de ensino, bem como incentivar o trabalho em equipe e a troca de experiências entre estudantes e profissionais do Banco. O programa oferece oportunidade às estudantes e aos

estudantes de nível superior dos cursos de Administração, Contabilidade, Direito, Economia, Engenharia, entre outros.

Já o Programa de Aprendizagem promove o desenvolvimento pessoal e profissional de adolescentes, facilitando sua inserção no mercado formal de trabalho e propiciando a aquisição de hábitos, experiências e atitudes indispensáveis à formação humana e social. O programa engloba somente a modalidade Menor Aprendiz, e o número total de aprendizes está limitado a 15% do quadro de técnicos de desenvolvimento não ocupantes de cargo de confiança lotados no BDMG.

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Diversidade
e Inclusão

Buscando contribuir para a Agenda 2030 nos objetivos de igualdade de gênero e redução das desigualdades, a partir de novembro de 2021, o BDMG estabeleceu novos critérios socioeconômicos e de gênero no processo seletivo, para ampliar a oportunidade às mulheres e aos jovens provenientes de escola pública e beneficiários de programas governamentais dentro do Programa de Estágio do BDMG. Entre os estagiários, 49% são mulheres.

Diversidade entre os estagiários BDMG:

Pessoa com deficiência — Estagiários
Estagiários por raça
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Em relação aos empregados, como instituição pública, as admissões são realizadas por meio de concurso público. Portanto, os critérios de inclusão estão limitados aos permitidos na legislação federal e estadual. Entretanto, as posições de gestão possuem distribuição por gênero mais equilibrada. As mulheres representam 40% do quadro geral e 47% dos cargos de gestão.

Diversidade entre os empregados do BDMG:

Raça/etnia
- Empregados concursados
Pessoa com deficiência
- Empregados concursados
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Benefícios
Oferecidos

Previdência Privada

Com o intuito de assegurar às funcionárias e funcionários a complementação da aposentadoria concedida através do Regime Geral de Previdência Social — RGPS, o BDMG patrocina os planos de previdência complementar administrados pela Fundação BDMG de Seguridade Social — DESBAN.


Plano de Saúde

O Plano de Saúde oferecido pela Fundação BDMG de Seguridade Social — DESBAN disponibiliza cobertura odontológica, ambulatorial e hospitalar às suas usuárias e usuários, bem como dependentes, e é custeado pelo BDMG, pela DESBAN e pelas usuárias e usuários ativos, assistidos e autopatrocinados.


Médicos do Trabalho

O Banco dispõe de serviço de Medicina do Trabalho em suas dependências, cujas atribuições são realizar exames médicos admissionais, demissionais, periódicos e retorno ao trabalho, além de acompanhar o controle de ausências motivadas por questões de saúde.

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Licença-Maternidade e Paternidade Estendidas

O BDMG é participante do Programa Empresa Cidadã, oferecendo a extensão da licença-maternidade em 60 dias (total de 180 dias) e da licença-paternidade em 15 dias (total de 20 dias) nos casos de nascimento ou adoção. Os benefícios referentes às licenças maternidade e paternidade são oferecidos a todos os funcionários, incluindo os que declaram relações homoafetivas.

Comissão Interna
de Prevenção de
Acidentes — CIPA

Tendo em vista que o Banco não apresenta riscos químicos, físicos e biológicos consideráveis, o foco da CIPA BDMG são os riscos ergonômicos e acidentes, bem como em atividades para promover a saúde das colaboradoras e colaboradores. Em 2021, as ações da CIPA foram direcionadas ao incentivo da participação de funcionárias e funcionários nas atividades de ginástica laboral na modalidade on-line, tendo em vista o regime de trabalho remoto; ao apoio à Superintendência de Gestão de Pessoas na implantação e divulgação do Programa de Saúde Mental, e ao apoio ao desenvolvimento e implementação da Plataforma de Saúde e Segurança, em parceria com o BDMG Envolve; entre outros.

No cenário de pandemia, a CIPA manteve o calendário de reuniões mensais e o diálogo constante com a Superintendência de Gestão de Pessoas nas questões relativas ao combate à Covid-19, sendo que o presidente da CIPA passou a ser membro do “Comitê Covid” do BDMG, a partir de março de 2021. Em setembro, a CIPA promoveu a Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho — SIPAT, com o tema “Mitos e verdades sobre saúde mental”, que contou com palestrantes especialistas da área e com expressiva participação dos funcionários.

Desempenho

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O desembolso total em 2021 foi de R$ 1.929,7 milhões, atendendo a 4.918 clientes privados e públicos. Em comparação com o desembolso de 2020, observa-se um decréscimo de 32%, que reflete a implantação de programas de crédito emergenciais no momento da eclosão da crise sanitária. Considerando todo o período de pandemia, o Banco acumula R$ 4,6 bilhões injetados na economia mineira, contribuindo para o fortalecimento, a recuperação e a superação desse cenário adverso, com atendimento a 16.449 clientes entre março 2020 e dezembro 2021.

Desembolsos Mensais
e No de Clientes atendidos
em 2021 — Mensal

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Em 2021, analisando-se os desembolsos por porte das empresas4, R$ 311,9 milhões foram destinados a 4.522 micro e pequenas empresas, o que representa 92% do número de clientes atendidos pelo BDMG no período. Para as 153 médias empresas foram desembolsados R$ 586,6 milhões, enquanto, para 49 empresas de grande porte, o montante foi de R$ 933,6 milhões. Já para o setor público, foram R$ 91,8 milhões desembolsados para projetos em 203 municípios. Outros R$ 5,7 milhões foram destinados aos aportes em Fundos de Investimento e Participações (FIP).

Quanto à origem dos recursos desembolsados no ano, 65,4% foram recursos próprios e/ou advindos de captações domésticas e internacionais;

33,2% foram de repasses e 2% de fundos. As fontes de recursos que se destacaram no período foram: Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), que correspondeu a 24,2% do desembolso total; e Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (FUNCAFÉ), com 22,5%. Os produtos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), assim como os do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (PRONAMPE), também apresentaram boa performance, ambos correspondendo a 9,5% do total dos recursos repassados.

4 A classificação do porte das empresas no BDMG: Micro e Pequenas Empresas: faturamento anual bruto menor ou igual a R$ 4,8 mil; Média: maior que R$ 4,8 milhões e menor ou igual a R$ 300 milhões e Grandes Empresas, acima de R$ 300 milhões.

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Desembolso 2021
Por fonte de recursos
(em R$ milhões) 

Fonte Desembolso %
Recursos
Próprios 65,4%
  • LCA
  • PRONAMPE
  • FRP
  • BEI
  • BD GIRO
  • Setor Público
  • Outros*
  • 466,5
  • 182,4
  • 165,0
  • 137,4
  • 119,0
  • 77,1
  • 114,9
  • 24,2
  • 9,5
  • 8,6
  • 7,1
  • 6,2
  • 4,0
  • 6,0
Repasses 33,2%
  • FUNCAFÉ
  • BNDES
  • FUNGETUR
  • FINEP
  • CEF
  • 434,4
  • 182,9
  • 16,1
  • 6,3
  • 0,2
  • 22,5
  • 9,5
  • 0,8
  • 0,3
  • 0,0
Fundos 1,4%
  • Renova
  • FAPEMIG
  • 22,1
  • 5,4
  • 0,1
  • 0,3
Total 1.927,0 100,0

* BDMG DIGITAL, SAÚDE, BD FIXO, FIPs e EQUITY, FAPEMIG, BDMG E CARGIL/LCA

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Os setores que se destacaram em volume de desembolso foram Comércio e Serviços, com R$ 1.002 milhões, ou 52% do total. A Indústria da Transformação aparece em segundo lugar, com 26% dos desembolsos ou R$ 92,1 milhões, seguido do setor de Agricultura, Pecuária e Silvicultura, que representou 11%, com R$ 213,2 milhões.

Distribuição setorial dos Desembolsos BDMG
— Comparativo 2020-21 (em R$ milhões) 

2020 % 2021 %
Comércio e Serviços
  • 1.691,0
  • 59,3
  • 1.002,0
  • 51,9%
Indústria da Transformação
  • 672,4
  • 23,6
  • 492,1
  • 25,5
Agricultura, Pecuária e Silvicultura
  • 115,0
  • 4,0
  • 213,2
  • 11,0
Serviços Indust. de Utilidade Pública
  • 262,4
  • 9,2
  • 165,9
  • 8,6
Construção
  • 95,7
  • 3,4
  • 42,0
  • 2,2
Indústria Extrativa Mineral
  • 5,8
  • 0,2
  • 8,8
  • 0,5
Aporte em FIP
  • 7,2
  • 0,3
  • 5,7
  • 0,3
Total geral 2.849,5 100 1927,7 100

Fonte: Dados Internos

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Desembolso
por Macrorregião

Com relação à distribuição regional do volume desembolsado, R$ 1.223 milhões (69%) foram destinados às macrorregiões Central, Sul de Minas e Triângulo Mineiro. As regiões Norte, Noroeste e do Jequitinhonha obtiveram desembolsos de R$ 153,1 milhões (8%). Outras macrorregiões receberam R$ 365,6 milhões do volume total liberado (21%), conforme o quadro ao lado:

Distribuição do Desembolso 2021 por Macrorregião
(em R$ milhões) 

2020 % 2021 %
Central
  • 969,5
  • 34
  • 551,2
  • 29
Sul de Minas
  • 532,7
  • 19
  • 448,0
  • 23
Triângulo Mineiro
  • 371,3
  • 13
  • 223,9
  • 12
Alto Paranaíba
  • 190,4
  • 7
  • 199,0
  • 10
Zona da Mata
  • 184,6
  • 6
  • 100,8
  • 5
Norte de MInas
  • 151,8
  • 5
  • 93,6
  • 5
Centro Oeste de Minas
  • 111,7
  • 4
  • 91,9
  • 4
Rio Doce
  • 79,4
  • 3
  • 29,8
  • 2
Noroeste de Minas
  • 43,8
  • 2
  • 39,7
  • 2
Jequitinhonha
  • 51,3
  • 2
  • 19,8
  • 1
Subtotal
  • 2.686,5
  • 94
  • 1.787,6
  • 93
Outros estados e Aporte em FIP
  • 163,1
  • 6
  • 142,0
  • 7
Total geral 2.849,5 100 1927,7 100
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As empresas e prefeituras atendidas em 2021 são provenientes de 526 municípios, sendo 432 municípios (82%) com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) inferior à média brasileira. Vale ressaltar que 39% do total aplicado na região Norte de Minas foram direcionados para projetos de energia solar fotovoltaica, contribuindo para o crescimento de projetos de energia renovável na região.

Presente com pelo menos um contrato ativo em 793 dos 853 municípios mineiros (93%), o BDMG tem atuado com capilaridade, beneficiando todas as regiões do estado na geração de impacto socioeconômico relevante.

A carteira ativa fechou o ano com um saldo de R$ 5,8 bilhões, apresentando um recuo de 3% em comparação ao mesmo saldo de 2020, e 29.322 clientes, contra 29.170 do período passado.

Presença do BDMG nos municípios mineiros, segundo IDH (Dez/21)

5 A classificação do porte das empresas no BDMG: Micro e Pequenas Empresas: faturamento anual bruto menor ou igual a R$ 4,8 mil; Média: maior que R$4,8 milhões e menor ou igual a R$300 milhões e Grandes Empresas, acima de R$ 300 milhões.

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ATUAÇÃO EM
RESPOSTA À COVID-19

O BDMG tem atuado de maneira efetiva, técnica e dentro das melhores práticas de governança bancária nacional e internacional no apoio aos diversos setores da economia mineira afetados pela pandemia da Covid-19. Por meio das linhas de financiamento, incluindo aquelas criadas ou adaptadas para dar suporte aos setores mais afetados pela crise, desde o início da pandemia6 até dezembro de 2021, o BDMG já desembolsou volume superior a R$ 4,6 bilhões para 16.449 clientes situados em 710 municípios de Minas Gerais.

Nesse período, os setores que receberam atenção diferenciada do BDMG foram: cadeira produtiva de saúde, turismo e micro e pequenas empresas. O BDMG Pronampe foi o produto que atendeu a maior quantidade de MPE, desembolsando R$ 854,9 milhões para 12.189 clientes.

6 Março de 2020, quando a pandemia foi decretada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

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Agronegócio

Em 2021, 49% do desembolso total foram direcionados ao agronegócio. Isto é, R$ 949,9 milhões em financiamentos realizados principalmente por meio de linhas que utilizam recursos originários da emissão de títulos de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), do Funcafé e do BNDES. O desembolso atrelado às linhas da LCA foi de R$ 466,5 milhões, ou 49% do total destinado ao setor do agronegócio — uma ligeira diminuição de 1% em relação a 2020. Durante o ano, foram criadas novas linhas de crédito exclusivas para o agronegócio, abrangendo desde pequenos produtores rurais até empresas e cooperativas exportadoras.

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Funcafé

Entre os recursos destinados ao agronegócio, o Funcafé representou 46% do desembolso para a cadeia cafeeira (R$ 434 milhões), uma redução de 4% em comparação ao ano anterior. Com relação ao Ano-Safra 2020/2021, o BDMG operou com o maior recurso de sua história voltado para o crédito ao setor cafeeiro: R$ 462,5 milhões, integralmente desembolsados. Já para o Plano Safra de 2021/2022, o valor disponibilizado é de R$ 355,5 milhões, dos quais R$ 276,4 milhões, ou 77%, já foram desembolsados. Trata-se do 2º maior orçamento do fundo no Brasil, atrás apenas de um banco com atuação nacional.

Apoio ao produtor rural: novas frentes

Em junho, foi assinado o termo de parceria para a implementação de um projeto-piloto com a cooperativa Cresol Minas — Cooperativa de Crédito Rural com Interação Solidária de Minas Gerais. A cooperativa começou a atuar como agente financeiro, repassando recursos do BDMG e permitindo ao Banco aumentar sua capilaridade no alcance de produtores rurais de diferentes portes e atuando como banco de segundo piso. Até dezembro, haviam sido repassados R$ 2,3 milhões.

Em julho, foi lançada a linha BDMG Agro Exportação, com a finalidade de dar suporte financeiro a empresas exportadoras da cadeia do agronegócio, valorizando a produção mineira no mercado internacional. Até dezembro de 2021, foram repassados R$ 59 milhões.

O BDMG também passou a acessar diretamente recursos do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) para operar linhas do Plano Safra 2021/2022 no valor de R$ 22,8 milhões.

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SETOR PÚBLICO

Em 2021, o BDMG orientou sua estratégia para oferecer crédito ao setor público de forma on-line, via Plataforma BDMG Digital, com limite referencial de R$ 5 milhões para cada município, em conjunto com outros limites, de acordo com o porte populacional.

Ao longo do ano, foram desembolsados R$ 91,8 milhões para projetos de 203 municípios mineiros, sendo que 93% do volume total desembolsado estava alinhado a, pelo menos, um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - ODS. A pulverização do crédito alcançada com o Edital e com as demais linhas permitiu a manutenção do BDMG na posição de agente financeiro com maior número de operações deferidas pela Secretaria do Tesouro Nacional: 83% das operações em Minas Gerais, em 2021. Na perspectiva do valor financeiro global das operações, o BDMG ficou em segundo lugar, após um banco de atuação nacional.

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EDITAL BDMG
MUNÍCIPIOS 2021

Em abril, o Banco lançou um novo Edital de financiamento ao setor público, disponibilizando recursos por meio de 4 linhas: Urbaniza (infraestrutura urbana), Cidades Sustentáveis (energia limpa, modernização de prédios públicos), Saneamento (água, esgoto e resíduos sólidos) e Maq (máquinas, equipamentos e veículos). Um total de 261 municípios foram contemplados com novos contratos, celebrados sem garantia da União, perfazendo um volume de R$ 387 milhões de crédito, que viabilizarão novos investimentos, superando o orçamento inicial do Edital 2021 de R$ 300

milhões. Cerca de 46% do valor (R$ 180 milhões) serão destinados a 145 municípios com IDH menor que a média do Estado, que terão benefício adicional de redução de 1 p.p. na taxa de juros quando comparado aos demais clientes. Adicionalmente, os novos contratos também ampliarão a cobertura regional da carteira do setor público, visto que 106 municípios não possuíam, previamente ao Edital 2021, operações ativas com o Banco.

Em complemento à oferta de crédito via Edital, também foram disponibilizadas outras 4 linhas de acesso contínuo: a linha Sustentabilidade, para investimentos relacionados aos ODS; a linha Prevenção, para investimentos que previnem danos causados por fortes chuvas ou secas; a linha Solidário, para investimentos emergenciais em função de estado de calamidade municipal; e a linha de Estradas Vicinais, para pavimentação e outros investimentos em estradas de gestão municipal.

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PLATAFORMA
DE PROJETOS

Estruturação de projetos de concessão: assessoria ao Governo Estadual

No âmbito do acordo de cooperação assinado em abril de 2020 com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do contrato de prestação de serviços com a Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade (SEINFRA) — cuja finalidade é viabilizar investimentos, garantir manutenção dos trechos e fortalecer a infraestrutura logística do estado —, ao longo de 2021 foi realizada a estruturação da concessão rodoviária do Lote Ouro Preto, com realização de consulta pública nos meses de julho e agosto e adaptação dos estudos após o recebimento de sugestões da referida etapa.

Em agosto de 2021, foi assinado o contrato de concessão do projeto de três unidades de conservação da Rota das Grutas Peter Lund, que integra o Programa de Concessão de Parques Estaduais (Parc) do Instituto Estadual de Florestas (IEF). O modelo de concessão foi elaborado pelo BDMG, consolidando a atuação do Banco no segmento de estruturação de projetos também para o governo estadual.

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Estruturação de projetos de concessão: parcerias para o setor de Infraestrutura

No âmbito do Termo de Cooperação Técnica celebrado com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), com o objetivo de promover o desenvolvimento de políticas públicas de gestão ambiental e de saneamento básico, o BDMG tem auxiliado tecnicamente a SEMAD na busca de solução economicamente viável para a criação de unidades regionais de saneamento básico, em observância aos ditames do novo marco legal do saneamento básico, via a Lei Federal nº 14.026, de 15 de julho de 2020.

Como parte do acordo de cooperação celebrado com o governo britânico, por meio do Brazil Green Finance Programme — UK Pact, assinado em junho de 2021,

foram disponibilizadas consultorias para fomentar a parceria de gestão e a destinação de resíduos, como projeto de infraestrutura sustentável na agenda ambiental e climática de Minas Gerais.

Nesse contexto, o BDMG tem desenvolvido estudos e projeções para a instituição do arranjo dos municípios do Estado de Minas Gerais com vistas à prestação regionalizada dos serviços de saneamento e resíduos sólidos. Objetiva-se promover ganhos de escala e garantir a universalização do acesso da população mineira aos serviços públicos de saneamento básico, mediante a apresentação pelo Governo Estadual do Projeto de Lei nº 2884/2021.

Assessoria Municipal

Em dezembro, a Prefeitura de Poços de Caldas lançou a licitação pública de concessão para a gestão e operação do Circuito Turístico Integrado do município, formado pelo Complexo Turístico Cristo Redentor, com seu teleférico e com a rampa de voo livre, a Fonte dos Amores, o Recanto Japonês e o Complexo Turístico Véu das Noivas. O projeto foi estruturado pelo BDMG.

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RECUPERAÇÃO
ECONÔMICA
APÓS DESASTRES
RECUPERAÇÃO
ECONÔMICA
APÓS DESASTRES

Ao longo de sua existência, o BDMG apoiou, em caráter emergencial, municípios e o setor produtivo nos momentos de desastres naturais ou de graves ocorrências que acometeram a população mineira. No caso do rompimento da Barragem do Fundão, em Mariana (MG), desde 2017 o BDMG tem atuado em conjunto com a Fundação Renova nos programas socioeconômicos relacionados à dinamização econômica da região do Rio Doce, nos 35 municípios da área mineira de atuação da Fundação.

O Fundo Desenvolve Rio Doce é um produto de financiamento de capital de giro com o objetivo de fomentar a atividade econômica nos municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo afetados pelo rompimento da barragem de Fundão. Em 2021 foram liberados R$ 7,1 milhões para 204 clientes. Os valores indicam uma redução de 44%, em relação ao ano de 2020, como reflexo das condições financeiras mais favoráveis de programas emergenciais do governo federal, como o Pronampe. Desde o início de sua operação, em outubro de 2017, o programa Desenvolve Rio Doce já apoiou quase 7.400 empregos, em 1.499 operações realizadas, totalizando um desembolso de R$ 49,3 milhões.

O BDMG também é o agente financeiro do Programa de Coleta e Tratamento de Esgoto e Destinação de Resíduos Sólidos, dentro do edital/produto Renova Municípios Não Reembolsável.

O programa disponibiliza recursos financeiros aos municípios para elaboração de planos de saneamento básico, elaboração de projetos de sistema de esgotamento sanitário, implementação de obras de coleta e tratamento de esgotos, erradicação de lixões e implantação de aterros sanitários regionais.

Desde o início do programa, foram desembolsados R$ 28,5 milhões, para 30 municípios. Desse total, R$ 14,5 milhões foram liberados em 2021 para 26 clientes, apresentando um crescimento de 24% no desembolso em relação a 2020. A primeira obra do programa foi concluída em 2021, em São José do Goiabal, permitindo atendimento de 100% da coleta e tratamento de esgoto da cidade, com investimentos da ordem de R$ 8 milhões. Além disso, há 12 obras em andamento em 8 municípios, representando investimentos de cerca de R$ 37,4 milhões.

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BDMG Solidário integra plano de ação do Governo do Minas

Visando minimizar os efeitos provocados pelas chuvas em janeiro de 2022, o BDMG disponibilizou um programa de crédito emergencial para apoiar a normalização de atividades que geram renda e desenvolvimento para a população impactada pelas chuvas no estado. O programa é parte de um plano de ação anunciado pelo Governo de Minas, denominado Recupera Minas, e contempla linhas de financiamento com taxas reduzidas e prazos acessíveis para prefeituras (infraestrutura e habitação popular) e pequenos negócios de cidades com decreto de situação de emergência ou calamidade publicado pela Defesa Civil de Minas Gerais. O orçamento das linhas soma R$ 366 milhões.

ENERGIA LIMPA
E MUDANÇA CLIMÁTICA

Em 2021, o volume desembolsado para projetos de energia limpa totalizou
R$ 169 milhões, 52% superior a 2020. Os projetos na categoria energia renovável alcançaram o montante de R$ 150,4 milhões, 54% superiores a 2020. Eles foram financiados principalmente por meio das linhas BDMG Sustentabilidade BEI e FINAME, contribuindo para o alcance das metas dos ODS 7 e 13.

Cerca de R$ 83 milhões foram destinados para projetos de energia solar fotovoltaica em 18 municípios, sendo 67% deles com IDH inferior à média brasileira. Desse total, 44% foram destinados para a macrorregião do Norte de Minas.

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Projetos BEI

O contrato com o Banco Europeu de Investimento (BEI) assinado em 2019, no valor de 100 milhões de euros, tem como objetivo incentivar projetos favoráveis à redução das mudanças climáticas. Até dezembro de 2021, foram contratados 29 projetos, sendo 25 usinas fotovoltaicas, 3 centrais geradoras hidrelétricas e 1 projeto de expansão de rede de iluminação pública. Entre eles, 16 projetos foram contratados em 2021, que totalizam investimentos da ordem de R$ 207 milhões, sendo que R$ 150,3 milhões foram financiados pelo BDMG — com R$ 112 milhões desembolsados no ano — e o restante corresponde à soma da contrapartida das empresas.

Localização dos Projetos de Energia Limpa por tipo — Projetos aprovados 2021

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COP26

Durante a última Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, COP26, o BDMG assinou um aditivo ao contrato com o Banco Europeu de Investimento (BEI) para ampliar a linha de crédito já existente em 20 milhões de euros. Os recursos adicionais serão utilizados para compor linhas de crédito do Banco voltadas ao financiamento de projetos de energias renováveis e eficiência energética, além de prover capital para projetos de investimentos de micro, pequenas e médias empresas.

Outro evento relevante ocorrido durante a COP26 foi a formalização da participação do Banco no Green Bank Network, tornando-se o primeiro banco de desenvolvimento no mundo a participar da rede, que reúne os principais bancos com foco em investimentos verdes.

COP26

No âmbito do Climate Policy Initative (CPI), o BDMG foi convidado para participar do Advisory Council, do Framework for Sustainable Finance Integrity, além de vários fóruns coordenados pelo CPI como o Global Innovation Lab for Climate Finance.

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Parcerias para uma Gestão Sustentável

Em 2021, o BDMG iniciou o desenvolvimento de cooperações técnicas para o aprimoramento da gestão de riscos sociais, ambientais e climáticos.

Foi estabelecida parceria com uma consultoria especializada, com recursos do UK Pact, no âmbito do Programa de Finanças Verdes UK-Brasil, uma iniciativa da Embaixada Britânica que alavanca investimentos em infraestrutura sustentável no Brasil. Foram definidas frentes de atuação focadas em treinamento, benchmarking e estruturação de instrumentos financeiros, como créditos de carbono e Linked Bonds, e na igualdade de gênero, a fim de desenvolver uma ferramenta para a avaliação das operações de crédito de setores relevantes para o Banco em relação a riscos climáticos de transição e riscos físicos.

Também foram iniciadas cooperações técnicas com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que inclui a participação do BDMG em um projeto-piloto para teste de uma ferramenta de avaliação de riscos climáticos físicos do portfólio do Banco.

Outra parceria é a cooperação técnica com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), a qual contempla seis frentes: ampliação do portfólio ODS, melhoria contínua da gestão socioambiental, implantação de estratégia climática e de gênero, apoio aos municípios e auditorias de projetos para MPE e infraestrutura.

E visando criar um fórum de troca de experiências e aprimoramento contínuo, o Office of Evaluation and Oversight (OVE), escritório independente de avaliação e monitoramento das práticas dos projetos do Grupo BID lançou, em agosto, a Rede de Capacitação de Avaliação

(ReDeCa), da qual o BDMG faz parte. A ReDeCa irá contribuir para o fortalecimento da cultura e da capacitação de avaliação nas instituições participantes através de aprendizados entre seus profissionais.

Novos Produtos para a Sustentabilidade

O BDMG tem atuado no lançamento de produtos financeiros direcionados à projetos sustentáveis, como é o caso do BDMG Eficiência Energética — MPE l e MPE ll; e o BDMG Fotovoltaico, linha de crédito voltada para projetos de energia solar fotovoltaica para autoconsumo, lançado também na plataforma digital do Banco. Essas linhas possuem prazos de até 72 meses de financiamento, com até 6 meses de carência.

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Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol (PBGHG)

O BDMG conquistou, pelo sexto ano seguido, o selo ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol (PBGHG), principal metodologia utilizada no mundo para medir as emissões de gases de efeito estufa (GEE). A iniciativa foi criada pelo World Resources Institute (WRI), dos Estados Unidos, que certifica as principais organizações internacionais.

Segundo o inventário realizado em 2021 (com dados de 2020), as emissões de GEE provenientes de algumas das fontes que pertencem ou são controladas pelo BDMG,

Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol (PBGHG)

como emissões fugitivas de aparelhos de ar-condicionado, caíram 69% em seis anos, passando de 70,8 tCO2e para 21,7 tCO2e. As emissões indiretas por consumo de energia também apresentaram expressiva redução das emissões.

Ainda que os resultados recentes tenham sido um reflexo da diminuição das atividades presenciais no Banco, devido à necessidade de isolamento social durante a pandemia, verifica-se um processo contínuo de redução de emissões pelo BDMG ao longo dos anos.

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SETOR EMPRESARIAL

Micro e Pequenas Empresas

As micro e pequenas empresas (MPE) exercem papel fundamental na economia, sendo responsáveis por grande parte da oferta de empregos. O BDMG realiza a análise e concessão de crédito aos micro e pequenos empresários através da plataforma on-line BDMG Digital, oferecendo agilidade e simplicidade ao processo. Além disso, o Banco também conta com uma expressiva rede de correspondentes bancários credenciados, capilarizando o atendimento presencial a esse porte de empresas.

O volume total de desembolso para micro e pequenas empresas alcançou R$ 311,9

milhões. Desse valor, 99% vieram de processos originados via BDMG Digital. Foram 4.540 clientes com financiamentos liberados pela plataforma, 60% atendidos por correspondentes bancários e 40% via acesso direto à plataforma digital.

Com relação à oferta, o destaque do ano foi o BDMG Pronampe, responsável pela liberação de R$ 197 milhões, correspondendo a 63% do total liberado para o porte MPE. Além da taxa atrativa e condições especiais de limite e garantia, o produto contou com diferenciais importantes para o setor do turismo e para empresas lideradas por mulheres, reforçando a atuação do BDMG como agente anticíclico.

Além disso, foi lançado em 2021 o BDMG Fotovoltaico, linha de crédito voltada para projetos fotovoltaicos focados, principalmente, no autoconsumo. A linha possui prazos de até 72 meses de financiamento, com até 6 meses de carência, e pode ser acessada tanto por meio dos correspondentes bancários credenciados como de integradores parceiros.

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Rede de Correspondentes Bancários

Ao longo de 2021, grande parte da rede de Correspondentes Bancários do BDMG atualizou seu contrato com o Banco por meio dos novos editais de credenciamento lançados em abril desse ano. Os novos editais, direcionados aos diferentes perfis de correspondentes, trouxeram novidades relacionadas ao formato de remuneração e bonificação, além de avanços importantes vinculados ao controle e conformidade de atuação da rede.

Ações de atração de novos correspondentes também foram frequentes, ampliando

e diversificando o canal indireto de acesso ao crédito BDMG, que encerrou o ano com 421 correspondentes bancários credenciados.

No terceiro trimestre, concluiu-se o credenciamento do Sebrae como correspondente bancário BDMG, sendo o primeiro parceiro a se credenciar por meio do novo edital, destinado a pessoas jurídicas privadas constituídas sob a forma de serviço social autônomo.

Além disso, o BDMG investiu na capacitação dos correspondentes bancários, implementando uma plataforma de ensino a distância para realização e acompanhamento de treinamentos e certificação de sua rede.

Vale destacar também o lançamento, ocorrido no final do ano, de uma nova modalidade de correspondentes bancários, denominada Parceiro Simples. Ela é destinada a empresas com expressivo relacionamento junto a bases de micro e pequenas empresas, porém sem estrutura para a atividade operacional de coleta de documentos e informações cadastrais das empresas. Nesse modelo de credenciamento, o correspondente atua na primeira etapa do processo, divulgando a atuação do BDMG, captando clientes e encaminhando propostas de financiamento. O cliente, por sua vez, dá sequência no preenchimento dos dados cadastrais e segue a jornada diretamente através da plataforma digital.

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Médias e Grandes Empresas

O BDMG acredita que tecnologias inovadoras e parques fabris competitivos contribuem para diversificar a matriz econômica do estado de forma sustentável, gerando emprego e renda. Nesse contexto, inserem-se empresas de maior porte, capazes de interligar cadeias produtivas relevantes para o desenvolvimento do estado.

Em 2021, o BDMG atendeu 198 médias e grandes empresas, sendo 153 delas de médio porte7. Para elas, foram desembolsados R$ 586,6 milhões, enquanto, para as grandes empresas, o montante foi de R$ 933,6 milhões.

Médias e Grandes Empresas

Destaque para o agronegócio, que representou 62% do valor desembolsado, equivalente a R$ 947,5 milhões. Em geral, as principais atividades apoiadas foram: comércio e atacado de café em grão; comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios — hiper e supermercados —; criação de aves; fabricação de laticínios; e transporte rodoviário de carga.

As médias e grandes empresas que obtiveram financiamento em 2021 estão situadas em 112 municípios, sendo que 59% possuem IDH abaixo da média brasileira.

7 Considera-se de porte médio, empresas com faturamento anual entre R$ 4,8 milhões e R$ 300 milhões. Acima de R$ 300 milhões, são classificadas como de grande porte.

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IGUALDADE DE GÊNERO

Com o objetivo de apoiar as MPEs controladas por mulheres e incentivar o empreendedorismo feminino, o BDMG disponibilizou as linhas de financiamento Empreendedoras de Minas, Giro Já Empreendedoras e Pronampe Mulheres. Ao todo, foram liberados R$ 72,9 milhões em 2021, atendendo a 1.448 empresas com esse perfil.



Em 2021, os financiamentos para mulheres empreendedoras representaram 32% do total de clientes atendidos via BDMG Digital.

Engajamento BDMG

Outras ações do Banco que merecem destaque no tema são a participação no Paris Development Banks Statement on Gender Equality and Women’s Empowerment, desde novembro de 2020, e a adesão ao Women Empowerment Principles (WEP), em outubro 2021.

A primeira iniciativa é uma rede de 29 bancos de desenvolvimento de todo o mundo, que se reúne para debater as políticas de igualdade de gênero. Coordenado pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e pela ONU Mulheres, em novembro, durante o Rome Finance in Common, foi lançado o relatório Public Development Banks Driving Gender Equality que relata as boas práticas do BDMG.

  • Desempenho
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Com relação ao WEPs, o BDMG tornou-se o primeiro banco de desenvolvimento do país a ser signatário. Essa adesão insere o BDMG no ecossistema de empresas comprometidas com a diversidade do quadro de colaboradores e contribui para o aprimoramento da estratégia no apoio às mulheres empreendedoras via linhas de créditos e outras ações complementares.

Inovação

Visando aumentar a eficiência no atendimento aos projetos de inovação, em 2021 o BDMG atuou por meio de dois editais.

O primeiro atendeu empresas com faturamento até R$ 16 milhões para projetos de até R$ 1 milhão e o segundo contemplou empresas com faturamento entre R$ 4,8 milhões e R$ 16 milhões para projetos de até R$ 3 milhões.

No primeiro edital, foram credenciadas 32 empresas com projetos no valor total de R$ 19,7 milhões e, no segundo edital, 7 empresas credenciadas com projetos no valor total de R$ 14,8 milhões. Das empresas atendidas, foram contratados 6 novos projetos, no valor total de R$ 3,5 milhões.

Mesmo com os desafios impostos pela pandemia, o BDMG desembolsou R$ 17,1 milhões e contratou R$ 18 milhões em 14 novos projetos no segmento de inovação no ano de 2021.

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Investimento em FIP

Além do estímulo à inovação por meio do financiamento, o BDMG também atua com instrumentos de investimento para o apoio a empresas inovadoras e com elevado potencial de crescimento. Em 2021, R$ 5,7 milhões foram integralizados nos nove Fundos de Investimento em Participação (FIPs) e em um Fundo de Venture Debt. Em conjunto, esses fundos já investiram R$ 104,7 milhões em 37 empresas mineiras.

O Banco possui participação acionária em duas companhias, detendo 6,5% das ações da Unitec Semicondutores S.A., indústria de semicondutores localizada em Ribeirão das Neves (MG), da qual é acionista desde 2012, e 5,97% da Biomm S.A., indústria biofarmacêutica localizada em Nova Lima (MG), da qual é acionista desde 2013.

Parcerias de Inovação

Ao longo de 2021, o BDMG estabeleceu diversas parcerias com foco na inovação. No final de março, iniciaram-se as etapas de inscrição e seleção das startups inscritas no programa de aceleração do Governo de Minas, o Seed MG, do qual o BDMG está participando em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (SEDE).

Outro projeto que buscou discutir o impacto inovador dos financiamentos do Banco foi a parceria com a faculdade Skema Business School, por meio da qual alunos de graduação realizaram uma avaliação do impacto da carteira de inovação do BDMG e buscaram pontos fortes, carências e potenciais soluções. O Banco renovou, ainda, a parceria com a EMBRAPII e a FAPEMIG,

Parcerias de Inovação

contribuindo com financiamentos reembolsáveis a Unidades e Polos EMBRAPII.

Em conjunto com a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão e a Ouvidoria Geral do Estado, o BDMG foi um dos realizadores da 6ª edição do Prêmio Inova Minas Gerais. O objetivo é incentivar as boas práticas e ideias inovadoras que contribuem com a gestão governamental. São duas modalidades: “Iniciativas Implementadas de Sucesso” e “Ideias Inovadoras Implementáveis”. Participaram do concurso os servidores, empregados públicos, estagiários e bolsistas que atuam no Poder Executivo do Estado de Minas Gerais.

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Turismo

Para o atendimento ao setor, um dos mais atingidos pelos efeitos da pandemia, o BDMG atua junto ao Ministério do Turismo na operação do Fundo Geral de Turismo (Fungetur) desde 2018, repassando recursos voltados para a melhoria da infraestrutura turística.

Em 2021, 273 empresas do setor receberam financiamento, somando R$ 16,1 milhões em liberações. Em todo o período da pandemia, o programa Fungetur foi responsável pelo desembolso total de R$ 83,7 milhões para 1.057 empresas.

Impactos

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Fruto de uma parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em 2019, o BDMG desenvolveu seu Framework ODS, tendo como base os Princípios para Títulos Verdes 2019 (Green Bond Principles 2019), os Princípios para Títulos Sociais 2019 (Social Bond Principles 2019) e as Diretrizes para Títulos Sustentáveis 2018 (Sustainability Bond Guidelines 2018)8 . Com a sua concepção, foi implementando um sistema de enquadramento com critérios de elegibilidade de projetos “Ambientais” ou ‘Sociais”, e definido uma série de indicadores de impacto que contribuem para os ODS da Agenda 2030, das Nações Unidas.

Dos 17 ODS existentes, foram identificados 13 relacionados aos projetos apoiados pelo BDMG, seja para o setor público, seja para o privado. Do total de suas 169 metas, foram identificadas 28.

Vale salientar que o Framework foi devidamente atestado por renomada empresa especializada, via emissão da Second-Party Opinion (SPO)9 . A publicação do Framework proporcionou que o BDMG se tornasse o primeiro banco público brasileiro a emitir Títulos Sustentáveis.

8 https://www.icmagroup.org/green-social-and-sustainability-bonds/green-bond-principles-gbp/; 9 Framework BDMG e a Second-Party Opinion: acesse https://www.bdmg.mg.gov.br/titulos-sustentaveis/

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  • Relatório de Sustentabilidade 2021

Com base no Framework, os financiamentos do BDMG passaram a ser categorizados como “Social” ou “Ambiental”, conforme a natureza dos projetos e seus respectivos impactos.

Os projetos enquadrados como “Sociais” são aqueles que geram benefícios relacionados à geração de emprego, igualdade de gênero, urbanização inclusiva e sustentável e recuperação econômica após desastres. Em 2021, eles representaram 25,9% do desembolso total do Banco, com destaque para o setor da Saúde (R$ 196,4 milhões) e para a Recuperação Econômica após Desastres (R$ 151,7 milhões), reflexo dos financiamentos destinados às empresas afetadas de alguma maneira pela pandemia. Os recursos destinados a projetos de Urbanização que visam o bem-estar da sociedade foram de R$ 58,7 milhões.

No que diz respeito à inclusão de gênero e em sintonia com o ODS 5 (Igualdade de Gênero), estima-se que os R$ 72,9 milhões desembolsados em 2021 contribuíram para a manutenção de mais de 6.468 vagas de emprego. As empresas lideradas por mulheres representaram 32% do total de clientes atendidos via BDMG Digital.

Quanto aos financiamentos ao setor de saúde, alinhados ao ODS 3, foram financiados quatro hospitais, além de um projeto para investimentos em 40 unidades básicas de saúde e outros financiamentos para equipamentos do setor. Nesses financiamentos, mais de 455 mil pessoas são diretamente beneficiadas, entre eles mais de 52 mil pacientes e mais de 9.900 trabalhadores, além de possibilitar a fabricação de 8 mil itens entre medicamentos e demais produtos e equipamentos hospitalares, farmacêuticos e clínicos.

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Inclusão Financeira
e de Gênero

22.188 empregos

apoiados com as linhas BDMG digital em 408 municípios.

Inclusão Financeira
e de Gênero

6.368 empregos apoiados

(29% dos empregados apoiados via BDMG Digital)


1.448 empreendedoras atendidas

(32% dos clientes do
BDMG Digital).

  • Impacto
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Saúde

4 hospitais
além de recursos para
40 unidades básicas de saúde.

52.394 pacientes
beneficiados

9.938 trabalhadores
de saúde envolvidos

455.446 pessoas
diretamente beneficiadas

Cerca de 8.000
itens fabricados

entre produtos e equipamentos hospitalares, farmacêuticos e clínicos.

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Os projetos enquadrados como “Ambientais” são categorizados como: Energia renovável e Eficiência energética; Saneamento; Transporte limpo; Prevenção e controle de poluição, agricultura sustentável e gestão sustentável de recursos naturais. O desembolso total para projetos com tais propostas foi de R$ 186,9 milhões, com destaque para o setor de Energias Renováveis (R$ 150,4 milhões), Eficiência energética (R$ 18,7 milhões) e Saneamento (R$ 15 milhões).

Os projetos de energias renováveis estão comprometidos com a geração de energia limpa e alinhados aos preceitos do financiamento favorável à melhoria das condições climáticas no mundo. Ressalta-se que os impactos causados pela geração fotovoltaica são relativamente mais baixos em comparação às fontes fósseis, além da contribuição para a redução da emissão de gases de efeito estufa.

Os impactos gerados pelos recursos empregados nesses projetos são estimados em 7.665 tCO2/ano de emissões de GEE evitadas. Isso é o equivalente ao consumo de 643 viagens aéreas de ida e volta entre Rio de Janeiro e São Paulo. A energia limpa gerada é de 102 GWh/ano, considerando todos os projetos contratados até dezembro de 2021. Isso inclui 16 Usinas Fotovoltaicas (UFVs) e duas Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) e equivale ao consumo de energia elétrica anual de 34.840 domicílios com quatro pessoas, atuando no ODS 13 — Ação contra a mudança global do clima.

  • Impacto
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Energia limpa

Energia renovável Sustentabilidade BEI e outros

102 GWh/ano energia gerada em projetos contratados até dezembro, sendo 16 UFVs e 2 CGHs — o equivalente ao consumo de energia elétrica anual de 34.840 domicílios.

Energia limpa

Ação para o clima

7.665 tCO2e/ano de emissões de GEE evitadas — o equivalenteao consumo de 643 viagens de ida e volta entre RJ e SP.

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Matriz
Insumo-Produto 

Para a avaliação dos impactos do desembolso total do Banco na economia mineira, o BDMG utiliza a metodologia da Matriz Insumo-Produto, elaborada pela Fundação João Pinheiro (FJP), que permite a identificação da quantidade de insumos de diversos ramos de atividade necessária para a produção de um produto qualquer. A partir dela, é possível identificar os setores-chave da economia, bem como fazer estudos de avaliação de impacto de políticas públicas sobre emprego, renda, arrecadação estatal etc.

Conforme a metodologia, os desembolsos proporcionaram:

R$ 1.469 milhões
à produção mineira

R$ 745 milhões
no valor adicionado

Estímulo de
21.973 empregos com R$ 329 milhões
de remuneração total.

Aumento de
R$ 55,27 milhões
na arrecadação de impostos (ICMS).

Índice de
Desenvolvimento
Humano — IDH

Com relação à distribuição regional do volume desembolsado, R$ 1.223 milhões (64%) foram destinados às macrorregiões Central, Sul de Minas e Triângulo Mineiro. As regiões Norte e do Jequitinhonha obtiveram desembolsos de R$ 113 milhões (6%). Outras macrorregiões receberam R$ 593 milhões do volume total liberado (30%).

  • Impacto
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Score
de impacto

O Score de Impacto, desenvolvido pela equipe interna do BDMG no decorrer de 2021, consiste em atribuir uma pontuação aos projetos em análise, resultante da combinação de 11 diferentes variáveis de impacto, classificadas em 5 eixos: social; meio ambiente; econômico; boas práticas e efetividade; e finalidade do projeto. Quanto mais alto o score, maior será a adicionalidade da operação.

Tal ferramenta permitirá incorporar a mensuração do impacto dos projetos na fase de decisão da concessão do crédito, enriquecendo as informações de risco, retorno e liquidez. Auxiliará, igualmente, no desenvolvimento de produtos financeiros sustentáveis e na elaboração da estratégia do Banco.

Atuação
Institucional

  • Atuação Institucional
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Durante 2021, foram celebradas novas parcerias com entidades afins ao propósito do BDMG, assim como foram realizadas novas adesões a iniciativas alinhadas aos ODS. Exemplo é a adesão, juntamente com o Governo de Minas Gerais, ao programa Race to Zero, campanha global que visa alcançar emissões líquidas zero de gases de efeito estufa até 2050. Vale ressaltar que Minas Gerais se tornou o primeiro estado da América Latina e Caribe a aderir à campanha, formalizada no mês de junho, juntamente com o embaixador do Reino Unido no Brasil.

Quanto ao Pacto Global, signatário desde março de 2020, o Banco foi convidado para ocupar um assento no Conselho Orientador da Rede Brasil (CORB), órgão representante do Pacto Global no país, sendo o primeiro banco de desenvolvimento brasileiro a possuir tal posição.

O BDMG assinou um termo de cooperação técnica ao Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), que permitirá a troca de experiências, conhecimentos e intercâmbio de colaboradores, em mais um passo que sinaliza o interesse do Banco em fortalecer seus laços com outros organismos subnacionais ligados ao desenvolvimento.

Com foco no alinhamento de novos projetos de infraestrutura com a agenda ASG (ambiental, social e governança), o BDMG assinou, no fim de agosto, a Estratégia Investimento Verde para o Desenvolvimento Regional, um acordo promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Regional e que inclui agentes privados e públicos, de âmbito local e federal.

No âmbito da Aliança dos Bancos Subnacionais de Desenvolvimento da América Latina e Caribe, da qual o BDMG faz parte, foi realizada em setembro a 2ª reunião do Comitê Diretivo e o workshop sobre o papel dos bancos subnacionais de desenvolvimento no financiamento para a recuperação urbana e territorial pós-Covid.

  • Atuação Institucional
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  • Relatório de Sustentabilidade 2021

BDMG como
plataforma
e agente de
conhecimento

Outra maneira com que o BDMG vem trabalhando para fortalecer seu leque de parcerias é a participação em debates e apresentações, em diferentes eventos. Assim, o Banco tem logrado, ao mesmo tempo, o compartilhamento de conhecimento e experiências e o balizamento de suas posições em assuntos relevantes.

Acreditando na troca de conhecimentos com a Academia, em 2021 foi celebrado um termo de cooperação técnica

com a David Rockefeller Center for Latin American Studies (DRCLAS), vinculado à Universidade de Harvard, que permitiu o início de um programa de intercâmbio inédito. Por meio da parceria, um aluno da universidade participou de um período de estágio supervisionado no BDMG. A Skema Business School, entidade de ensino superior e pesquisa francesa, com unidade em Belo Horizonte, também se tornou parceira do Banco.

  • Atuação Institucional
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  • Relatório de Sustentabilidade 2021

Prêmio Minas
de Economia

Criado em 1988, em parceria com o Conselho Regional de Economia-MG (Corecon-MG), o Prêmio Minas de Economia é referência na área ao premiar os melhores trabalhos de monografia de conclusão do curso de Economia. Com 28 trabalhos inscritos, o título do primeiro lugar nesta 33ª edição foi: “O Nexo Água-Energia-Emissões na Matriz Elétrica de Minas Gerais: Impactos Econômicos e Ambientais”. Pela segunda vez, todo o processo da premiação foi totalmente virtual.

Responsabilidade
Social

  • Responsabilidade Social
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BDMG
CULTURAL

Em 2021, o BDMG Cultural deu continuidade à realização de uma série de ações de fomento, reconhecimento e divulgação de diferentes linguagens artísticas, contribuindo para a dinamização da produção mineira no âmbito da cultura, mesmo diante do cenário de restrições causadas pela pandemia.

Desde março de 2020, as iniciativas tornaram-se majoritariamente virtuais, com ações pensadas para mitigar os efeitos da pandemia no setor cultural do Estado. As principais iniciativas conduzidas pelo BDMG Cultural, no decorrer de 2021, foram:

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• 20º Prêmio BDMG Instrumental — premiação, show de encerramento e série de 4 shows no CCBB-BH;

• Prêmio Marco Antônio Araújo — música instrumental, autoral e independente;

• Prêmio Flávio Henrique — CD autoral de canção brasileira e de produção independente;

• Jovem Instrumentista — seleção de dez alunos e dez professores para aulas individuais. Aula de abertura com o músico Hamilton de Holanda;

• Ciclo de Mostras BDMG Cultural — 6 exposições físicas e virtuais na Galeria de Arte BDMG Cultural e sites expositivos das Mostras, com lançamento de catálogos (físicos e virtuais);

• Apoios e Parcerias Culturais para 2021 — programa de patrocínios — 18 projetos selecionados;

• Novo ciclo 2021 (terceiro ciclo) do Programa Educativo — 2 oficinas, 12 episódios do podcast “É Cultura?” (quatro temporadas) e dois masterclasses públicas;

• Relançamento da página do Programa Educativo, com melhoria da navegabilidade e disponibilização de todo o conteúdo lançado desde março de 2020, com textos, podcasts e oficinas;

• Lançamento de 8 novos vídeos do Coral BDMG no YouTube — projeto Coral em Casa;

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• Programa Urbe Urge (manifesto e edital) — para arquitetos, urbanistas e designers. 10 lives públicas, com interlocutores convidados, e cinco encontros virtuais de tutoria, entre os interlocutores e os participantes selecionados;

• Programa LAB Cultural (edital de incentivo à pesquisa artística) — 20 selecionados, 31 encontros de tutoria, oficina e dois masterclasses;

• Festival Seres-Rios — show de abertura com Mônica Salmaso, sete diálogos, quatro lives, mostra de filmes com 24 exibições, cartografia, exposição com seis artistas convidados, quatro ações voltadas ao público infantil (oficinas, podcast e teatro);

• 6º Prêmio BDMG Cultural / FCS de Estímulo ao Curta-Metragem de Baixo Orçamento — mostra de cinema (curso, debates e exibição dos filmes premiados) e 7ª edição do Prêmio (edital);

• Projeto Trilha Cultural BDMG (edital) — apresentações de dez diferentes grupos de artes cênicas, oficinas e debates com o público local das cidades selecionadas;

• Lançamento da Revista nº 4 do BDMG Cultural no site;

• Criação do canal do BDMG Cultural no LinkedIn e publicação de artigos e notícias no site/blog.

  • Responsabilidade Social
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INSTITUTO DE
CIDADANIA DOS
EMPREGADOS
DO BDMG — INDEC

Inspirado pela Campanha Nacional de Combate à Fome, do sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, em 1993, a Associação dos Funcionários do BDMG — AFBDMG criou o Núcleo de Combate à Fome e à Miséria que, em 1998, deu origem ao Instituto de Cidadania dos Empregados do BDMG — INDEC. Além das doações dos funcionários do banco, o INDEC conta com aporte financeiro da AFBDMG e apoio do BDMG.

O INDEC apoia técnica e financeiramente populações em situação de vulnerabilidade econômica e social no estado, desenvolvendo projetos nas áreas de educação, esporte, cultura, profissionalização, saúde e assistência social. Procurando contribuir para mitigar a insegurança alimentar provocada pela pandemia, em 2021 foram realizadas diversas ações voltadas para as famí-

lias vulneráveis. No início do ano, o
INDEC lançou a campanha “INDEC contra a Fome”, que apoiou 330 famílias com a doação de cestas básicas. A campanha foi iniciada com o apoio à CUFA — Central Única das Favelas, por meio do projeto Mães da Favela, que distribui vouchers sociais para as mães solo de favelas em Minas Gerais. Outras 12 instituições foram alcançadas com as doações dessa campanha.

No segundo semestre, o Instituto retomou os apoios aos projetos, entre eles: Creche Comunitária Dirce Maria das Dores, de Rio Manso (MG), com atendimento para 20 crianças na alfabetização; projeto “Pré-Enem Morro do Papagaio”, apoiando 30 alunos; Projeto Andorinha e Corrente do Bem, com doação de sacos de dormir para 100 pessoas; projeto “Futuro da Comunidade”, proporcionan-

  • Responsabilidade Social
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do aulas de futebol para 70 crianças; Instituição Núcleo Nave, com 121 crianças em atividades no contra turno escolar; e Projeto “Sementes do Amanhã”, em Ibirité, com apoio psicológico e educacional para 24 crianças carentes.

A campanha de Natal, além de atender às 84 crianças do Projeto Transformação Sport Clube, no Morro do Papagaio, também efetivou doações de cestas básicas para as famílias das crianças.

Ao todo, foram 26 instituições e projetos sociais apoiados no decorrer do ano, beneficiando diretamente, aproximadamente, 7 mil pessoas nos municípios de Belo Horizonte, Contagem, Ibirité, Betim, Sabará, Rio Manso, São João da Ponte, Conselheiro Lafaiete e Sete Lagoas.

  • Responsabilidade Social
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DOAÇÕES

Com o intuito de apoiar projetos que transformam a vida de milhares de pessoas, o BDMG realizou, em dezembro de 2021, a doação de mais de R$ 1,1 milhão para instituições que desenvolvem ações sociais no estado. As doações foram feitas por meio da dedução de valores do Imposto de Renda (IR) e beneficiaram 11 instituições mineiras, que possuem projetos cadastrados nas leis de incentivos fiscais.

Em 2021, mais de 50 instituições se cadastraram para receber os recursos disponibilizados pelo BDMG. A seleção dos projetos beneficiados foi realizada com a participação da diretoria do Banco e representantes do INDEC, com o assessoramento da Associação dos Funcionários do BDMG (AFBDMG).

Foram priorizadas as iniciativas que atuam na promoção e proteção de pessoas em situação de vulnerabilidade social. Para receber os recursos, as entidades devem promover iniciativas que contemplem os Fundos Sociais para Infância e Adolescência (FIA) e de Direito do Idoso (FDI) e projetos esportivos, bem como as atividades do Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (PRONAS/PCD).

Fonte de
Recursos

  • Fonte de Recursos
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Em 2021, o BDMG deu continuidade à sua estratégia de diversificação de fontes de recursos, buscando novos fundings e a utilização e ampliação de outros já contratados, para dar suporte à sua ação anticíclica e de desenvolvimento do Estado.

Em fevereiro de 2021, o BDMG recebeu a primeira tranche de recursos, no valor de 17,5 milhões de euros, da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), referente ao contrato assinado em 2020, o segundo assinado com esse parceiro. Desse recurso, parte foi utilizada para reembolso de financiamentos realizados em 2020, relacionados à minimização dos efeitos socioeconômicos da pandemia. Outra parte foi utilizada para financiar projetos alinhados aos ODS. Em novembro de 2021, após um período de negociações, o BDMG assinou um aditivo ao contrato com o BEI, para ampliar a linha de crédito em um montante de 20 milhões de euros. Como resultado, a linha total passou a ser de 120 milhões de euros. O aditivo foi assinado como parte da programação paralela da COP26. Os recursos adicionais serão utilizados para compor linhas de crédito do Banco voltadas ao financiamento de projetos de energias renováveis e eficiência energética no estado de Minas Gerais, além

de prover capital para projetos de investimentos de micro, pequenas e médias empresas.

Também em novembro, o BDMG assinou uma parceria inédita com a Sudene para ser agente financeiro do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). Com isso, o Banco torna-se a primeira instituição financeira estadual apta a atuar com o fundo que, atualmente, é operado pelo Banco do Brasil e pelo Banco do Nordeste.

Em dezembro de 2021, o BDMG concretizou a estruturação de uma linha com a União Europeia (UE), por meio de um contrato com a Agência Francesa de Desenvolvimento para a doação de um recurso de 3 milhões de euros de blended finance. Esse recurso será utilizado em conjunto com outros recursos da AFD, para diminuir as taxas de produtos financeiros e apoiar o desenvolvimento sustentável em Minas Gerais.

  • Fonte de Recursos
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Com essa operação, o BDMG tornou-se o primeiro banco do país a ter um blended finance com o apoio da União Europeia.

No final do ano de 2021, o BDMG também assinou um aditivo ao contrato de crédito com o FONPLATA, em negociação desde meados do ano, para a ampliação da linha e o desembolso de 6 milhões de dólares, com condições financeiras melhores do que a linha original. O destino dos recursos será para reembolsar liberações realizadas pelo Banco aos municípios de Minas Gerais, dentro dos seus programas vigentes.

Destacaram-se, também, os recursos obtidos no mercado nacional por meio das emissões de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e de Certificado de Depósito Bancário (CDB). Juntos, LCA e CDB captaram mais de R$ 280 milhões no ano de 2021. Desse montante, mais de 80% se refere a investidores residentes em outros estados da Federação.

Fundos

Repasses

Captações

  • Fonte de Recursos
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Green Bond Transparency
Platform

O BDMG passou a ter uma página no site Green Bond Transparency Platform (GBTP), ferramenta digital inovadora criada pelo BID que promove a harmonização e a padronização do reporte de títulos verdes e sustentáveis na América Latina e Caribe.

Rating

A agência de classificação de riscos Moody’s América Latina (Moody’s Local), em junho de 2021, atribuiu ao BDMG o rating de BBB.br, com perspectiva estável. Conforme a agência, esse rating reflete o mandato social do banco de apoiar o desenvolvimento em Minas Gerais por meio de financiamentos de longo prazo para empresas locais, o que resulta em índices de lucratividade modestos e concentração de empréstimos por geografia e por tomador. Ao mesmo tempo, os ratings são amparados pela forte adequação de capital do banco, importante para enfrentar o enfraquecimento potencial na qualidade de ativos e pressões de lucratividade derivadas de um volume historicamente grande de renegociações e prorrogações de parcelas de empréstimos. O rating do banco também considera os esforços bem-sucedidos do BDMG em diversificar sua estrutura de captações, acessando fundos de longo prazo de agências multilaterais.

Em junho de 2021, a Moody’s Investor Services afirmou o rating global de B2 com perspectiva estável para o BDMG, que reflete as operações consolidadas no mercado regional, bem como o forte alinhamento e importância de suas operações para a política de desenvolvimento do seu controlador, o Estado de Minas Gerais. A avaliação considera o risco concentrado de ativos por tomador no Estado de Minas Gerais, apesar de seus esforços recentes para diversificar os empréstimos a micro e pequenas empresas. A avaliação de rating do Banco reflete sua capitalização robusta, que fornece uma proteção contra a deterioração do risco de ativos e seus esforços para diversificar o fluxo de financiamento acessando recursos de várias agências multilaterais.

Ao final de 2021, a agência de classificação de riscos Standard & Poor’s (S&P) reafirmou o rating do BDMG em B (escala global) e brA- (escala nacional). Em seu relatório, a agência de classificação de risco apontou que, apesar da economia fraca, o BDMG vem melhorando os resultados finais, com crescimento do lucro líquido, margens elevadas e métricas de qualidade de ativos estáveis. A análise também destacou os “níveis de capitalização mais elevados do que os pares” e a gestão de liquidez prudente, “com políticas bem definidas para mitigar descasamentos de ativos-passivos”. Conforme seu relatório, a S&P espera que o banco mantenha um desempenho financeiro estável, continue diversificando suas fontes de funding e mantenha sua gestão de liquidez prudente.

Gestão
Integrada
de Riscos

  • Gestão Integrada de Riscos
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A estrutura de gerenciamento de riscos guarda estreita consonância com as diretrizes estratégicas de atuação do BDMG e com as recomendações do órgão regulador, comprometendo-se com os padrões éticos de conduta e confiabilidade do Banco, alinhados às melhores práticas de mercado.

O Banco gerencia e monitora os riscos de crédito, mercado, liquidez, operacional e socioambiental, com vistas à sua mitigação e à otimização da eficácia operacional e dos seus resultados. Assim, são adotadas práticas de gestão de riscos adequadas à natureza e às especificidades das operações praticadas pelo Banco, mantendo padrões de controle com um índice de adequação de capital superior à exigência mínima adotada no Brasil.

A estrutura responsável pelo gerenciamento de riscos é composta pelo Conselho de Administração, Diretoria Executiva, Comitê de Riscos e Capital, Diretor responsável pelo gerenciamento de Riscos (CRO) e unidade responsável pelo gerenciamento de Riscos.

Declaração Apetite
por Riscos

A Declaração de Apetite por Riscos, estabelecida e aprovada pelo Conselho de Administração no âmbito da Política de Apetite por Riscos, tem como objetivo atestar os tipos e as quantidades de riscos que a Administração está disposta a aceitar, definindo seu perfil almejado na busca dos objetivos estratégicos, em alinhamento com os interesses do Estado, e garantindo a solidez econômico-financeira da Instituição. Ressalta-se que a Declaração de Apetite por Riscos do BDMG é alinhada ao propósito e direcionadores estratégicos.

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Todas as unidades organizacionais e as alçadas decisórias devem observar o apetite por riscos definido pelo BDMG, no âmbito de suas atividades e decisões rotineiras de assunção de riscos. Dentre os objetivos mais diretamente relacionados à Declaração de Apetite por Riscos, cabe destacar:

1. Balancear níveis de rentabilidade e risco para o alcance de resultados;

2. Realizar a gestão equilibrada do funding para viabilizar os objetivos estratégicos;

3. Garantir altos padrões de qualidade, alcançando excelência técnica e operacional.

A Declaração está estruturada em quatro dimensões, que contemplam indicadores relacionados aos principais riscos envolvidos, de forma a permitir o acompanhamento das exposições e a adequada estruturação de capital


Dimensão Capital e Rentabilidade:

determina que o BDMG deve demonstrar diligência na administração de seus recursos por meio de acompanhamento sistemático que assegure: alocação dos recursos; rentabilidade mínima visando à sustentabilidade financeira; e manutenção de uma estrutura de capital que, além de estar em conformidade com os requisitos regulatórios, também disponha de uma margem de segurança para cobrir eventos inesperados, conforme Política de Gerenciamento de Capital.

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Dimensão Liquidez:

estabelece a necessidade de que sejam mantidas reservas mínimas de liquidez para horizontes de curto, médio e longo prazos e estrutura de captação diversificada, com o intuito de proteger a instituição contra períodos prolongados de estresse de funding.


Dimensão Diversificação e Sustentabilidade dos Negócios:

determina o nível razoável de risco que o Banco pode assumir na execução do seu modelo de negócios, visando baixa volatilidade dos resultados e sustentabilidade financeira da instituição, bem como atendimento dos objetivos estratégicos. Para esse fim, são estabelecidos limites de concentração e exposição aos maiores clientes/grupos econômicos e monitoramento de inadimplência.


Dimensão Aspectos Operacionais e Complementares:

busca proteger o Banco da exposição a riscos operacionais que, se materializados, podem impactar negativamente os processos internos, a conformidade, o desempenho financeiro e a imagem da instituição.

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O monitoramento do Apetite por Riscos é reportado à Alta Administração e orienta a tomada de medidas preventivas de forma a garantir que as exposições estejam dentro dos limites estabelecidos.

Em 2021, a Declaração de Apetite a Riscos foi revista, com o objetivo de adequação ao cenário vigente e às novas diretrizes do planejamento estratégico.

Programa de Testes
de Estresse Integrados

O Programa de Testes de Estresse, conforme definido pela resolução CMN 4.557, visa avaliar o impacto de potenciais eventos e circunstâncias adversas sobre a instituição ou em um portfólio específico, identificando possíveis vulnerabilidades. Seus resultados são documentados e utilizados na identificação, mensuração, monitoramento e controle de riscos do BDMG, sendo considerados nas revisões da Política de Apetite por Riscos, na avaliação dos níveis de capital e liquidez do Banco e na elaboração de planos de contingência.

Risco de Crédito

O risco de crédito contempla a possibilidade de perdas associadas ao não cumprimento pelo tomador de suas obrigações financeiras nos termos pactuados, desvalorização ou redução de remunerações esperadas em instrumento financeiro, aos custos de recuperação e ao risco de concentração.

Constantemente, são aprimoradas políticas e procedimentos adotados no gerenciamento do risco de crédito. Esse processo está alinhado às melhores práticas de mercado, possibilitando a adequada identificação, mensuração, controle, mitigação e reporte dessa categoria de risco. Com o objetivo de garantir os padrões de qualidade para modelos e processos

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fundamentais para a gestão de riscos, o Banco conta com segregação entre as atividades de negócio, análise de crédito, conformidade, gestão e controle do crédito, assegurando a independência entre as áreas e, consequentemente, decisões equilibradas com relação aos riscos incorridos.

A estrutura responsável pelo gerenciamento de riscos de crédito determina as diretrizes gerais a serem observadas pela instituição, incorporando os preceitos da governança corporativa. O processo decisório de crédito conta com diferentes alçadas decisórias. Os processos de análise, gestão de risco e gestão e cobrança do crédito são realizados por áreas segregadas das áreas de negócios.

A gestão do risco de crédito contempla as etapas de identificação, mensuração, monitoramento da carteira de crédito e do sistema de classificação de risco de crédito, elaboração e atualização das metodologias de classificação de risco de crédito, apoio na elaboração das políticas de crédito e reporte à Alta Administração.

No acompanhamento da carteira de crédito utilizam-se, entre outros, os seguintes instrumentos:

• Relatório de Testes de Estresse;

• Indicadores de apetite por riscos e qualidade da carteira de crédito (ativos problemáticos, inadimplência, cobertura, composição da carteira, risco de concentração).

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Controle da
migração de ratings

O gerenciamento de risco de crédito dispõe de processo estruturado de comunicação interna das exposições. Cada relatório possui periodicidade e destinatários definidos, sendo o Conselho de Administração reportado, no mínimo, trimestralmente.

Em 2021, devido à retomada do PRONAMPE, com novas condições de crédito, foram implementadas alterações em políticas e metodologias de risco de crédito para atendimento aos novos produtos que foram criados no BDMG. Em relação a Médias Empresas, foram aprimorados os critérios de apuração de perda esperada para a precificação. Os procedimentos antifraude no processo de concessão de crédito digital foram atualizados, face ao cenário atual de aumento da incidência de crimes cibernéticos.

Risco de Mercado & Risco
de Taxa de Juros da
Carteira Bancária (IRRBB)

O risco de mercado é representado pelas perdas decorrentes da flutuação nos preços de mercado de posições detidas pela instituição, por descasamentos em suas operações ativas e passivas, tais como montantes, prazos, moedas e indexadores.

Define-se o IRRBB — Interest Rate Risk of Banking Book como o risco, atual ou prospectivo, do impacto de movimentos adversos das taxas de juros no capital e nos resultados da instituição financeira para os instrumentos classificados na carteira bancária.

A estrutura de gerenciamento do risco de mercado do BDMG abrange todos os processos, pessoas e sistemas que dão suporte à gestão do risco, objetivando a mitigação dos efeitos adversos resultantes das oscilações de mercado e das in-

terações entre os demais riscos da Instituição, visando garantir sua estabilidade financeira.

Os processos e sistemas contemplam: a identificação de operações sujeitas ao risco de mercado e IRRBB, com seus respectivos prazos e fatores de risco; o tratamento diferenciado para operações classificadas como carteira de negociação ou demais posições; a geração de informações para atendimento aos normativos dos órgãos supervisores; o fornecimento de relatórios gerenciais que permitam a avaliação, por fator de risco e por tipo de carteira, da exposição diária ao risco de mercado e IRRBB e da adequação aos limites operacionais.

São adotadas métricas dentro da regulamentação aplicável, observando as

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melhores práticas do mercado e compatibilizando-as com as características operacionais da instituição. O Value at Risk (VaR) é utilizado para mensurar a exposição ao risco de mercado, com uso de ferramentas complementares.

A identificação, mensuração e controle do IRRBB realiza-se com base em metodologias consistentes com as características da carteira, considerando a maturidade, a liquidez e a sensibilidade ao risco dos instrumentos classificados nessa carteira. São utilizados choques de taxas de juros e cenários de estresse, a fim de verificar os impactos no valor econômico e nos resultados, por meio dos indicadores Economic Value of Equity — EVE (Valor Econômico do Capital) e Net Interest Income — NII (Resultado de Intermediação Financeira).

No mínimo trimestralmente, são realizadas simulações de condições extremas de mercado (testes de estresse integrado), inclusive da quebra de premissas, cujos resultados devem ser considerados ao estabelecer ou rever as políticas e os limites para adequação de capital. Além dos limites operacionais fixados na RAS, visando manter a exposição ao risco de mercado em níveis considerados aceitáveis, são também estabelecidos limites adicionais pelo Comitê de Riscos e Capital. A adequação ao limite estabelecido é monitorada diariamente e, em caso de extrapolação, há reporte às alçadas competentes que deliberam sobre as providências a serem adotadas.

Em 2021, destaca-se a redução do risco cambial mediante a realização de operações de hedge accounting na internalização das captações externas. Além disso, foram aprimorados o mapeamento de processos de informações ao órgão regulador, o mapeamento de risco dos fundos de investimento, a revisão do manual de gestão do risco de mercado e os estudos para adequação dos indicadores IRRBB.

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Risco de Liquidez

O risco de liquidez se refere à possibilidade de a instituição não ser capaz de honrar eficientemente suas obrigações esperadas e inesperadas, correntes e futuras, incluindo as decorrentes de vinculação de garantias, sem afetar suas operações diárias e sem incorrer em perdas significativas. Refere-se também à possibilidade de a instituição não conseguir negociar a preço de mercado uma posição, devido ao seu tamanho elevado em relação ao volume normalmente transacionado ou em razão de alguma descontinuidade no mercado.

A estrutura de gerenciamento do risco de liquidez do BDMG abrange todos os processos, pessoas e sistemas que dão suporte à sua gestão, com o objetivo de mitigar os efeitos adversos da liquidez, garantir a capacidade de pagamento,

bem como proteger a instituição contra períodos de estresse de funding, por meio de indicadores adequados para mensuração e monitoramento de reservas de liquidez.

A avaliação da liquidez é realizada com base nas projeções dos fluxos de caixa atualizados, considerando as premissas do planejamento estratégico e gerenciamento de capital. Os limites de exposição ao risco de liquidez são estabelecidos na RAS e visam preparar a instituição para suportar cenários adversos, considerando diferentes horizontes temporais.

A Política de Captação prevê um perfil de recursos adequados ao risco de liquidez, observando a diversificação adequada de suas fontes e dos prazos dos vencimentos, bem como as condições pactuadas relativas ao seu vencimento antecipado.

Na ocorrência de insuficiência dos indicadores do risco de liquidez, ou de evidências de que estes serão insuficientes, as alçadas competentes são reportadas tempestivamente para deliberar sobre as providências a serem adotadas.

Em 2021, foi revisada a política de gestão do risco de liquidez. Assim, foram implementados critérios objetivos para avaliar as contingências que possam afetar o fluxo de caixa e a definição do patamar de liquidez necessário para cobertura dessas contingências, bem como foi adotado um indicador de mercado para complementar a avaliação do colchão de liquidez necessário para o médio prazo.

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Risco Socioambiental

A Política de Responsabilidade Socioambiental (PRSA) do BDMG foi criada em 2013 e atualmente está alinhada às melhores práticas internacionais, incorporando diretrizes dos ODS, do Pacto Global das Nações Unidas e do Acordo de Paris.

A PRSA auxilia na promoção de ações estratégicas alinhadas às melhores práticas do mercado para a atuação socioambiental responsável. A política também incentiva o desenvolvimento de produtos financeiros que proporcionem práticas socioambientais inovadoras, a captação de recursos nacionais e internacionais para o financiamento de negócios sustentáveis, bem como o apoio a políticas públicas e iniciativas em prol da sociedade e que mitiguem os impactos sociais e ambientais. O normativo estabelece ainda princípios, diretrizes e procedimentos específicos para as práticas socioambientais do Banco nos negócios e na relação com as partes interessadas, incluindo o gerenciamento de riscos.

O gerenciamento de risco socioambiental objetiva identificar, mensurar, mitigar e monitorar os riscos, diretos e indiretos, relacionados as questões sociais e ambientais dos processos, produtos e negócios do Banco.

A metodologia de risco socioambiental foi implementada em 2016 e, desde então, o Banco monitora as informações geradas pelo sistema, com o objetivo de promover a melhoria do desempenho ambiental de suas operações, o contínuo aprimoramento da metodologia e a identificação de oportunidades de negócio mais sustentáveis. Todas as empresas que solicitam financiamento ao BDMG passam por uma análise de risco socioambiental, sendo que grande parte dos clientes atendidos são considerados de baixo risco.

Como ações de mitigação dos riscos socioambientais, há a observância de

critérios estabelecidos nas políticas e nos processos de análise, contratação e acompanhamento, de acordo com as especificidades de cada operação. Os critérios de análise são orientados por listas de atividades restritas e proibidas, critérios socioambientais para a constituição de garantias imobiliárias, inclusão de cláusulas nos contratos, avaliação do cumprimento da legislação socioambiental e pelas melhores práticas para a gestão dos riscos socioambientais.

Ainda em relação à gestão de riscos socioambientais, o BDMG elaborou, em 2021, um Plano de Ação para implementação dos novos normativos publicados pelo Banco Central. Também foram estabelecidas cooperações técnicas para o aprimoramento da gestão de riscos sociais, ambientais e climáticos.

Foi firmada parceria com uma consultoria especializada, com recursos do UK Pact, para o desenvolvimento de uma ferramen-

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ta para avaliação das operações de crédito de setores relevantes para o Banco em relação a riscos climáticos de transição e riscos físicos. A previsão é que a ferramenta seja concluída até meados de 2022 e seja compartilhada com outros bancos de desenvolvimento e agências de fomento.

Foi ainda estabelecida uma outra parceria, também com consultoria especializada, para avaliação de riscos climáticos em cadeias de agricultura em Minas Gerais, em especial, relacionadas a laticínios e ao setor sucroalcooleiro.

Também foram iniciadas cooperações técnicas com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD).

Com o BID, o BDMG faz parte de um projeto-piloto para teste de uma ferramenta de avaliação de riscos climáticos físicos no portfólio do Banco, desenvolvida por uma

empresa especializada. Como resultado, será possível verificar os setores e, também, as regiões com maior risco em relação às mudanças climáticas, bem como os principais perigos climáticos que poderão afetar as diferentes atividades e localidades. Com a AFD, a cooperação contempla risco climático e riscos socioambientais, com o desenvolvimento de metodologias que permitirão aperfeiçoar as avaliações e monitoramentos desses riscos, o que ocorrerá até o fim deste ano.

Destaca-se, ainda, o treinamento contínuo de funcionárias e funcionários e o processo de avaliação de riscos socioambientais para a aprovação de novos produtos, o que assegura a conformidade em todos os produtos lançados pela instituição.

Ressalta-se que o BDMG deve garantir que todas as operações sigam critérios socioambientais em conformidade com as políticas estadual e nacional de meio ambiente e, ainda, com sua Política de

Responsabilidade Socioambiental, buscando evitar e minimizar possíveis riscos e impactos negativos ao meio ambiente e à sociedade.

Em 2021, foram estabelecidas parcerias para o aprimoramento da metodologia de risco socioambiental, incluindo os riscos climáticos. Nesse sentido, o BDMG iniciou uma parceria com a empresa WayCarbon para o desenvolvimento de uma ferramenta para avaliação das operações de crédito em relação a riscos climáticos de transição e riscos físicos. Também foram iniciadas cooperações técnicas com AFD, BID e consultorias especializadas para apoio no desenvolvimento de metodologias de riscos sociais, ambientais e climáticos.

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Risco Operacional

O risco operacional é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas ou de eventos externos. Determina a exposição a riscos operacionais que, se materializados, podem impactar negativamente os processos internos, a conformidade, o desempenho financeiro e a imagem da Instituição.

O BDMG adota uma estrutura de gerenciamento do risco operacional compatível com a natureza das operações, com a complexidade dos produtos e com a exposição ao risco operacional da Instituição. O modelo de gerenciamento utilizado visa identificar, mensurar, avaliar, monitorar, reportar, controlar e mitigar a exposição da Instituição a esse risco, de forma que:

I. As atividades sejam executadas adequadamente, conforme suas premissas e normas, com o objetivo de proteger seu patrimônio e promover a eficiência administrativa;

II. Os riscos operacionais inerentes às atividades do BDMG sejam identificados, avaliados e minimizados, por meio da aplicação de metodologia e de controles adequados, de modo que os níveis de riscos residuais fiquem dentro de limite aceitável, conforme definido pelo Comitê de Riscos e Capital e Conselho de Administração;

III. A estrutura de controles internos seja continuamente revisada, considerando os riscos existentes nos processos de negócio, minimizando os custos associados a riscos não controlados e/ou atividades de controle desnecessárias;

IV. Os potenciais conflitos de interesse sejam identificados e os riscos associados sejam minimizados, por meio da implementação de medidas de segregação de funções, controle de acessos a sistemas e monitoramento das atividades;

V. As funcionárias e funcionários compreendam claramente os objetivos do processo de gerenciamento dos riscos operacionais e os papéis, funções e responsabilidades atribuídas aos diversos níveis hierárquicos do BDMG;

VI. O risco operacional decorrente de serviços terceirizados, relevante para o funcionamento regular do BDMG, seja identificado e monitorado.

O BDMG adota a metodologia de Abordagem do Indicador Básico para o cálculo da parcela dos ativos ponderados pelo risco, a fim de suportar as perdas advindas do risco operacional.

Em 2021, os gestores das unidades organizacionais, com o apoio da unidade de controles internos e risco operacional, trabalharam para cumprir o cronograma estabelecido para revisão de processos, com visão de riscos, elencados como prioritários.

DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO

  • Desempenho Econômico-financeiro 2021
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O BDMG — em que pesem os desafios decorrentes do impacto socioeconômico gerado pela pandemia — alcançou lucro líquido de R$ 231,2 milhões no exercício de 2021, frente a R$ 25,6 milhões registrados em 2020.

Em 31 de dezembro de 2021, o patrimônio líquido do Banco era de R$ 2.080,7 milhões, 7,4% maior que o patrimônio líquido de R$ 1.937,3 milhões registrado em 31 de dezembro de 2020.

O Banco possui em sua carteira títulos classificados na categoria mantidos até o vencimento no montante de R$ 233,2 milhões e, em cumprimento à Circular Bacen 3.068/2001, a Administração do Banco declara ter capacidade financeira para manter esses títulos até os seus vencimentos.

As demonstrações financeiras do Banco de
Desenvolvimento de Minas Gerais
podem ser acessadas no link:

Demonstrações Financeiras BDMG
BDMG

RELATÓRIO DE
SUSTENTABILIDADE

2021

Mensagem do Conselho de administração

Mensagem do Conselho de administração

Fernando Lage de Melo

Presidente

Welerson Cavalieri

Vice-Presidente

Cláudio de Oliveira Torres

Conselheiro

Emílio H. Carazzai Sobrinho

Conselheiro

Henrique Augusto Mourão

Conselheiro

Márcio Rezende Magalhães

Conselheiro

Otávio Romagnolli Mendes

Conselheiro

  • Mensagem do Conselho de Administração
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Alinhado à nova dinâmica dos bancos de fomento mundiais, que exige maior foco em investimentos sustentáveis com impactos positivos e sem prejuízo de gerar bons resultados financeiros, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) se mantém a serviço da sociedade mineira como uma instituição sólida e inovadora às vésperas de seu 60º aniversário.

Este relatório consolida os avanços realizados em 2021 pelo BDMG em direção ao desenvolvimento sustentável do Estado. Selamos o compromisso de contribuir para a agenda de clima ao aderirmos, juntamente com o Governo de Minas, à campanha patrocinada pelas Nações Unidas Race to Zero, sendo a maior coalizão de líderes comprometidos com um objetivo: zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050.

A contribuição do BDMG para a agenda da sustentabilidade se evidencia nos investimentos em projetos de energias renováveis que, apenas no ano passado, foram da ordem de R$ 207 milhões, gerando impactos estimados em 7.665 tCO2/ano de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) evitadas e gerando energia limpa correspondente a 102 GWh/ano.

Se, de um lado, o Banco tem se dedicado a expandir sua carteira de projetos sustentáveis, por outro, ele tem trabalhado para manter sua sustentabilidade financeira. Apesar das adversidades e ainda sob o clima de incertezas geradas pela pandemia, fechamos o ano de 2021 com lucro líquido de R$ 231,2 milhões. A crise evidenciou, mais uma vez, a capacidade do BDMG de atuar de forma anticíclica, respondendo às necessidades urgentes do setor produtivo mineiro. A importância do Banco para a ampliação do crédito, especialmente para micro e pequenas empresas e para a manutenção de empregos e renda, ganhou destaque, mostrando que a instituição faz diferença na vida da população mineira.

A capilaridade do Banco via plataforma digital, somada à sua rede de correspondentes bancários credenciados, fez com que os empréstimos liberados em 2021 chegassem em 526 dos 853 municípios mineiros, sendo 82% deles com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) abaixo da média do Brasil.

No que tange ao setor público, ao longo de 2021 o BDMG desenvolveu atividades de estruturação de projetos de concessão e de estruturação dos processos de desestatização e desmobilização de ativos de empresas estatais mineiras, prestando serviços especializados de assessoria e assistência técnica. Entre esses serviços estão diagnósticos de cenário, avaliações econômico-financeira, análises jurídicas, modelagem e assistência técnica na preparação e execução de desmobilização de ativos.

Dessa forma, o BDMG atua como parceiro do estado na estruturação de projetos estratégicos, em alinhamento às Políticas Públicas definidas por seu acionista, e amplia sua atuação como prestador de serviços especializados, o que traz resultados positivos para sua geração de caixa, diversificação de receitas e sustentabilidade financeira.

O Conselho de Administração apoiou iniciativas para fortalecer ainda mais os padrões de governança, com abordagem de riscos em adequação ao cenário de crédito vigente, às novas diretrizes do planejamento estratégico, aos interesses do Estado e à solidez econômico-financeira da Instituição. A revisão da Declaração de Apetite por Riscos e da Política de Gestão do Risco de Liquidez são bons exemplos disso.

Embora, em 2022, o cenário continue desafiador, desde o início da crise gerada pela pandemia, o BDMG vem aperfeiço- ando seus controles internos e políticas de compliance, além de expandir e aprofundar as parceiras nacionais e internacionais, demonstrando para a sociedade mineira o que é, de fato, um banco de desenvolvimento que faz a diferença na vida das pessoas.

Continuaremos com nossa estratégia de alinhar nossa carteira ao propósito de um banco de desenvolvimento comprometido com o futuro das novas gerações, cada vez mais afinado com as ações do Governo de Estado e apoiando tanto o setor produtivo quanto os municípios mineiros, no sentido de promover o desenvolvimento socioeconômico de Minas Gerais e a redução das desigualdades regionais.

O Conselho de Administração renova o sentimento de dever cumprido, com a certeza de que em 2022 seja mantida a sintonia com as políticas públicas governamentais e com forte sentido de gestão, para potencializar nossos resultados.

Fernando Lage de Melo

Presidente do Conselho de Administração do BDMG

Mensagem do presidente

Marcelo Bomfim

Marcelo Bomfim

Presidente do BDMG

  • Chief Executive Officer
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  • Relatório de Sustentabilidade 2021

Com muita satisfação, faço chegar à sociedade mineira os resultados obtidos pelas equipes técnicas e gerenciais do BDMG ao longo de 2021. Os indicadores aqui apresentados materializam o papel dessa honrosa instituição como vetor de apoio ao desenvolvimento socioeconômico sustentável de Minas Gerais. Ao mesmo tempo, reforçam o compromisso de manter o nível de governança e transparência em sintonia com as aspirações da sociedade e de nosso acionista, o Governo de Minas Gerais.

Durante o exercício, em que pese o cenário desafiador desencadeado pela crise sanitária, o BDMG se manteve atuante como agente financeiro do setor produtivo e do setor público mineiro, sem renunciar ao monitoramento contínuo dos riscos associados à preservação da solidez financeira da instituição.

É compromisso do BDMG aprimorar continuamente seus instrumentos de gestão de risco, para o exercício cada vez mais eficiente de seu papel como provedor de soluções creditícias competitivas, estruturador de projetos e prestador de serviços especializados. Em 2021, a atuação do Banco gerou um impacto positivo de R$ 1,47 bilhão à produção mineira e estimulou cerca de 22 mil empregos, sinalizando a vocação de seu corpo técnico em adaptar-se a diferentes cenários e construir oportunidades efetivas.

Em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável — ODS, que integram a Agenda 2030 da ONU, o BDMG adensou o seu compromisso de contribuir para uma transição climática responsável.

Projetos de impacto ambiental, notadamente na área de energias renováveis, eficiência energética e saneamento receberam crédito da ordem de R$ 187 milhões. Destaque para iniciativas de energia solar em 18 municípios, principalmente no Norte de Minas, contribuindo para a conversão das potencialidades naturais da região em desenvolvimento regional efetivo. Em paralelo, registramos a adesão — juntamente com o Governo de Minas Gerais — ao programa Race to Zero, campanha global que visa alcançar emissões líquidas zero de gases de efeito estufa até 2050.

Outra ação relevante do BDMG no campo da sustentabilidade foram os financiamentos ao setor de saúde. Os projetos apoiados beneficiaram diretamente 455 mil pessoas, entre as quais mais de 52 mil pacientes e 9.900 trabalhadores, além de possibilitar a fabricação de 8 mil itens, entre medicamentos e demais produtos e equipamentos hospitalares, farmacêuticos e clínicos. Em tempos de pandemia de Covid-19, esses resultados tornam-se ainda mais aderentes ao papel que se espera de um banco de desenvolvimento em momentos complexos como este que atravessamos.

Em outra frente, destinamos R$ 91,8 milhões para projetos de urbanização, saneamento e melhoria de serviços públicos, sendo 93% do desembolso associado aos ODS. É um compromisso do BDMG fortalecer cada vez mais sua integração aos municípios mineiros, sobretudo àqueles cujo acesso a crédito no mercado tradicional é limitado. Para isso, a oferta de linhas com condições acessíveis e que atendam às demandas reais das prefeituras, além de maior diálogo institucional, são inflexões que queremos tornar cada vez mais fortes.

Necessário ressaltar que todo esse desempenho na concessão de maiores oportunidades de liquidez para os empreendedores e municípios caminhou junto com uma gestão atenta aos indicadores de solidez financeira da instituição. Reflexo disso foi o excelente resultado do banco no exercício.

Ao ingressar em seu ano 60, o BDMG trabalhará ativamente para cumprir seu propósito de maneira inovadora, com melhoria constante da transparência, da gestão financeira e da governança. Em diálogo com o Governo de Minas, vamos adensar cada vez mais o conhecimento do Banco sobre as realidades locais e construir respostas tempestivas e efetivas para o desenvolvimento regional, com ênfase na superação de desafios econômicos das camadas sociais mais expostas.

Afinal, o BDMG é um patrimônio dos mineiros! Manteremos esse foco, conectados às políticas públicas governamentais e às agendas globais e locais de desenvolvimento. Com forte sentido de gestão, nossas equipes estão engajadas em potencializar os resultados para a sociedade mineira, descortinando um futuro mais sustentável e sensível às demandas sociais.

Marcelo Bomfim

Presidente do BDMG

Cenário econômico

  • Cenário Econômico
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  • Relatório de Sustentabilidade 2021

Depois de um primeiro semestre promissor, o ano de 2021 se encerra, para a economia brasileira e mineira, com um ritmo de retomada econômica em desaceleração. Os desdobramentos da pandemia — com o surgimento de novas variantes do coronavírus e as políticas de resposta de países asiáticos de tolerância zero — ensejaram interrupções na produção industrial e redução do ritmo de oferta de serviços, que impactaram as cadeias produtivas em nível global.

Em 2021, a despeito de as previsões terem também sido revistas para baixo, os indicadores de atividade econômica publicados, relativos ao 3º trimestre, apontam que a economia brasileira se recuperou em relação à primeira fase do período pandêmico. O crescimento da indústria e do comércio e a recuperação dos serviços tendem a determinar um crescimento da economia brasileira entre 4,5% e 5%. Nas últimas leituras da PNAD-C, observou-se alguma recuperação do mercado de trabalho, com a taxa de ocupação crescendo mais do que a taxa de participação no mercado, o que pode ser um alento na sustentação do consumo.

Já os fatores que determinam um desempenho aquém das expectativas anteriores para 2021 envolvem a elevação dos custos do petróleo, os problemas de abastecimento de componentes industriais, os impactos da crise hídrica, o nível de desemprego elevado, os impactos da inflação sobre a massa de rendimentos real e a interrupção da produção em segmentos industriais importadores de componentes, além do impacto desses elementos sobre as expectativas dos investidores.

Embora os governos dos países mais desenvolvidos venham sustentando a retomada econômica com políticas monetárias e fiscais expansionistas, a instabilidade no fornecimento de insumos industriais tem imposto um ritmo mais lento que o esperado, combinado a uma elevação do nível geral de preços. O mesmo processo atinge de maneira mais intensa as economias emergentes, nas quais à inflação e à interrupção do fornecimento de componentes acrescem-se menor espaço fiscal e um ritmo desigual de cobertura vacinal das populações, com reflexos negativos na sociedade e na economia. Por essa razão, bancos centrais de todo o mundo — inclusive o brasileiro — vêm revendo suas posições, programando a retirada progressiva dos estímulos monetários e o aumento dos juros internos.

A conjuntura internacional tornou-se ainda mais desafiadora desde o final de fevereiro deste ano, com o início da guerra russo-ucraniana.

As sanções à Rússia levaram à restrição na oferta, provocaram aumentos dos preços — especialmente de commodities, destacando-se o avanço nos preços de petróleo, gás natural, metais e trigo, produtos dos quais Rússia e Ucrânia têm elevada participação na oferta global —, e intensificaram o processo inflacionário no mundo. Como resposta à escalada do nível geral de preços, a maioria dos Bancos Centrais elevaram as taxas básicas de juros, com efeitos sobre a liquidez e o crescimento econômico global.

Estimativas da OCDE indicam que o conflito no Leste Europeu deve subtrair pelo menos um ponto percentual (p.p.) do crescimento mundial e adicionar mais de 2,5 p.p. à inflação global previstos anteriormente. No Brasil, a aceleração do processo inflacionário materializou-se nos preços de combustíveis e nas expectativas de inflação mais elevadas, exigindo reação da autoridade monetária na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Esse cenário internacional adverso impacta negativamente as expectativas dos agentes econômicos no Brasil, com adiamento de decisões de investimento produtivo e de emissões de títulos. Como consequências, as consultorias macroeconômicas têm revisado para baixo as previsões de crescimento para 2022 — para variações inferiores a 1% (+0,3% a.a. na pesquisa Focus em fim de janeiro de 2022).

Em 2022, o Banco Central deverá dar mais ênfase ao controle do processo inflacionário e, consequentemente, manterá taxas de juros mais elevadas, desestimulando decisões de investir. Contrabalançando esse cenário, há o impulso ao consumo advindo de programas de transferências de renda governamentais associado a um nível de emprego ligeiramente superior, além da manutenção de um bom desempenho exportador para as commodities brasileiras e mineiras.

Em Minas Gerais

No caso da economia regional, os mesmos fatores positivos que atuaram em 2021, com destaque para um bom desempenho do segmento exportador — mais especificamente da valorização do preço do café no mercado internacional e de alguma recuperação do preço do minério nos últimos meses —, a indústria de transformação mineira — sobretudo a automotiva — também teve desempenho destacado no período.

Na primeira metade do ano, a economia mineira apresentou recuperação mais robusta que a brasileira e já se encontrava, em abril de 2021, em patamar superior ao de fevereiro de 2020. Sobretudo, a Indústria — tanto de Transformação como a Extrativa — foi responsável por uma recuperação mais intensa, em relação ao patamar pré-pandemia. Nesse contexto, o Produto Interno Bruto de Minas Gerais avançou 5,1% em 2021 — resultado superior ao brasileiro (4,6%). Os avanços na indústria (9,2%) e nos serviços (4,1%) contribuíram para o resultado. Por sua vez, a agropecuária recuou 8,4% — puxada pela bienalidade negativa do café.

O melhor desempenho do PIB do estado em relação ao PIB do país deveu-se, principalmente, à conjuntura econômica internacional. A demanda aquecida por commodities e a recomposição das cadeias globais de oferta favoreceram setores importantes na estrutura produtiva mineira, como o extrativo e o metalmecânico. Os serviços — especialmente os prestados às famílias — foram, por um lado, beneficiados pelas melhores condições epidemiológicas, decorrentes do avanço na vacinação, e, por outro lado, tiveram seu desempenho limitado pela queda da massa de rendimentos.

Para 2022, a expectativa é de perda de ímpeto da atividade econômica. A desaceleração da economia global — influenciada pelo conflito no Leste Europeu, pela falta de insumos essenciais à produção e pela escalada global de preços — e os aumentos da taxa de juros e do endividamento das famílias devem impactar negativamente o crescimento da economia. Em contrapartida, a valorização dos preços de commodities e o câmbio em patamar historicamente desvalorizado devem influenciar positivamente as exportações do estado.

O desempenho da economia mineira em 2022 dependerá dos mesmos fatores que impactarão a economia brasileira, havendo perspectiva de crescimento inferior a 1% a.a.

Se, por um lado, os efeitos negativos das interrupções de fornecimento e da elevação dos custos da energia continuam a impactar negativamente a recuperação da atividade industrial e dos serviços a ela associados, por outro, a bienalidade positiva do café, entre outros fatores, pode representar um contraponto positivo no cenário. Em ambas as esferas, a possibilidade de o avanço da cobertura vacinal minimizar efeitos sociais e econômicos de novas variantes do coronavírus será determinante para o desempenho da atividade econômica.

Qualquer que seja o cenário a se materializar, deverá prevalecer a tendência atual de direcionamento de parte da liquidez disponível nos mercados financeiros globais para a agenda de desenvolvimento sustentável.

Trajetória

  • Trajetória
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  • Relatório de Sustentabilidade 2021

A trajetória do BDMG iniciou-se em 1962, quando assume o papel de promotor ativo do desenvolvimento do Estado de Minas Gerais via inversões de recursos por meio de financiamentos. Tinha como missão estabelecer condições de desenvolvimento com foco no crescimento da atividade industrial, principalmente para as micro e pequenas empresas; na atuação como provedor de condições técnicas e financeiras de projetos de interesse estadual; na alocação, de forma eficaz, do capital, nacional e internacional, de forma a proporcionar o desenvolvimento equitativo.

Além de participar da criação de entidades de grande relevância1, o Banco elaborou importantes estudos econômicos compartilhando conhecimento diferenciado, que serviu de base para o planejamento e para a elaboração de estratégias econômicas e sociais de diversos governos.

Atualmente, o BDMG apoia empresas de todos os portes e setores, prefeituras e concessionárias de serviços públicos municipais. Além disso, o Banco é o estruturador oficial do Estado em operações de concessão comum e em modelos de

Parcerias Público-Privadas (PPPs). Em sintonia com os princípios Ambientais, Sociais e Governança (ASG), sua estratégia tem como foco contribuir para a Agenda 2030 e para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável — ODS adotados pelo Brasil e demais países membros da ONU.

Não obstante as flutuações econômicas, nacional e internacional, ocorridas ao longo dos 60 anos da instituição, o apoio do BDMG para o fortalecimento do setor produtivo foi primordial para a evolução de Minas Gerais.


Ponto de partida

  • Criação do departamento
    de Estudos Socioeconômicos.
  • Assinatura do primeiro
    Acordo com o BNDE.
  • Programa para o agronegócio
    e mineração.

Apoio a setores da economia

  • Recuperação do Programa de Açúcar Agroindústria.
  • Apoio ao setor minero-metalúrgico: Açominas, Usiminas, Acesita, etc.
  • Abertura de Fábrica da Fiat em Betim, com apoio do BDMG.
  • Programa de Desenvolvimento da Indústria do Café.
  • Continuação do apoio à industrialização do Estado de Minas Gerais.

Fundos Estaduais

  • Experiência no mercado de capitais (IPO para Cedro Cachoeira Itaunense).
  • Consolidação do papel de suporte ao planejamento do Estado por meio de estudos econômicos.
  • Criação de Fundos Estaduais administrados pelo BDMG, uma das principais fontes de recursos até a década de 2000.

Projetos estratégicos

  • Atuação com a estrutura de projetos de concessão e PPPs.
  • Financiamento para municípios de MG e projetos estratégicos.
  • Fortalecimento da parceria com o BNDES para financiamentos em MG.

Diversificação de funding e BDMG Digital

  • Redução de Fundos Estaduais.
  • Diversificação de funding.
  • Lançamento do BDMG Digital e fortalecimento da atuação por meio de correspondentes bancários.
  • Fortalecimento das estratégias de captação de clientes e novo modelo de negócio.
  • Fortalecimento da gestão de riscos, gestão de crédito e gestão de garantias.
  • Participação direta e indireta em empresas estratégicas para o estado.
  • Direcionamento da atuação em segmentos estratégicos para o estado: inovação, sustentabilidade, agro e desenvolvimento regional.

Agendas Globais de Desenvolvimento e atuação anticíclica

  • Alinhamento às agendas globais de desenvolvimento e princípios ESG.
  • Reforço na atuação anticíclica em resposta à covid-19.
  • Reforço de R$ 100 milhões na estrutura de capital e captações recordes (R$ 2,3 bilhões).
  • Líder de repasses Funcafé.
  • Publicação Framework ODS e emissão de Título Sustentável.
  • Atuação em projetos de desestatização e projetos de infraestrutura do Estado.
  • Signatário Pacto Global da ONU.
  • Adesão do Governo de MG ao Race to Zero (emissões líquidas zero de GEE até 2050).
  • Prêmio CFI Brazil 2020 Best Socio-Economic Impact Bank.

Estratégia

  • Estratégia
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  • Relatório de Sustentabilidade 2021

O BDMG completa 60 anos de existência em 2022 guiado pelo Plano Estratégico 2022-2026, com objetivos de médio e longo prazos construídos para assegurar o alcance de sua visão de futuro: ser referência de banco de desenvolvimento local focado em impacto.

Alinhado ao Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado — PMDI, o BDMG atua como agente do estado para o desenvolvimento de setores e regiões de Minas Gerais com a mobilização de recursos internacionais e privados, implementação de projetos de impacto e cooperações técnicas. Além disso, contribui para o aumento da eficiência do estado com projetos de desestatização e parcerias público-privadas.

Essas ações objetivam alcançar o propósito de transformar iniciativas em realidade, para fazer diferença na vida dos mineiros.

Para tanto, o BDMG busca equilibrar sua atuação entre o B (banco), ao garantir sustentabilidade financeira; o D (desenvolvimento), ao maximizar impacto e desenvolvimento; e o MG (Minas Gerais), ao ser especialista em seu território. Assim, objetiva, simultaneamente, atuar com rentabilidade, excelência operacional e gestão de funding e exercer seu papel de promoção do desenvolvimento, mobilizando recursos e parcerias para atendimento Minas Gerais.

Propósito

Transformar iniciativas em realidade para fazer diferença na vida dos mineiros.


Visão

Ser referência mundial de banco de desenvolvimento local focado em impacto.


Pilares

B

Garantir a sustentabilidade financeira.

D

Maximizar impacto e desenvolvimento.

MG

Ser especialista em Minas Gerais para gerar valor à sociedade.

Essa atuação ocorre através do atendimento às micro, pequenas, médias e grandes empresas, aos produtores rurais e ao setor público de Minas Gerais e estados limítrofes no financiamento de projetos que gerem impacto. Esse impacto é mensurado pelo alinhamento dos efeitos ambientais, sociais e econômicos dos desembolsos aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável — ODS.

O BDMG mobiliza recursos para a viabilização de investimentos capazes de responder às demandas do estado com foco em 5 compromissos de impacto para atuação nos próximos anos:

Inclusão financeira:

garantir acesso a serviços financeiros em condições favoráveis para as micro e pequenas empresas, apoiando a manutenção de empregos.

Energia limpa:

ampliar a matriz de energia renovável viabilizando investimentos em fontes de energia limpa e eficiência energética

Cidades inclusivas e sustentáveis:

ter cidades mais inclusivas e sustentáveis viabilizando projetos de infraestrutura (saneamento, saúde, educação, urbanização e espaços inclusivos).

Empresas competitivas e responsáveis:

promover a diversificação industrial, agregação de valor às commodities e acesso a novos mercados, com elevação de produtividade e inovação.

Agricultura de baixo carbono:

viabilizar investimentos em agroinovação que garantam níveis altos de produtividade e contribuam para a regeneração do solo, da biodiversidade e da redução das emissões GEE.

A Agenda 2030 e a atuação
de impacto do BDMG

O BDMG contribui para 13 dos 17 ODS
e 28 das 169 metas da Agenda.

Além dos compromissos de impacto, a atuação do BDMG nos próximos cinco anos estará baseada nos 6 direcionadores estratégicos que dialogam significativamente com o futuro da instituição:


Impacto

Trata-se da mensuração dos efeitos para a sociedade dos financiamentos concedidos, fortalecendo sua estratégia ao se posicionar como especialista regional para a viabilização de projetos de desenvolvimento alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável — ODS, além de aprimorar o monitoramento e a avaliação dos impactos de sua atuação no desenvolvimento do Estado.

Compromisos com a Agenda 2030 e com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável — ODS;

Posicionamento do BDMG como especialista regional para viabilização de projetos de desenvolvimento;

Monitoramento e Avaliação dos impactos da atuacão do BDMG no desenvolvimento do estado.


Competitividade

O BDMG está organizado para crescer de forma compatível com sua estrutura de capital. Sua competitividade reside na excelência em soluções financeiras para o desenvolvimento, que incluem serviços e consultorias, além do aprimoramento constante da experiência do cliente, da aderência ao mercado em termos de posicionamento e da oferta com rentabilidade.

Excelência em soluções financeiras para o desenvolvimento, incluindo serviços e consultoria;

Aprimoramento constante da experiência do cliente;

Aderência ao mercado em termos de posicionamento e da oferta, com rentabilidade.


Parceria

Para o BDMG, desenvolvimento e impacto podem ser potencializados por parcerias, que são um meio de viabilizar a implementação da estratégia e a efetividade de sua atuação. Para isso, está constantemente explorando novas oportunidades de negócios, inclusive com instituições com o mesmo “DNA”, para a transferência e disseminação de conhecimento, bem como a mobilização de recursos para projetos relevantes em Minas Gerais e em estados vizinhos.

Explorar novas parcerias de negócios, inclusive com instituições com o mesmo DNA;

Atuar como plataforma de produção e disseminação de conhecimento;

Fortalecer as parcerias de atendimento ao cliente.


Cultura organizacional

Para o BDMG, o alcance dos objetivos propostos demanda o alinhamento das lideranças e das equipes com os objetivos da organização: líderes capazes de inspirar, engajar e desenvolver outros líderes; a habilidade de aprender, desaprender e reaprender continuamente; a capacidade de agir com simplicidade, agilidade e adaptabilidade, além de atuar com protagonismo, propondo e assumindo desafios.

Alinhamento das lideranças e das equipes com os objetivos da organização;

Ter líderes capazes de inspirar, engajar e desenvolver outros líderes;

Aprender, desaprender e reaprender continuamente;

Priorizar entregas contínuas e incrementais sempre que possível;

Simplicidade, agilidade e adaptabilidade;

Agir com protagonismo, propondo e assumindo desafios;

Fortalecer as práticas de governança, compliance e gestão de riscos.


Transformação digital

A transformação digital está mudando rapidamente o modelo de negócios no setor de fomento em escala global, possibilitando que os recursos dos programas de desenvolvimento cheguem de maneira mais eficiente às mãos de quem precisa. Isso envolve estar preparado para explorar oportunidades originadas da transformação digital no mercado financeiro.

Estar preparado para explorar oportunidades originadas das mudanças no mercado financeiro;

Migração para infraestrutura de nuvem como serviço;

Inteligência de dados e inteligência artificial como forma de subsidiar o processo decisório;

Automação visando ganhos de produtividade.


Sustentabilidade financeira

Refere-se ao balanceamento entre o nível de rentabilidade e de risco com o objetivo de alcançar um patamar de crescimento compatível com a estrutura de capital do BDMG. Para isso, o banco faz revisões periódicas do apetite ao risco e da política de crédito, com instrumentos para a mitigação do risco de crédito e monitoramento de cenários, além do aprimoramento contínuo dos modelos financeiros e projeções.

Revisões periódicas do apetite por riscos e da política de crédito;

Utilização de instrumentos para mitigação do risco de crédito e monitoramento dos cenários;

Crescimento compatível com a estrutura do BDMG;

Aprimoramento dos modelos financeiros.

Governança

  • Governança
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  • Relatório de Sustentabilidade 2021
Identidade

Criado pela Lei Estadual nº 2.607, de 05/01/1962, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais S.A. (BDMG) é uma instituição financeira de fomento ao desenvolvimento de Minas Gerais e integra o sistema de desenvolvimento econômico do estado, sendo vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de Minas Gerais (SEDE).

É uma empresa pública controlada pelo Estado de Minas Gerais, pessoa jurídica de direito privado, integrante da administração indireta, com área de atuação

em Minas Gerais ou em estados limítrofes. Está sediado na cidade de Belo Horizonte (MG).

Como banco de desenvolvimento, faz parte do Sistema Financeiro Nacional e tem a função de promover o bem-estar social mediante a oferta de serviços financeiros que estimulem investimentos dos agentes econômicos.

Além de Minas Gerais, o Banco atua em outros quatro estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul.

Estrutura
de Governança

A estrutura de governança do BDMG é composta por seis órgãos estatutários: Conselho de Administração, Conselho Fiscal, Comitê de Auditoria, Comitê de Riscos e Capital, Diretoria Executiva, Comitê de Crédito e Renegociação e Ouvidoria, além de cinco outros comitês não estatutários: Comitê Gerencial, Comitê de Gestão de Pessoas, Comitê de Tecnologia da Informação, Comitê de Finanças e Comitê de Produtos. Todos os órgãos estão subordinados direta ou indiretamente à Assembleia Geral de Acionistas, instância máxima de decisão, conforme determina a Lei. O modelo de governança do BDMG pode ser visualizado no organograma a seguir:

Organograma da Governança do BDMG

A Estrutura de Governança do BDMG é periodicamente revista, de modo a garantir a segurança, a eficiência e a transparência da Instituição. Os órgãos estatutários que a compõem, com suas respectivas atribuições, são:

Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é ligado diretamente à Assembleia Geral de Acionistas e possui atribuições fiscalizatórias e opinativas. O Órgão é composto de quatro membros efetivos e quatro suplentes e possui função instrumental de auxiliar a Assembleia Geral de Acionistas, opinando tecnicamente sobre a adequação das demonstrações financeiras e sobre o cumprimento dos deveres legais e estatutários dos Administradores da Instituição. Além disso, possui, entre outras, a atribuição de comunicar eventuais irregularidades à Assembleia Geral e zelar para evitar, ou corrigir tempestivamente, a ocorrência de erros administrativos que possam gerar impactos relevantes para o Banco.

Conselho de
Administração

Atualmente, o Conselho de Administração (CAD) é composto por oito membros, conforme disposto no Estatuto Social do Banco, e constitui o principal órgão de administração do BDMG, cabendo-lhe estabelecer as diretrizes para a atuação da Instituição no fomento às atividades de desenvolvimento econômico e social do estado. O CAD possui, entre várias outras, as seguintes atribuições:

• Aprovar e acompanhar o plano de negócios e a estratégia de longo prazo para a atuação do Banco no fomento às atividades de desenvolvimento econômico e social do estado, promovendo análise anual do atendimento das metas e resultados de sua execução;

• Divulgar as conclusões da análise a que se refere o inciso anterior no sítio eletrônico do BDMG e informá-las à Assembleia Legislativa e ao Tribunal de Contas do Estado;

• Aprovar relatórios externos, políticas internas e programas compatíveis com o plano do Estado e seus respectivos programas regionais e setoriais de desenvolvimento;

• Estabelecer critérios para a realização de acordos e transações judiciais e extrajudiciais.

Diretoria Executiva

A Diretoria Executiva exerce a administração geral da Instituição buscando assegurar o cumprimento dos seus objetivos institucionais e a efetividade das deliberações do Conselho de Administração para garantir seu funcionamento regular. Adicionalmente, cabe à Diretoria levar à deliberação do Conselho de Administração as propostas sobre matérias relevantes da Instituição, conforme definido no Estatuto Social.

A Diretoria Executiva é composta por cinco membros — sendo um Diretor-Presidente, um Diretor-Vice-Presidente e três Diretores-Executivos —, que se reúnem semanalmente, sob a coordenação do Diretor-Presidente, e, além de exercer a administração geral do Banco, possui, em linhas gerais, as seguintes atribuições:

• Estabelecer as políticas e diretrizes gerais do BDMG submetendo-as à deliberação do Conselho de Administração;

• Implementar a estratégia definida pelo Conselho de Administração;

• Conduzir as operações ativas e passivas da Instituição não compreendidas na competência decisória do Conselho de Administração ou dos Comitês de Crédito e Renegociação.

Comitê de Auditoria

O Comitê de Auditoria, órgão auxiliar do Conselho de Administração, com funcionamento permanente, pelo Conselho de Administração, observados os requisitos legais. Atualmente, o Colegiado é composto por três membros. Constituem-se atribuições do Comitê de Auditoria do BDMG, entre outras, opinar, de modo a auxiliar os Acionistas, na indicação de administradores e conselheiros fiscais sobre o preenchimento dos requisitos e a ausência de vedações para as respectivas eleições; revisar, previamente à publicação, as demonstrações contábeis semestrais, inclusive notas explicativas, relatórios da administração e parecer do auditor independente; e supervisionar e avaliar a efetividade da área de controles internos, de controladoria, das auditorias independente e interna, inclusive quanto à verificação do cumprimento de dispositivos legais e normativos aplicáveis ao BDMG, além de regulamentos e códigos internos.

Comitê de Riscos
e Capital

O Comitê de Riscos e Capital (CRC) é um órgão colegiado composto por quatro membros: o Diretor-Presidente (presidente do Comitê), o Diretor-Responsável pela Gestão de Riscos, o Diretor-Responsável pela Gestão de Capital e um membro do Conselho de Administração.

O CRC se reúne ordinariamente, no mínimo, uma vez por mês e trimestralmente com o CAD, para reporte sobre gestão de riscos e capital. Tem por competência, além das estabelecidas pelo Conselho de Administração e as fixadas na legislação aplicável, assessorar o Conselho de Administração na gestão de riscos e de capital, proporcionando visão abrangente e integrada dos riscos e seus impactos, e auxiliar a Diretoria Executiva e o Conselho de Administração na fixação e revisão dos níveis de apetite por riscos da Instituição.

Comitê de Crédito
e Renegociação

O Comitê de Crédito e Renegociação é composto pelos representantes das áreas de Análise de Crédito, Operações, Gestão de Crédito, Produtos, Riscos e Controles Internos, Planejamento e Jurídico.

Compete ao Comitê de Crédito e Renegociação deliberar sobre limite e utilização de crédito, renegociação, alteração de garantia e alteração de contratos, inclusive das cooperativas de crédito, até o valor equivalente a 1% do Patrimônio Líquido do Banco, observados os critérios de risco definidos pelo Conselho de Administração, entre outras atribuições previstas.

Ouvidoria

A Ouvidoria do Banco é órgão estruturado como unidade administrativa vinculada ao Diretor-Presidente. O mandato do Ouvidor é de dois anos, admitida apenas uma recondução por igual período. Sua principal atribuição é prestar atendimento, de última instância, aos clientes e usuários dos produtos e serviços do BDMG.

As reclamações de clientes e usuários de produtos e serviços são recebidas por meio de um número de telefone 0800 e são registradas pelo Núcleo de Atendimento (NAC) em sistema de CRM. A Ouvidoria também atende as demandas enviadas pela Ouvidoria do Banco Central (BACEN), Comitê de Auditoria e Ouvidora-geral do Estado (OGE/MG), zelando pelo cumprimento dos prazos e assegurando a estrita observância das normas legais e regulamentares relativas aos direitos dos seus clientes.

O número de demandas atendidas manteve o patamar de 2020, superior ao dos anos anteriores, em linha com o expressivo aumento da carteira de clientes e atendimentos de renegociação decorrentes da pandemia.

Gestão de Riscos,
Controles Internos
e Integridade

O BDMG dispõe de áreas dedicadas à gestão de riscos, controles internos, conformidade e integridade, com atuações independentes, vinculadas diretamente ao Diretor-Presidente, podendo ser conduzidas por outro Diretor-Executivo, que não seja responsável por atividade negocial do Banco.

São atribuições das áreas responsáveis pela gestão de riscos, controles internos, conformidade e integridade, além de outras previstas na legislação própria e nos normativos do BDMG:

• Assessorar o Conselho de Administração na gestão integrada de riscos, controles internos, conformidade e integridade, propondo políticas e estratégias;

• Disseminar a cultura de gestão de riscos, controles internos, conformidade e integridade;

• Encaminhar relatórios periódicos ao Comitê de Auditoria referentes às atividades desenvolvidas.

As áreas responsáveis pela gestão de riscos, controles internos, conformidade e integridade se reportam diretamente ao Conselho de Administração em situações em que se suspeite do envolvimento de integrante da Diretoria Executiva em irregularidades ou quando um membro se furtar à obrigação de adotar medidas necessárias em relação à situação de irregularidade a ele relatada.

Emissão exclusiva de ações com direito a voto (ordinárias), com adoção do princípio "uma ação, um voto".

Presença de pessoas distintas ocupando os cargos de presidente do Conselho de Administração e Diretor-Presidente.

Existência de um Regimento Interno com definições claras das atribuições e das responsabilidades do Conselho de Administração.

Divulgação de atas resumidas do Conselho de Administração no website do BDMG.

Adoção de comitês estatutários.

Constituição de comitês não estatutários para auxiliar na governança, como Comitê de Tecnologia da Informaação, de Gestão de Pessoas, Gerencial, Financeiro e de Produtos.

Formalização e divulgação ao público da estrutura de Governança Corporativa da instituição.

Atuação do comitê de riscos e capital, como órgão de assessoramento do Conselho de Administração.

Adoção de ferramenta que permite acompanhar todas as etapas do processo de concessão de crédito.

Adoção de modelo de gestão da estratégia que permite a definição dos objetivos e a mensuração dos resultados finalísticos da atuação do BDMG.

Divulgação do modelo de gestão de riscos e diretrizes estratégicas no website do BDMG.

Avaliação anual formal do desempenho da auditoria interna pelo Comitê de Auditoria.

Existência de Comitê de Auditoria subordinado ao Conselho de Administração, composto, conforme estatuto do BDMG, por, no mínimo, três e, no máximo, cinco integrantes, dos quais até três membros independentes externos. No mínimo dois integrantes devem ter comprovados conhecimentos de auditoria e contabilidade que os qualifiquem para a função.

Auditoria interna se reportando diretamente ao Conselho de Administração e ao Comitê de Auditoria, com reuniões periódicas.

Apresentação sistemática, ao Conselho de Administração, das práticas de gestão de riscos.

Apresentação sistemática ao Conselho de Administração dos procedimentos relativos aos controles internos.

Ausência de ressalvas nos pareceres da Auditoria Independente nos últimos cinco anos.

Relacionamento direto e sistemático da Auditoria Independente com o Comitê de Auditoria.

Existência de política para operações com partes relacionadas.

Avaliação anual formal do desempenho da diretoria executiva, coletivamente, e de cada um dos seus membros, individualmente, pelo Conselho de Administração.

Vedação à prestação de outros serviços ao BDMG por parte dos Auditores Independentes.

Atualização do Código de Ética, Conduta e Integridade divulgado no site do BDMG.

Divulgação anual de informações relevantes das operações realizadas no período com partes relacionadas.

Em consonância com as melhores práticas de Governança Corporativa, de modo a garantir a transparência dos processos e o alinhamento com os interesses da Instituição, as transações com as Partes Relacionadas realizadas pelo Banco são regidas pelo disposto na Resolução BDMG nº 209.

Nessa Resolução estão relacionadas pessoas físicas e jurídicas que podem ser consideradas Partes Relacionadas do BDMG, a quais podem controlar ou exercer influência significativa sobre as decisões financeiras e operacionais da Instituição ou possibilitar a geração de benefícios não condizentes com as práticas normais do mercado de atuação do Banco.

Entre as pessoas jurídicas consideradas Partes Relacionadas em decorrência das transações realizadas com o Banco, estão:

• O Estado de Minas Gerais (controlador do Banco) e empresas cujo capital, direta ou indiretamente, participem o Estado, suas autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista;

• As pessoas jurídicas da Administração Indireta do Estado de Minas Gerais.

Em consonância com a Resolução do CMN 4.693, de 10/2018, o BDMG, em sua Política de Governança, considera Partes Relacionadas os conselheiros de administração e fiscal, diretores, ocupantes de cargos de confiança e membros do Comitê de Auditoria e de outros órgãos de assessoramento e governança, sendo vedada a contratação de operações de crédito a estes ou a empresas nas quais sejam acionistas caso tenham participação no capital igual ou maior a 15%.

Integridade
e Conformidade

Ligada diretamente ao Diretor-Presidente, a Gerência de Conformidade tem como missão fazer com que o Banco atue de forma a respeitar as normas relativas à organização, cumprindo as leis, e os regulamentos internos e externos, além de estimular a prática de condutas éticas e responsáveis e promover a cultura da conformidade, proporcionando o entendimento de sua importância para alcance seguro e eficiente dos objetivos estratégicos.

É de responsabilidade da Gerência a função de estimular ações de integridade relacionadas a funcionárias e funcionários, clientes, parceiras, parceiros e demais colaboradoras e colaboradores do BDMG; mitigar riscos de compliance e emitir orientações sobre consultas recebidas quanto à prática de condutas éticas, em conjunto com a Comissão de Ética.

Em 2021 foram revisadas e atualizadas diversas normas internas, entre as quais as re lacionadas à política de crédito, riscos, gestão de pessoas, socioambientalismo, vedações e impedimentos, proteção de dados pessoais e prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo (PLD/FT).

No âmbito da promoção da cultura de conformidade, integridade e diversidade, foram enviados informes mensais sobre os citados temas para todos os colaboradores do Banco.

Foram promovidos treinamentos anuais, entre os quais o destinado aos membros da Diretoria Executiva e Conselhos de Administração, Fiscal e Auditoria, sobre Governança, Riscos e Compliance, incluindo os principais pontos da Lei 13.303/2016, que dispõe sobre o estatuto jurídico das estatais; o de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo, em atendimento aos regulamentos do Banco Central, para membros da Diretoria Executiva, Comitê de Auditoria e colaboradores, bem como o referente à Privacidade e Proteção de Dados Pessoais, como enforcamento à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

Ética e
Integridade

Os princípios e valores que norteiam a conduta dos empregados/colaboradores estão estabelecidos no Código de Ética, Conduta e Integridade do BDMG, aplicável a todos que exerçam mandato, cargo, função, emprego ou prestem serviço para a Instituição, mesmo que transitoriamente e/ou sem remuneração. O Código foi elaborado em conformidade com a Lei 13.303, de 30 de junho de 2016, que dispõe sobre o estatuto jurídico das empresas estatais. Sua última atualização incluiu dispositivos específicos para tratar de mídias sociais, conflitos de interesses, atividades paralelas e recebimento de presentes/brindes.

A Comissão de Ética, instituída no Banco para assegurar a observância, a atualização e a divulgação do Código de Ética, atua de forma alinhada aos valores institucionais da ética, transparência e compromisso com a sociedade mineira, permanecendo disponível para consulta interna.

Entre as atribuições da Comissão de Ética, definidas em seu Regimento Interno e no Decreto Estadual nº 46.644, citam-se: zelar pela observância do Código de Ética do Banco; seguir as normas e diretrizes do Conselho de Ética Pública do Estado de Minas Gerais (CONSET/MG); e orientar e esclarecer as pessoas sobre ética profissional. É atribuição da Comissão, entre outras, apurar, em razão de denúncia, condutas que possam configurar infringência aos princípios ou regras ético-profissionais.

A apuração de conduta antiética é realizada seguindo as diretrizes estabelecidas no regimento interno. Se, após o processo de apuração, a Comissão concluir que o empregado ou colaborador deverá ser responsabilizado nas esferas administrativa, trabalhista, civil ou penal, é encaminhada uma cópia do procedimento de apuração para a área de Recursos Humanos para que sejam aplicadas as medidas cabíveis (Art. 14 do Regimento Interno).

Em 2021, a Comissão de Ética do BDMG, com apoio da área de TI, disponibilizou em sua página na intranet a Cartilha de Ética em Teletrabalho e Cartilha Sobre Assédio Moral. Ambos os documentos foram disponibilizados pelo Conset — Conselho de Ética de Minas Gerais.

Também em 2021, a Comissão de Ética do BDMG, em parceria com a área de Compliance, promoveu a realização de uma palestra intitulada “Insights Comportamentais” tendo como palestrante um auditor da Controladoria-Geral da União (CGU). O evento on-line teve a participação de, aproximadamente, 70 colaboradores.

Durante o ano de 2021, a Comissão de Ética recebeu duas denúncias de conflitos pessoais, que foram devidamente tratadas, e houve conciliação entre os envolvidos.

Canais de
Denúncia

O BDMG dispõe de canais de denúncia para o recebimento, de forma anônima, de informações sobre indícios de ilicitudes, fraude e/ou violação à legislação ou aos regulamentos e Código de Conduta, Ética e Integridade internos que possam afetar os membros de órgãos estatutários. As denúncias são recebidas no site do BDMG por meio do Comitê de Auditoria e da Ouvidoria-Geral do Estado (OGE/MG).

É importante destacar que, ao longo de 2021, não houve nenhuma denúncia de qualquer suposta má-conduta ou ação irregular do BDMG. A atenção do Banco em trabalhar sempre em linha com o ordenamento jurídico relativo aos princípios bancários, governança corporativa e ética fez com que inexistissem queixas contrárias ao BDMG.

Processo
Disciplinar

O Banco possui norma interna que trata do processo disciplinar que assim prevê: “o empregado do BDMG, pelo descumprimento dos seus deveres ou pela inobservância das proibições que lhe são impostas ou por qualquer ação ou omissão que constitua falta trabalhista, ficará sujeito a uma das penalidades previstas no Estatuto de Pessoal”, observadas as regras previstas na norma. Ela também descreve quando devem ser aplicadas as penalidades de advertência ou suspensão e o processo de dispensa com justa causa, além de como deve ser o procedimento investigatório e o procedimento disciplinar.

Relacionamento
com o Estado

Em alinhamento com o interesse público e em cumprimento ao seu objeto social (Estatuto Social, art. 4º, IV — O BDMG tem por finalidade: (....) IV. prestar serviços de assessoria e assistência técnica à Administração direta e indireta do Estado e dos Municípios e às empresas privadas), o BDMG desenvolve atividades de estruturação dos processos de desestatização e desmobilização de ativos de empresas estatais mineiras, prestando serviços especializados de assessoria e assistência técnica. Entre esses serviços, diagnóstico de cenários, avaliações econômico-financeiras, análises jurídicas, modelagem, assistência técnica na preparação e execução de desmobilização de ativos.

Dessa forma, o BDMG atua como parceiro do Estado na estruturação de projetos estratégicos, em alinhamento às Políticas Públicas definidas por seu acionista.

Comunicação
Corporativa

Em 2021, o BDMG potencializou seus instrumentos de comunicação social a fim de zelar pela imagem e reputação do Banco, manter o alinhamento interno e dar publicidade a suas ações institucionais e mercadológicas para a sociedade mineira.

Para esse propósito, a área de Comunicação e Marketing empreendeu campanhas publicitárias em mídias on e off-line que envolveram a divulgação de diversas frentes, entre as quais o Edital de Municípios, a linha Empreendedoras de Minas, a linha Pronampe, novos produtos no segmento de energias renováveis, balanço de desembolsos durante a pandemia, entre outras. Em todas essas ações, como diretriz estratégica, buscou-se agregar às informações comerciais sobre cada produto o sentido institucional de impacto socioeconômico gerado pelo BDMG — a maioria das campanhas utilizaram vídeos, fotos e/ou depoimentos de clientes reais do Banco, mostrando como o crédito transformou suas realidades e trouxe mais desenvolvimento para o estado.

Também foram produzidos conteúdos de comunicação dirigida para prefeituras, correspondentes bancários, entidades de classe, venda direta — clientes e potenciais clientes, com o propósito de apoiar a área comercial.

Foram realizadas melhorias contínuas no conteúdo do website do Banco, a fim de equilibrar ainda mais seu viés comercial com narrativas institucionais mais aderentes ao perfil da Instituição e sua estratégia. Destaque para a criação de páginas sobre o Edital de Municípios e Sustentabilidade, além de atualizações constantes nas seções de Micro e Pequenas Empresas e na home. Em 2021, o BDMG deu continuidade à publicação de conteúdos de interesse em seu canal no YouTube, criado em 2020. Foram postados vídeos sobre experiência dos clientes, esclarecimento de dúvidas e orientações quanto aos processos de requisição de crédito, além de conteúdos institucionais e mercadológicos derivados das campanhas publicitárias, contribuindo para uma maior coesão e capilaridade da mensagem transmitida para a sociedade.

O BDMG manteve, em 2021, sua postura proativa e transparente do relacionamento com a imprensa. O Banco foi citado em 3.366 matérias captadas pelo sistema de clipping, sendo 97,3% delas classificadas como positivas/neutras. O foco da exposição foi a imprensa mineira, responsável por cerca de 2/3 das matérias; 1/3 delas foram veiculadas na imprensa nacional ou de outros estados, contribuindo para realçar o Banco como ator relevante no Sistema Nacional de Fomento.

Do ponto de vista interno, foram veiculadas 59 edições do Informe, a fim de manter o público interno ciente das principais notícias relativas à atuação do Banco, bem como trazer constantemente matérias atualizadas de utilidade pública sobre prevenção à Covid-19. Também foram realizados encontros virtuais de comunicação direta da Diretoria com os colaboradores, visando diálogo e alinhamentos.

Equipe

  • Equipe
  • |
  • Relatório de Sustentabilidade 2021

O BDMG conta com profissionais qualificados e comprometidos na busca de soluções para o desenvolvimento de Minas Gerais. No final de 2021, o Banco contava com uma equipe de 328 empregados, sendo 2952 empregados efetivos admitidos por concurso público e 33 nomeados para cargos de recrutamento amplo, vinculados ao mandato da Diretoria.

Do total de funcionários de carreira, admitidos por concurso público, 76% possuem doutorado, mestrado ou pós-graduação, sendo que as principais áreas são: Administração, Engenharia, Economia, Contabilidade, Análise de Sistemas e Direito.

² 14 empregados encontram-se cedidos ou com contrato suspenso.

Empregadas e Empregados
Concursados
Dez 2021

Faixa Etária dos
Empregados do BDMG
Dez 2021

Grau de Instrução dos Empregados do BDMG
Dez 2021

Grau de instrução %
Doutorado 9 3
Mestrado 33 11
Pós-graduação 184 62
Educação superior 64 22
Ensino médio 5 1
Total geral 295 100

Fonte: Dados Internos

Além disso, integram a equipe do BDMG 105 estagiárias e estagiários, aprendizes do Programa de Aprendizagem e 148 colaboradores de equipes terceirizadas que prestam serviços não típicos das carreiras do BDMG, tais como: manutenção predial e serviços gerais, serviços de TI, análise de projetos de engenharia, serviços administrativos.

Políticas de
Gestão de Pessoas

A estratégia de gestão de pessoas visa garantir que o Banco tenha profissionais qualificados e engajados em torno da estratégia organizacional, em desenvolvimento contínuo, em um ambiente de trabalho produtivo, seguro e saudável, bem como com o conhecimento das aspirações do negócio e o envolvimento na estratégia e na transformação da instituição.

O BDMG adota o modelo de gestão de pessoas articulado por competências, que promove o alinhamento dos processos de gestão com a estratégia organizacional, criando meios que possibilitem o comprometimento dos indivíduos e dos grupos com os objetivos da organização. Nesse sentido, foram definidas as competências a implementação da estratégia, que servem de subsídio para todos os processos e políticas de pessoal:

Competências
comportamentais

  • Adaptabilidade,
  • Comunicação eficaz,
  • Visão sistêmica,
  • Protagonismo e liderança.

Competências
técnicas

  • Visão de impacto econômico, social e ambiental,
  • Especialista em Minas Gerais,
  • Finanças bancárias,
  • Visão de mercado,
  • Análise de dados.

Saúde
e segurança

Atento aos efeitos da crise instaurada pela pandemia de Covid-19, desde março de 2020, vem estabelecendo e atualizando medidas preventivas para a preservação da saúde de todas as colaboradoras e colaboradores, parceiros e clientes. O Banco adaptou sua dinâmica e processos ao regime de teletrabalho, preservando inalterada sua capacidade de atender aos seus clientes.

Desde 2001, o BDMG promove ações voltadas à saúde integral e ao bem-estar de colaboradoras e colaboradores, por meio do BDMG Envolve.

Em 2021 o Banco adaptou e modernizou o seu Programa de Saúde e Segurança — BDMG Envolve buscando dar o suporte aos colaboradores em teletrabalho e em um contexto de pandemia. Entre as ações, implantou a ginástica laboral on-line, possibilitando maior aproximação e interação com as equipes de reeducação postural, disponibilizou a plataforma BDMG Envolve, com conteúdo e orientações de ergonomia e saúde mental, entre outros, e assegurou novamente a vacinação contra gripe a todos os empregados, estagiários e equipe terceirizada.

Destaque para o lançamento em 2021 do Programa Mente Saudável, em parceria com a DESBAN e o Gattaz, Health & Results, com foco na preservação da saúde da mente, para apoiar o bem-estar emocional de todos os colaboradores do Banco. Foram realizadas diversas ações de capacitação com gestores e equipes, workshops e assessments, além da disponibilização de atendimento on-line a todos os colaboradores.

Outras ações do programa, tais como grupo vocal, práticas das atividades no espaço Envolve e reeducação alimentar, foram interrompidas em função da pandemia.

Teletrabalho

Com a pandemia de Covid-19, 85% da força de trabalho do BDMG, incluindo empregados, estagiários e equipes terceirizadas, passaram a trabalhar de forma remota.

Pesquisas internas demostraram que os colaboradores e gestores ficaram satisfeitos com a experiência de trabalho remoto e que a produtividade e a interação com as equipes permaneceram satisfatórias. Ao final de 2020, considerando a exitosa experiência, redução de custos e antenado aos movimentos em escala global de mudança no regime de trabalho das empresas, foi aprovada uma Nova Política de Teletrabalho.

Em 2021 também foi realizado um processo participativo para implantação desse novo modelo (a partir de fevereiro de 2022), alinhando-se às necessidades do Banco, ao perfil dos empregados e à natureza das atividades. Além disso, foram iniciados, ainda em 2021, diversos estudos de adequações de layout para modernização da infraestrutura de trabalho, considerando a adoção do trabalho híbrido.

Desenvolvimento
Contínuo

Capacitar as funcionárias e os funcionários para o desempenho de suas funções, bem como contribuir para que as metas organizacionais e das unidades sejam cumpridas, é o objetivo das atividades de treinamento e desenvolvimento disponibilizadas pelo BDMG.

Em 2021, foram investidos R$ 751 mil na capacitação de 131 colaboradoras e colaboradores. Foram lançados três programas estruturantes, que endereçam os seguintes temas: inglês, com o objetivo de aumentar da proficiência em empregados que atuam diretamente com negociações internacionais; cursos de pós-graduação e MBA, com foco no desenvolvimento de competências essenciais ao alcance da estratégia do BDMG; e um curso de Liderança, com o objetivo de preparar gestores e analistas com perfil de liderança para exercer seu papel determinante na concretização de metas e objetivos estratégicos.

Além dos cursos de capacitação citados acima, 185 colaboradores participaram de cursos, palestras e seminários que abordaram temáticas como Finanças Bancárias — Câmbio, ALM, Comunicação Eficaz, Gestão de Riscos, Recuperação de Crédito, Direito Administrativo, Ouvidoria e LGPD.

Destaca-se a realização de três capacitações oferecidas em parceria com o Brazil Green Finance Programme do UK Pact, que contaram com a participação de 119 colaboradoras e colaboradores: treinamento Mercado de Carbono, treinamento Linked Bonds e workshop Liderança Feminina. O Brazil Green Finance Programme tem por objetivo impulsionar investimentos em projetos de infraestrutura sustentável para dar suporte ao desenvolvimento econômico de baixo carbono no Brasil e contribuir para o cumprimento das suas metas NDCs3 no âmbito do novo Pacto Global.

Em relação aos treinamentos obrigatórios, foram ofertados, a todas as colaboradoras e todos os colaboradores efetivos, estagiários, terceirizados e Diretoria, treinamentos nas temáticas LGPD e Segurança da informação on-line, ministrado por referências internas e instituições especializadas de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Prevenção ao Terrorismo.

Outra ação de desenvolvimento mantida pela equipe de Treinamento e Desenvolvimento é a curadoria de conteúdos gratuitos, com o envio periódico a todas as colaboradoras e colaboradores de newsletter com seleção de cursos, atividades e conteúdo, com o intuito de contribuir para o aperfeiçoamento contínuo do capital intelectual das equipes, de forma alinhada às diretrizes estratégicas, ao propósito e aos valores do BDMG. No total, foram compartilhados 53 conteúdos em formatos variados, sendo os principais temas Tecnologia, Ciência de dados, Metodologias Ágeis, Liderança, Finanças, Comunicação, Soft Skills, entre outros.

3 Sigla em inglês de Nationally Determined Contribution, ou Contribuição Determinada Nacionalmente, são as metas estipuladas plano nacional não vinculativo que destaca a mitigação das mudanças climáticas para que cada país contribua para a redução da emissão de CO2.

Programa de Estágio
e de Aprendizagem

Em 2021, o BDMG reformulou o seu Programa de Estágio com o objetivo de obter maior alinhamento às necessidades do negócio, maximizar o impacto na carreira do estudante, promover a inclusão e a diversidade no ambiente de trabalho e obter mais eficiência e gestão de custos.

O Programa de Estágio do BDMG objetiva promover a integração entre o Banco e as instituições de ensino, bem como incentivar o trabalho em equipe e a troca de experiências entre estudantes e profissionais do Banco. O programa oferece oportunidade às estudantes e aos estudantes de nível superior dos cursos de Administração, Contabilidade, Direito, Economia, Engenharia, entre outros.

Já o Programa de Aprendizagem promove o desenvolvimento pessoal e profissional de adolescentes, facilitando sua inserção no mercado formal de trabalho e propiciando a aquisição de hábitos, experiências e atitudes indispensáveis à formação humana e social. O programa engloba somente a modalidade Menor Aprendiz, e o número total de aprendizes está limitado a 15% do quadro de técnicos de desenvolvimento não ocupantes de cargo de confiança lotados no BDMG.

Diversidade
e Inclusão

Buscando contribuir para a Agenda 2030 nos objetivos de igualdade de gênero e redução das desigualdades, a partir de novembro de 2021, o BDMG estabeleceu novos critérios socioeconômicos e de gênero no processo seletivo, para ampliar a oportunidade às mulheres e aos jovens provenientes de escola pública e beneficiários de programas governamentais dentro do Programa de Estágio do BDMG. Entre os estagiários, 49% são mulheres.

Diversidade entre os estagiários BDMG:

Pessoa com deficiência — Estagiários
Estagiários por raça

Em relação aos empregados, como instituição pública, as admissões são realizadas por meio de concurso público. Portanto, os critérios de inclusão estão limitados aos permitidos na legislação federal e estadual. Entretanto, as posições de gestão possuem distribuição por gênero mais equilibrada. As mulheres representam 40% do quadro geral e 47% dos cargos de gestão.

Diversidade entre os empregados do BDMG:

Raça/etnia
- Empregados concursados
Pessoa com deficiência
- Empregados concursados
Benefícios
Oferecidos

Previdência Privada

Com o intuito de assegurar às funcionárias e funcionários a complementação da aposentadoria concedida através do Regime Geral de Previdência Social — RGPS, o BDMG patrocina os planos de previdência complementar administrados pela Fundação BDMG de Seguridade Social — DESBAN.


Plano de Saúde

O Plano de Saúde oferecido pela Fundação BDMG de Seguridade Social — DESBAN disponibiliza cobertura odontológica, ambulatorial e hospitalar às suas usuárias e usuários, bem como dependentes, e é custeado pelo BDMG, pela DESBAN e pelas usuárias e usuários ativos, assistidos e autopatrocinados.


Médicos do Trabalho

O Banco dispõe de serviço de Medicina do Trabalho em suas dependências, cujas atribuições são realizar exames médicos admissionais, demissionais, periódicos e retorno ao trabalho, além de acompanhar o controle de ausências motivadas por questões de saúde.


Licença-Maternidade e Paternidade Estendidas

O BDMG é participante do Programa Empresa Cidadã, oferecendo a extensão da licença-maternidade em 60 dias (total de 180 dias) e da licença-paternidade em 15 dias (total de 20 dias) nos casos de nascimento ou adoção. Os benefícios referentes às licenças maternidade e paternidade são oferecidos a todos os funcionários, incluindo os que declaram relações homoafetivas.

Comissão Interna
de Prevenção de
Acidentes — CIPA

Tendo em vista que o Banco não apresenta riscos químicos, físicos e biológicos consideráveis, o foco da CIPA BDMG são os riscos ergonômicos e acidentes, bem como em atividades para promover a saúde das colaboradoras e colaboradores. Em 2021, as ações da CIPA foram direcionadas ao incentivo da participação de funcionárias e funcionários nas atividades de ginástica laboral na modalidade on-line, tendo em vista o regime de trabalho remoto; ao apoio à Superintendência de Gestão de Pessoas na implantação e divulgação do Programa de Saúde Mental, e ao apoio ao desenvolvimento e implementação da Plataforma de Saúde e Segurança, em parceria com o BDMG Envolve; entre outros.

No cenário de pandemia, a CIPA manteve o calendário de reuniões mensais e o diálogo constante com a Superintendência de Gestão de Pessoas nas questões relativas ao combate à Covid-19, sendo que o presidente da CIPA passou a ser membro do “Comitê Covid” do BDMG, a partir de março de 2021. Em setembro, a CIPA promoveu a Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho — SIPAT, com o tema “Mitos e verdades sobre saúde mental”, que contou com palestrantes especialistas da área e com expressiva participação dos funcionários.

Desempenho

  • Desempenho
  • |
  • Relatório de Sustentabilidade 2021

O desembolso total em 2021 foi de R$ 1.929,7 milhões, atendendo a 4.918 clientes privados e públicos. Em comparação com o desembolso de 2020, observa-se um decréscimo de 32%, que reflete a implantação de programas de crédito emergenciais no momento da eclosão da crise sanitária. Considerando todo o período de pandemia, o Banco acumula R$ 4,6 bilhões injetados na economia mineira, contribuindo para o fortalecimento, a recuperação e a superação desse cenário adverso, com atendimento a 16.449 clientes entre março 2020 e dezembro 2021.

Desembolsos Mensais
e No de Clientes atendidos
em 2021 — Mensal

Em 2021, analisando-se os desembolsos por porte das empresas4, R$ 311,9 milhões foram destinados a 4.522 micro e pequenas empresas, o que representa 92% do número de clientes atendidos pelo BDMG no período. Para as 153 médias empresas foram desembolsados R$ 586,6 milhões, enquanto, para 49 empresas de grande porte, o montante foi de R$ 933,6 milhões. Já para o setor público, foram R$ 91,8 milhões desembolsados para projetos em 203 municípios. Outros R$ 5,7 milhões foram destinados aos aportes em Fundos de Investimento e Participações (FIP).

Quanto à origem dos recursos desembolsados no ano, 65,4% foram recursos próprios e/ou advindos de captações domésticas e internacionais; 33,2% foram de repasses e 2% de fundos. As fontes de recursos que se destacaram no período foram: Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), que correspondeu a 24,2% do desembolso total; e Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (FUNCAFÉ), com 22,5%. Os produtos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), assim como os do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (PRONAMPE), também apresentaram boa performance, ambos correspondendo a 9,5% do total dos recursos repassados.

4 A classificação do porte das empresas no BDMG: Micro e Pequenas Empresas: faturamento anual bruto menor ou igual a R$ 4,8 mil; Média: maior que R$ 4,8 milhões e menor ou igual a R$ 300 milhões e Grandes Empresas, acima de R$ 300 milhões.

Desembolso 2021
Por fonte de recursos
(em R$ milhões) 

Fonte Desembolso %
Recursos
Próprios 65,4%
  • LCA
  • PRONAMPE
  • FRP
  • BEI
  • BD GIRO
  • Setor Público
  • Outros*
  • 466,5
  • 182,4
  • 165,0
  • 137,4
  • 119,0
  • 77,1
  • 114,9
  • 24,2
  • 9,5
  • 8,6
  • 7,1
  • 6,2
  • 4,0
  • 6,0
Repasses 33,2%
  • FUNCAFÉ
  • BNDES
  • FUNGETUR
  • FINEP
  • CEF
  • 434,4
  • 182,9
  • 16,1
  • 6,3
  • 0,2
  • 22,5
  • 9,5
  • 0,8
  • 0,3
  • 0,0
Fundos 1,4%
  • Renova
  • FAPEMIG
  • 22,1
  • 5,4
  • 0,1
  • 0,3
Total 1.927,0 100,0

* BDMG DIGITAL, SAÚDE, BD FIXO, FIPs e EQUITY, FAPEMIG, BDMG E CARGIL/LCA

Os setores que se destacaram em volume de desembolso foram Comércio e Serviços, com R$ 1.002 milhões, ou 52% do total. A Indústria da Transformação aparece em segundo lugar, com 26% dos desembolsos ou R$ 92,1 milhões, seguido do setor de Agricultura, Pecuária e Silvicultura, que representou 11%, com R$ 213,2 milhões.

Distribuição setorial dos Desembolsos BDMG
— Comparativo 2020-21 (em R$ milhões) 

2020 % 2021 %
Comércio e Serviços
  • 1.691,0
  • 59,3
  • 1.002,0
  • 51,9%
Indústria da Transformação
  • 672,4
  • 23,6
  • 492,1
  • 25,5
Agricultura, Pecuária e Silvicultura
  • 115,0
  • 4,0
  • 213,2
  • 11,0
Serviços Indust. de Utilidade Pública
  • 262,4
  • 9,2
  • 165,9
  • 8,6
Construção
  • 95,7
  • 3,4
  • 42,0
  • 2,2
Indústria Extrativa Mineral
  • 5,8
  • 0,2
  • 8,8
  • 0,5
Aporte em FIP
  • 7,2
  • 0,3
  • 5,7
  • 0,3
Total geral 2.849,5 100 1927,7 100

Fonte: Dados Internos

Desembolso
por Macrorregião

Com relação à distribuição regional do volume desembolsado, R$ 1.223 milhões (69%) foram destinados às macrorregiões Central, Sul de Minas e Triângulo Mineiro. As regiões Norte, Noroeste e do Jequitinhonha obtiveram desembolsos de R$ 153,1 milhões (8%). Outras macrorregiões receberam R$ 365,6 milhões do volume total liberado (21%), conforme o quadro ao lado:

Distribuição do Desembolso 2021 por Macrorregião
(em R$ milhões) 

2020 % 2021 %
Central
  • 969,5
  • 34
  • 551,2
  • 29
Sul de Minas
  • 532,7
  • 19
  • 448,0
  • 23
Triângulo Mineiro
  • 371,3
  • 13
  • 223,9
  • 12
Alto Paranaíba
  • 190,4
  • 7
  • 199,0
  • 10
Zona da Mata
  • 184,6
  • 6
  • 100,8
  • 5
Norte de MInas
  • 151,8
  • 5
  • 93,6
  • 5
Centro Oeste de Minas
  • 111,7
  • 4
  • 91,9
  • 4
Rio Doce
  • 79,4
  • 3
  • 29,8
  • 2
Noroeste de Minas
  • 43,8
  • 2
  • 39,7
  • 2
Jequitinhonha
  • 51,3
  • 2
  • 19,8
  • 1
Subtotal
  • 2.686,5
  • 94
  • 1.787,6
  • 93
Outros estados e Aporte em FIP
  • 163,1
  • 6
  • 142,0
  • 7
Total geral 2.849,5 100 1927,7 100

As empresas e prefeituras atendidas em 2021 são provenientes de 526 municípios, sendo 432 municípios (82%) com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) inferior à média brasileira. Vale ressaltar que 39% do total aplicado na região Norte de Minas foram direcionados para projetos de energia solar fotovoltaica, contribuindo para o crescimento de projetos de energia renovável na região.

Presente com pelo menos um contrato ativo em 793 dos 853 municípios mineiros (93%), o BDMG tem atuado com capilaridade, beneficiando todas as regiões do estado na geração de impacto socioeconômico relevante.

A carteira ativa fechou o ano com um saldo de R$ 5,8 bilhões, apresentando um recuo de 3% em comparação ao mesmo saldo de 2020, e 29.322 clientes, contra 29.170 do período passado.

Presença do BDMG nos municípios mineiros, segundo IDH (Dez/21)

5 A classificação do porte das empresas no BDMG: Micro e Pequenas Empresas: faturamento anual bruto menor ou igual a R$ 4,8 mil; Média: maior que R$ 4,8 milhões e menor ou igual a R$ 300 milhões e Grandes Empresas, acima de R$ 300 milhões.

ATUAÇÃO EM
RESPOSTA À COVID-19

O BDMG tem atuado de maneira efetiva, técnica e dentro das melhores práticas de governança bancária nacional e internacional no apoio aos diversos setores da economia mineira afetados pela pandemia da Covid-19. Por meio das linhas de financiamento, incluindo aquelas criadas ou adaptadas para dar suporte aos setores mais afetados pela crise, desde o início da pandemia6 até dezembro de 2021, o BDMG já desembolsou volume superior a R$ 4,6 bilhões para 16.449 clientes situados em 710 municípios de Minas Gerais.

Nesse período, os setores que receberam atenção diferenciada do BDMG foram: cadeira produtiva de saúde, turismo e micro e pequenas empresas. O BDMG Pronampe foi o produto que atendeu a maior quantidade de MPE, desembolsando R$ 854,9 milhões para 12.189 clientes.

6 Março de 2020, quando a pandemia foi decretada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Agronegócio

Em 2021, 49% do desembolso total foram direcionados ao agronegócio. Isto é, R$ 949,9 milhões em financiamentos realizados principalmente por meio de linhas que utilizam recursos originários da emissão de títulos de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), do Funcafé e do BNDES. O desembolso atrelado às linhas da LCA foi de R$ 466,5 milhões, ou 49% do total destinado ao setor do agronegócio — uma ligeira diminuição de 1% em relação a 2020. Durante o ano, foram criadas novas linhas de crédito exclusivas para o agronegócio, abrangendo desde pequenos produtores rurais até empresas e cooperativas exportadoras.

Funcafé

Entre os recursos destinados ao agronegócio, o Funcafé representou 46% do desembolso para a cadeia cafeeira (R$ 434 milhões), uma redução de 4% em comparação ao ano anterior. Com relação ao Ano-Safra 2020/2021, o BDMG operou com o maior recurso de sua história voltado para o crédito ao setor cafeeiro: R$ 462,5 milhões, integralmente desembolsados. Já para o Plano Safra de 2021/2022, o valor disponibilizado é de R$ 355,5 milhões, dos quais R$ 276,4 milhões, ou 77%, já foram desembolsados. Trata-se do 2º maior orçamento do fundo no Brasil, atrás apenas de um banco com atuação nacional.

Apoio ao produtor rural: novas frentes

Em junho, foi assinado o termo de parceria para a implementação de um projeto-piloto com a cooperativa Cresol Minas — Cooperativa de Crédito Rural com Interação Solidária de Minas Gerais. A cooperativa começou a atuar como agente financeiro, repassando recursos do BDMG e permitindo ao Banco aumentar sua capilaridade no alcance de produtores rurais de diferentes portes e atuando como banco de segundo piso. Até dezembro, haviam sido repassados R$ 2,3 milhões.

Em julho, foi lançada a linha BDMG Agro Exportação, com a finalidade de dar suporte financeiro a empresas exportadoras da cadeia do agronegócio, valorizando a produção mineira no mercado internacional. Até dezembro de 2021, foram repassados R$ 59 milhões.

O BDMG também passou a acessar diretamente recursos do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) para operar linhas do Plano Safra 2021/2022 no valor de R$ 22,8 milhões.

SETOR PÚBLICO

Em 2021, o BDMG orientou sua estratégia para oferecer crédito ao setor público de forma on-line, via Plataforma BDMG Digital, com limite referencial de
R$ 5 milhões para cada município, em conjunto com outros limites, de acordo com o porte populacional.

Ao longo do ano, foram desembolsados R$ 91,8 milhões para projetos de 203 municípios mineiros, sendo que 93% do volume total desembolsado estava alinhado a, pelo menos, um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - ODS. A pulverização do crédito alcançada com o Edital e com as demais linhas permitiu a manutenção do BDMG na posição de agente financeiro com maior número de operações deferidas pela Secretaria do Tesouro Nacional: 83% das operações em Minas Gerais, em 2021. Na perspectiva do valor financeiro global das operações, o BDMG ficou em segundo lugar, após um banco de atuação nacional.

EDITAL BDMG
MUNÍCIPIOS 2021

Em abril, o Banco lançou um novo Edital de financiamento ao setor público, disponibilizando recursos por meio de 4 linhas: Urbaniza (infraestrutura urbana), Cidades Sustentáveis (energia limpa, modernização de prédios públicos), Saneamento (água, esgoto e resíduos sólidos) e Maq (máquinas, equipamentos e veículos). Um total de 261 municípios foram contemplados com novos contratos, celebrados sem garantia da União, perfazendo um volume de R$ 387 milhões de crédito, que viabilizarão novos investimentos, superando o orçamento inicial do Edital 2021 de R$ 300 milhões. Cerca de 46% do valor (R$ 180 milhões) serão destinados a 145 municípios com IDH menor que a média do Estado, que terão benefício adicional de redução de 1 p.p. na taxa de juros quando comparado aos demais clientes. Adicionalmente, os novos contratos também ampliarão a cobertura regional da carteira do setor público, visto que 106 municípios não possuíam, previamente ao Edital 2021, operações ativas com o Banco.

Em complemento à oferta de crédito via Edital, também foram disponibilizadas outras 4 linhas de acesso contínuo: a linha Sustentabilidade, para investimentos relacionados aos ODS; a linha Prevenção, para investimentos que previnem danos causados por fortes chuvas ou secas; a linha Solidário, para investimentos emergenciais em função de estado de calamidade municipal; e a linha de Estradas Vicinais, para pavimentação e outros investimentos em estradas de gestão municipal.

PLATAFORMA
DE PROJETOS

Estruturação de projetos de concessão: assessoria ao Governo Estadual

No âmbito do acordo de cooperação assinado em abril de 2020 com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do contrato de prestação de serviços com a Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade (SEINFRA) — cuja finalidade é viabilizar investimentos, garantir manutenção dos trechos e fortalecer a infraestrutura logística do Estado —, ao longo de 2021 foi realizada a estruturação da concessão rodoviária do Lote Ouro Preto, com realização de consulta pública nos meses de julho e agosto e adaptação dos estudos após o recebimento de sugestões da referida etapa.

Em agosto de 2021, foi assinado o contrato de concessão do projeto de três unidades de conservação da Rota das Grutas Peter Lund, que integra o Programa de Concessão de Parques Estaduais (Parc) do Instituto Estadual de Florestas (IEF). O modelo de concessão foi elaborado pelo BDMG, consolidando a atuação do Banco no segmento de estruturação de projetos também para o governo estadual.

Estruturação de projetos de concessão: parcerias para o setor de Infraestrutura

No âmbito do Termo de Cooperação Técnica celebrado com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), com o objetivo de promover o desenvolvimento de políticas públicas de gestão ambiental e de saneamento básico, o BDMG tem auxiliado tecnicamente a SEMAD na busca de solução economicamente viável para a criação de unidades regionais de saneamento básico, em observância aos ditames do novo marco legal do saneamento básico, via a Lei Federal nº 14.026, de 15 de julho de 2020.

Como parte do acordo de cooperação celebrado com o governo britânico, por meio do Brazil Green Finance Programme — UK Pact, assinado em junho de 2021, foram disponibilizadas consultorias para fomentar a parceria de gestão e a destinação de resíduos, como projeto de infraestrutura sustentável na agenda ambiental e climática de Minas Gerais.

Nesse contexto, o BDMG tem desenvolvido estudos e projeções para a instituição do arranjo dos municípios do Estado de Minas Gerais com vistas à prestação regionalizada dos serviços de saneamento e resíduos sólidos. Objetiva-se promover ganhos de escala e garantir a universalização do acesso da população mineira aos serviços públicos de saneamento básico, mediante a apresentação pelo Governo Estadual do Projeto de Lei nº 2884/2021.

Assessoria Municipal

Em dezembro, a Prefeitura de Poços de Caldas lançou a licitação pública de concessão para a gestão e operação do Circuito Turístico Integrado do município, formado pelo Complexo Turístico Cristo Redentor, com seu teleférico e com a rampa de voo livre, a Fonte dos Amores, o Recanto Japonês e o Complexo Turístico Véu das Noivas. O projeto foi estruturado pelo BDMG.

RECUPERAÇÃO
ECONÔMICA
APÓS DESASTRES

Ao longo de sua existência, o BDMG apoiou, em caráter emergencial, municípios e o setor produtivo nos momentos de desastres naturais ou de graves ocorrências que acometeram a população mineira. No caso do rompimento da Barragem do Fundão, em Mariana (MG), desde 2017 o BDMG tem atuado em conjunto com a Fundação Renova nos programas socioeconômicos relacionados à dinamização econômica da região do Rio Doce, nos 35 municípios da área mineira de atuação da Fundação.

O Fundo Desenvolve Rio Doce é um produto de financiamento de capital de giro com o objetivo de fomentar a atividade econômica nos municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo afetados pelo rompimento da barragem de Fundão. Em 2021 foram liberados R$ 7,1 milhões para 204 clientes. Os valores indicam uma redução de 44%, em relação ao ano de 2020, como reflexo das condições financeiras mais favoráveis de programas emergenciais do governo federal, como o Pronampe. Desde o início de sua operação, em outubro de 2017, o programa Desenvolve Rio Doce já apoiou quase 7.400 empregos, em 1.499 operações realizadas, totalizando um desembolso de R$ 49,3 milhões.

O BDMG também é o agente financeiro do Programa de Coleta e Tratamento de Esgoto e Destinação de Resíduos Sólidos, dentro do edital/produto Renova Municípios Não Reembolsável.

O programa disponibiliza recursos financeiros aos municípios para elaboração de planos de saneamento básico, elaboração de projetos de sistema de esgotamento sanitário, implementação de obras de coleta e tratamento de esgotos, erradicação de lixões e implantação de aterros sanitários regionais.

Desde o início do programa, foram desembolsados R$ 28,5 milhões, para 30 municípios. Desse total, R$ 14,5 milhões foram liberados em 2021 para 26 clientes, apresentando um crescimento de 24% no desembolso em relação a 2020. A primeira obra do programa foi concluída em 2021, em São José do Goiabal, permitindo atendimento de 100% da coleta e tratamento de esgoto da cidade, com investimentos da ordem de R$ 8 milhões. Além disso, há 12 obras em andamento em 8 municípios, representando investimentos de cerca de R$ 37,4 milhões.

BDMG Solidário integra plano de ação do Governo do Minas

Visando minimizar os efeitos provocados pelas chuvas em janeiro de 2022, o BDMG disponibilizou um programa de crédito emergencial para apoiar a normalização de atividades que geram renda e desenvolvimento para a população impactada pelas chuvas no estado. O programa é parte de um plano de ação anunciado pelo Governo de Minas, denominado Recupera Minas, e contempla linhas de financiamento com taxas reduzidas e prazos acessíveis para prefeituras (infraestrutura e habitação popular) e pequenos negócios de cidades com decreto de situação de emergência ou calamidade publicado pela Defesa Civil de Minas Gerais. O orçamento das linhas soma R$ 366 milhões.

ENERGIA LIMPA
E MUDANÇA CLIMÁTICA

Em 2021, o volume desembolsado para projetos de energia limpa totalizou
R$ 169 milhões, 52% superior a 2020. Os projetos na categoria energia renovável alcançaram o montante de R$ 150,4 milhões, 54% superiores a 2020. Eles foram financiados principalmente por meio das linhas BDMG Sustentabilidade BEI e FINAME, contribuindo para o alcance das metas dos ODS 7 e 13.

Cerca de R$ 83 milhões foram destinados para projetos de energia solar fotovoltaica em 18 municípios, sendo 67% deles com IDH inferior à média brasileira. Desse total, 44% foram destinados para a macrorregião do Norte de Minas.

Projetos BEI

O contrato com o Banco Europeu de Investimento (BEI) assinado em 2019, no valor de 100 milhões de euros, tem como objetivo incentivar projetos favoráveis à redução das mudanças climáticas. Até dezembro de 2021, foram contratados 29 projetos, sendo 25 usinas fotovoltaicas, 3 centrais geradoras hidrelétricas e 1 projeto de expansão de rede de iluminação pública. Entre eles, 16 projetos foram contratados em 2021, que totalizam investimentos da ordem de R$ 207 milhões, sendo que R$ 150,3 milhões foram financiados pelo BDMG — com R$ 112 milhões desembolsados no ano — e o restante corresponde à soma da contrapartida das empresas.

Localização dos Projetos de Energia Limpa por tipo — Projetos aprovados 2021

COP26

Durante a última Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, COP26, o BDMG assinou um aditivo ao contrato com o Banco Europeu de Investimento (BEI) para ampliar a linha de crédito já existente em 20 milhões de euros. Os recursos adicionais serão utilizados para compor linhas de crédito do Banco voltadas ao financiamento de projetos de energias renováveis e eficiência energética, além de prover capital para projetos de investimentos de micro, pequenas e médias empresas.

Outro evento relevante ocorrido durante a COP26 foi a formalização da participação do Banco no Green Bank Network, tornando-se o primeiro banco de desenvolvimento no mundo a participar da rede, que reúne os principais bancos com foco em investimentos verdes.

COP26

No âmbito do Climate Policy Initative (CPI), o BDMG foi convidado para participar do Advisory Council, do Framework for Sustainable Finance Integrity, além de vários fóruns coordenados pelo CPI como o Global Innovation Lab for Climate Finance.

Parcerias para uma Gestão Sustentável

Em 2021, o BDMG iniciou o desenvolvimento de cooperações técnicas para o aprimoramento da gestão de riscos sociais, ambientais e climáticos.

Foi estabelecida parceria com uma consultoria especializada, com recursos do UK Pact, no âmbito do Programa de Finanças Verdes UK-Brasil, uma iniciativa da Embaixada Britânica que alavanca investimentos em infraestrutura sustentável no Brasil. Foram definidas frentes de atuação focadas em treinamento, benchmarking e estruturação de instrumentos financeiros, como créditos de carbono e Linked Bonds, e na igualdade de gênero, a fim de desenvolver uma ferramenta para a avaliação das operações de crédito de setores relevantes para o Banco em relação a riscos climáticos de transição e riscos físicos.

Também foram iniciadas cooperações técnicas com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que inclui a participação do BDMG em um projeto-piloto para teste de uma ferramenta de avaliação de riscos climáticos físicos do portfólio do Banco.

Outra parceria é a cooperação técnica com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), a qual contempla seis frentes: ampliação do portfólio ODS, melhoria contínua da gestão socioambiental, implantação de estratégia climática e de gênero, apoio aos municípios e auditorias de projetos para MPE e infraestrutura.

E visando criar um fórum de troca de experiências e aprimoramento contínuo, o Office of Evaluation and Oversight (OVE), escritório independente de avaliação e monitoramento das práticas dos projetos do Grupo BID lançou, em agosto, a Rede de Capacitação de Avaliação

(ReDeCa), da qual o BDMG faz parte. A ReDeCa irá contribuir para o fortalecimento da cultura e da capacitação de avaliação nas instituições participantes através de aprendizados entre seus profissionais.

Novos Produtos para a Sustentabilidade

O BDMG tem atuado no lançamento de produtos financeiros direcionados à projetos sustentáveis, como é o caso do BDMG Eficiência Energética — MPE l e MPE ll; e o BDMG Fotovoltaico, linha de crédito voltada para projetos de energia solar fotovoltaica para autoconsumo, lançado também na plataforma digital do Banco. Essas linhas possuem prazos de até 72 meses de financiamento, com até 6 meses de carência.

Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol (PBGHG)

O BDMG conquistou, pelo sexto ano seguido, o selo ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol (PBGHG), principal metodologia utilizada no mundo para medir as emissões de gases de efeito estufa (GEE). A iniciativa foi criada pelo World Resources Institute (WRI), dos Estados Unidos, que certifica as principais organizações internacionais.

Segundo o inventário realizado em 2021 (com dados de 2020), as emissões de GEE provenientes de algumas das fontes que pertencem ou são controladas pelo BDMG, como emissões fugitivas de aparelhos de ar-condicionado, caíram 69% em seis anos, passando de 70,8 tCO2e para 21,7 tCO2e. As emissões indiretas por consumo de energia também apresentaram expressiva redução das emissões.

Ainda que os resultados recentes tenham sido um reflexo da diminuição das atividades presenciais no Banco, devido à necessidade de isolamento social durante a pandemia, verifica-se um processo contínuo de redução de emissões pelo BDMG ao longo dos anos.

SETOR EMPRESARIAL

Micro e Pequenas Empresas

As micro e pequenas empresas (MPE) exercem papel fundamental na economia, sendo responsáveis por grande parte da oferta de empregos. O BDMG realiza a análise e concessão de crédito aos micro e pequenos empresários através da plataforma on-line BDMG Digital, oferecendo agilidade e simplicidade ao processo. Além disso, o Banco também conta com uma expressiva rede de correspondentes bancários credenciados, capilarizando o atendimento presencial a esse porte de empresas.

O volume total de desembolso para micro e pequenas empresas alcançou R$ 311,9 milhões. Desse valor, 99% vieram de processos originados via BDMG Digital. Foram 4.540 clientes com financiamentos liberados pela plataforma, 60% atendidos por correspondentes bancários e 40% via acesso direto à plataforma digital.

Com relação à oferta, o destaque do ano foi o BDMG Pronampe, responsável pela liberação de R$ 197 milhões, correspondendo a 63% do total liberado para o porte MPE. Além da taxa atrativa e condições especiais de limite e garantia, o produto contou com diferenciais importantes para o setor do turismo e para empresas lideradas por mulheres, reforçando a atuação do BDMG como agente anticíclico.

Além disso, foi lançado em 2021 o BDMG Fotovoltaico, linha de crédito voltada para projetos fotovoltaicos focados, principalmente, no autoconsumo. A linha possui prazos de até 72 meses de financiamento, com até 6 meses de carência, e pode ser acessada tanto por meio dos correspondentes bancários credenciados como de integradores parceiros.

Rede de Correspondentes Bancários

Ao longo de 2021, grande parte da rede de Correspondentes Bancários do BDMG atualizou seu contrato com o Banco por meio dos novos editais de credenciamento lançados em abril desse ano. Os novos editais, direcionados aos diferentes perfis de correspondentes, trouxeram novidades relacionadas ao formato de remuneração e bonificação, além de avanços importantes vinculados ao controle e conformidade de atuação da rede.

Ações de atração de novos correspondentes também foram frequentes, ampliando e diversificando o canal indireto de acesso ao crédito BDMG, que encerrou o ano com 421 correspondentes bancários credenciados.

No terceiro trimestre, concluiu-se o credenciamento do Sebrae como correspondente bancário BDMG, sendo o primeiro parceiro a se credenciar por meio do novo edital, destinado a pessoas jurídicas privadas constituídas sob a forma de serviço social autônomo.

Além disso, o BDMG investiu na capacitação dos correspondentes bancários, implementando uma plataforma de ensino a distância para realização e acompanhamento de treinamentos e certificação de sua rede.

Vale destacar também o lançamento, ocorrido no final do ano, de uma nova modalidade de correspondentes bancários, denominada Parceiro Simples. Ela é destinada a empresas com expressivo relacionamento junto a bases de micro e pequenas empresas, porém sem estrutura para a atividade operacional de coleta de documentos e informações cadastrais das empresas. Nesse modelo de credenciamento, o correspondente atua na primeira etapa do processo, divulgando a atuação do BDMG, captando clientes e encaminhando propostas de financiamento. O cliente, por sua vez, dá sequência no preenchimento dos dados cadastrais e segue a jornada diretamente através da plataforma digital.

Médias e Grandes Empresas

O BDMG acredita que tecnologias inovadoras e parques fabris competitivos contribuem para diversificar a matriz econômica do estado de forma sustentável, gerando emprego e renda. Nesse contexto, inserem-se empresas de maior porte, capazes de interligar cadeias produtivas relevantes para o desenvolvimento do estado.

Em 2021, o BDMG atendeu 198 médias e grandes empresas, sendo 153 delas de médio porte7. Para elas, foram desembolsados R$ 586,6 milhões, enquanto, para as grandes empresas, o montante foi de R$ 933,6 milhões.

Destaque para o agronegócio, que representou 62% do valor desembolsado, equivalente a R$ 947,5 milhões. Em geral, as principais atividades apoiadas foram: comércio e atacado de café em grão; comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios — hiper e supermercados —; criação de aves; fabricação de laticínios; e transporte rodoviário de carga.

As médias e grandes empresas que obtiveram financiamento em 2021 estão situadas em 112 municípios, sendo que 59% possuem IDH abaixo da média brasileira.

7 Considera-se de porte médio, empresas com faturamento anual entre R$ 4,8 milhões e R$ 300 milhões. Acima de R$ 300 milhões, são classificadas como de grande porte.

IGUALDADE DE GÊNERO

Com o objetivo de apoiar as MPEs controladas por mulheres e incentivar o empreendedorismo feminino, o BDMG disponibilizou as linhas de financiamento Empreendedoras de Minas, Giro Já Empreendedoras e Pronampe Mulheres. Ao todo, foram liberados R$ 72,9 milhões em 2021, atendendo a 1.448 empresas com esse perfil.

Em 2021, os financiamentos para mulheres empreendedoras representaram 32% do total de clientes atendidos via BDMG Digital.

Engajamento BDMG

Outras ações do Banco que merecem destaque no tema são a participação no Paris Development Banks Statement on Gender Equality and Women’s Empowerment, desde novembro de 2020, e a adesão ao Women Empowerment Principles (WEP), em outubro 2021.

A primeira iniciativa é uma rede de 29 bancos de desenvolvimento de todo o mundo, que se reúne para debater as políticas de igualdade de gênero. Coordenado pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e pela ONU Mulheres, em novembro, durante o Rome Finance in Common, foi lançado o relatório Public Development Banks Driving Gender Equality que relata as boas práticas do BDMG.

Com relação ao WEPs, o BDMG tornou-se o primeiro banco de desenvolvimento do país a ser signatário. Essa adesão insere o BDMG no ecossistema de empresas comprometidas com a diversidade do quadro de colaboradores e contribui para o aprimoramento da estratégia no apoio às mulheres empreendedoras via linhas de créditos e outras ações complementares.

Inovação

Visando aumentar a eficiência no atendimento aos projetos de inovação, em 2021 o BDMG atuou por meio de dois editais.

O primeiro atendeu empresas com faturamento até R$ 16 milhões para projetos de até R$ 1 milhão e o segundo contemplou empresas com faturamento entre R$ 4,8 milhões e R$ 16 milhões para projetos de até R$ 3 milhões.

No primeiro edital, foram credenciadas 32 empresas com projetos no valor total de R$ 19,7 milhões e, no segundo edital, 7 empresas credenciadas com projetos no valor total de R$ 14,8 milhões. Das empresas atendidas, foram contratados 6 novos projetos, no valor total de R$ 3,5 milhões.

Mesmo com os desafios impostos pela pandemia, o BDMG desembolsou R$ 17,1 milhões e contratou R$ 18 milhões em 14 novos projetos no segmento de inovação no ano de 2021.

Investimento em FIP

Além do estímulo à inovação por meio do financiamento, o BDMG também atua com instrumentos de investimento para o apoio a empresas inovadoras e com elevado potencial de crescimento. Em 2021, R$ 5,7 milhões foram integralizados nos nove Fundos de Investimento em Participação (FIPs) e em um Fundo de Venture Debt. Em conjunto, esses fundos já investiram R$ 104,7 milhões em 37 empresas mineiras.

O Banco possui participação acionária em duas companhias, detendo 6,5% das ações da Unitec Semicondutores S.A., indústria de semicondutores localizada em Ribeirão das Neves (MG), da qual é acionista desde 2012, e 5,97% da Biomm S.A., indústria biofarmacêutica localizada em Nova Lima (MG), da qual é acionista desde 2013.

Parcerias de Inovação

Ao longo de 2021, o BDMG estabeleceu diversas parcerias com foco na inovação. No final de março, iniciaram-se as etapas de inscrição e seleção das startups inscritas no programa de aceleração do Governo de Minas, o Seed MG, do qual o BDMG está participando em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (SEDE).

Outro projeto que buscou discutir o impacto inovador dos financiamentos do Banco foi a parceria com a faculdade Skema Business School, por meio da qual alunos de graduação realizaram uma avaliação do impacto da carteira de inovação do BDMG e buscaram pontos fortes, carências e potenciais soluções. O Banco renovou, ainda, a parceria com a EMBRAPII e a FAPEMIG, contribuindo com financiamentos reembolsáveis a Unidades e Polos EMBRAPII.

Em conjunto com a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão e a Ouvidoria Geral do Estado, o BDMG foi um dos realizadores da 6ª edição do Prêmio Inova Minas Gerais. O objetivo é incentivar as boas práticas e ideias inovadoras que contribuem com a gestão governamental. São duas modalidades: “Iniciativas Implementadas de Sucesso” e “Ideias Inovadoras Implementáveis”. Participaram do concurso os servidores, empregados públicos, estagiários e bolsistas que atuam no Poder Executivo do Estado de Minas Gerais.

Turismo

Para o atendimento ao setor, um dos mais atingidos pelos efeitos da pandemia, o BDMG atua junto ao Ministério do Turismo na operação do Fundo Geral de Turismo (Fungetur) desde 2018, repassando recursos voltados para a melhoria da infraestrutura turística.

Em 2021, 273 empresas do setor receberam financiamento, somando R$ 16,1 milhões em liberações. Em todo o período da pandemia, o programa Fungetur foi responsável pelo desembolso total de R$ 83,7 milhões para 1.057 empresas.

Impactos

  • Impacto
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  • Relatório de Sustentabilidade 2021

Fruto de uma parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em 2019, o BDMG desenvolveu seu Framework ODS, tendo como base os Princípios para Títulos Verdes 2019 (Green Bond Principles 2019), os Princípios para Títulos Sociais 2019 (Social Bond Principles 2019) e as Diretrizes para Títulos Sustentáveis 2018 (Sustainability Bond Guidelines 2018)8 . Com a sua concepção, foi implementando um sistema de enquadramento com critérios de elegibilidade de projetos “Ambientais” ou ‘Sociais”, e definido uma série de indicadores de impacto que contribuem para os ODS da Agenda 2030, das Nações Unidas.

Dos 17 ODS existentes, foram identificados 13 relacionados aos projetos apoiados pelo BDMG, seja para o setor público, seja para o privado. Do total de suas 169 metas, foram identificadas 28.

Vale salientar que o Framework foi devidamente atestado por renomada empresa especializada, via emissão da Second-Party Opinion (SPO)9 . A publicação do Framework proporcionou que o BDMG se tornasse o primeiro banco público brasileiro a emitir Títulos Sustentáveis.

8 https://www.icmagroup.org/green-social-and-sustainability-bonds/green-bond-principles-gbp/;
9 Framework BDMG e a Second-Party Opinion: acesse https://www.bdmg.mg.gov.br/titulos-sustentaveis/

Com base no Framework, os financiamentos do BDMG passaram a ser categorizados como “Social” ou “Ambiental”, conforme a natureza dos projetos e seus respectivos impactos.

Os projetos enquadrados como “Sociais” são aqueles que geram benefícios relacionados à geração de emprego, igualdade de gênero, urbanização inclusiva e sustentável e recuperação econômica após desastres. Em 2021, eles representaram 25,9% do desembolso total do Banco, com destaque para o setor da Saúde (R$ 196,4 milhões) e para a Recuperação Econômica após Desastres (R$ 151,7 milhões), reflexo dos financiamentos destinados às empresas afetadas de alguma maneira pela pandemia. Os recursos destinados a projetos de Urbanização que visam o bem-estar da sociedade foram de R$ 58,7 milhões.

No que diz respeito à inclusão de gênero e em sintonia com o ODS 5 (Igualdade de Gênero), estima-se que os R$ 72,9 milhões desembolsados em 2021 contribuíram para a manutenção de mais de 6.468 vagas de emprego. As empresas lideradas por mulheres representaram 32% do total de clientes atendidos via BDMG Digital. Quanto aos financiamentos ao setor de saúde, alinhados ao ODS 3, foram financiados quatro hospitais, além de um projeto para investimentos em 40 unidades básicas de saúde e outros financiamentos para equipamentos do setor. Nesses financiamentos, mais de 455 mil pessoas são diretamente beneficiadas, entre eles mais de 52 mil pacientes e mais de 9.900 trabalhadores, além de possibilitar a fabricação de 8 mil itens entre medicamentos e demais produtos e equipamentos hospitalares, farmacêuticos e clínicos.

Inclusão Financeira
e de Gênero

22.188 empregos

apoiados com as linhas BDMG digital em 408 municípios.

6.368 empregos apoiados

(29% dos empregados apoiados via BDMG Digital)


1.448 empreendedoras atendidas

(32% dos clientes do
BDMG Digital).

Saúde
4 hospitais
além de recursos para
40 unidades básicas de saúde.
52.394 pacientes
beneficiados
9.938 trabalhadores
de saúde envolvidos
455.446 pessoas
diretamente beneficiadas
Cerca de 8.000
itens fabricados

entre produtos e equipamentos hospitalares, farmacêuticos e clínicos.

Os projetos enquadrados como “Ambientais” são categorizados como: Energia renovável e Eficiência energética; Saneamento; Transporte limpo; Prevenção e controle de poluição, agricultura sustentável e gestão sustentável de recursos naturais. O desembolso total para projetos com tais propostas foi de R$ 186,9 milhões, com destaque para o setor de Energias Renováveis (R$ 150,4 milhões), Eficiência energética (R$ 18,7 milhões) e Saneamento (R$ 15 milhões).

Os projetos de energias renováveis estão comprometidos com a geração de energia limpa e alinhados aos preceitos do financiamento favorável à melhoria das condições climáticas no mundo. Ressalta-se que os impactos causados pela geração fotovoltaica são relativamente mais baixos em comparação às fontes fósseis, além da contribuição para a redução da emissão de gases de efeito estufa.

Os impactos gerados pelos recursos empregados nesses projetos são estimados em 7.665 tCO2/ano de emissões de GEE evitadas. Isso é o equivalente ao consumo de 643 viagens aéreas de ida e volta entre Rio de Janeiro e São Paulo. A energia limpa gerada é de 102 GWh/ano, considerando todos os projetos contratados até dezembro de 2021. Isso inclui 16 Usinas Fotovoltaicas (UFVs) e duas Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) e equivale ao consumo de energia elétrica anual de 34.840 domicílios com quatro pessoas, atuando no ODS 13 — Ação contra a mudança global do clima.

Energia limpa

Energia renovável Sustentabilidade BEI e outros

102 GWh/ano energia gerada em projetos contratados até dezembro, sendo 16 UFVs e 2 CGHs — o equivalente ao consumo de energia elétrica anual de 34.840 domicílios.

Ação para o clima

7.665 tCO2e/ano de emissões de GEE evitadas — o equivalenteao consumo de 643 viagens de ida e volta entre RJ e SP.

Matriz
Insumo-Produto 

Para a avaliação dos impactos do desembolso total do Banco na economia mineira, o BDMG utiliza a metodologia da Matriz Insumo-Produto, elaborada pela Fundação João Pinheiro (FJP), que permite a identificação da quantidade de insumos de diversos ramos de atividade necessária para a produção de um produto qualquer. A partir dela, é possível identificar os setores-chave da economia, bem como fazer estudos de avaliação de impacto de políticas públicas sobre emprego, renda, arrecadação estatal etc.

Conforme a metodologia, os desembolsos proporcionaram:

R$ 1.469 milhões
à produção mineira
R$ 745 milhões
no valor adicionado
Estímulo de
21.973 empregos com R$ 329 milhões
de remuneração total.
Aumento de
R$ 55,27 milhões
na arrecadação de impostos (ICMS).
Índice de
Desenvolvimento
Humano — IDH

Com relação à distribuição regional do volume desembolsado, R$ 1.223 milhões (64%) foram destinados às macrorregiões Central, Sul de Minas e Triângulo Mineiro. As regiões Norte e do Jequitinhonha obtiveram desembolsos de R$ 113 milhões (6%). Outras macrorregiões receberam R$ 593 milhões do volume total liberado (30%).

Score
de impacto

O Score de Impacto, desenvolvido pela equipe interna do BDMG no decorrer de 2021, consiste em atribuir uma pontuação aos projetos em análise, resultante da combinação de 11 diferentes variáveis de impacto, classificadas em 5 eixos: social; meio ambiente; econômico; boas práticas e efetividade; e finalidade do projeto. Quanto mais alto o score, maior será a adicionalidade da operação.

Tal ferramenta permitirá incorporar a mensuração do impacto dos projetos na fase de decisão da concessão do crédito, enriquecendo as informações de risco, retorno e liquidez. Auxiliará, igualmente, no desenvolvimento de produtos financeiros sustentáveis e na elaboração da estratégia do Banco.

Atuação Institucional

  • Atuação Institucional
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  • Relatório de Sustentabilidade 2021

Durante 2021, foram celebradas novas parcerias com entidades afins ao propósito do BDMG, assim como foram realizadas novas adesões a iniciativas alinhadas aos ODS. Exemplo é a adesão, juntamente com o Governo de Minas Gerais, ao programa Race to Zero, campanha global que visa alcançar emissões líquidas zero de gases de efeito estufa até 2050. Vale ressaltar que Minas Gerais se tornou o primeiro estado da América Latina e Caribe a aderir à campanha, formalizada no mês de junho, juntamente com o embaixador do Reino Unido no Brasil.

Quanto ao Pacto Global, signatário desde março de 2020, o Banco foi convidado para ocupar um assento no Conselho Orientador da Rede Brasil (CORB), órgão representante do Pacto Global no país, sendo o primeiro banco de desenvolvimento brasileiro a possuir tal posição.

O BDMG assinou um termo de cooperação técnica ao Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), que permitirá a troca de experiências, conhecimentos e intercâmbio de colaboradores, em mais um passo que sinaliza o interesse do Banco em fortalecer seus laços com outros organismos subnacionais ligados ao desenvolvimento.

Com foco no alinhamento de novos projetos de infraestrutura com a agenda ASG (ambiental, social e governança), o BDMG assinou, no fim de agosto, a Estratégia Investimento Verde para o Desenvolvimento Regional, um acordo promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Regional e que inclui agentes privados e públicos, de âmbito local e federal.

No âmbito da Aliança dos Bancos Subnacionais de Desenvolvimento da América Latina e Caribe, da qual o BDMG faz parte, foi realizada em setembro a 2ª reunião do Comitê Diretivo e o workshop sobre o papel dos bancos subnacionais de desenvolvimento no financiamento para a recuperação urbana e territorial pós-Covid.


BDMG como plataforma e agente de conhecimento

Outra maneira com que o BDMG vem trabalhando para fortalecer seu leque de parcerias é a participação em debates e apresentações, em diferentes eventos. Assim, o Banco tem logrado, ao mesmo tempo, o compartilhamento de conhecimento e experiências e o balizamento de suas posições em assuntos relevantes. Acreditando na troca de conhecimentos com a Academia, em 2021 foi celebrado um termo de cooperação técnica com a David Rockefeller Center for Latin American Studies (DRCLAS), vinculado à Universidade de Harvard, que permitiu o início de um programa de intercâmbio inédito. Por meio da parceria, um aluno da universidade participou de um período de estágio supervisionado no BDMG. A Skema Business School, entidade de ensino superior e pesquisa francesa, com unidade em Belo Horizonte, também se tornou parceira do Banco.


Prêmio Minas
de Economia

Criado em 1988, em parceria com o Conselho Regional de Economia-MG (Corecon-MG), o Prêmio Minas de Economia é referência na área ao premiar os melhores trabalhos de monografia de conclusão do curso de Economia. Com 28 trabalhos inscritos, o título do primeiro lugar nesta 33ª edição foi: “O Nexo Água-Energia-Emissões na Matriz Elétrica de Minas Gerais: Impactos Econômicos e Ambientais”. Pela segunda vez, todo o processo da premiação foi totalmente virtual.

Responsabilidade Social

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  • Relatório de Sustentabilidade 2021

BDMG CULTURAL

Em 2021, o BDMG Cultural deu continuidade à realização de uma série de ações de fomento, reconhecimento e divulgação de diferentes linguagens artísticas, contribuindo para a dinamização da produção mineira no âmbito da cultura, mesmo diante do cenário de restrições causadas pela pandemia.

Desde março de 2020, as iniciativas tornaram-se majoritariamente virtuais, com ações pensadas para mitigar os efeitos da pandemia no setor cultural do Estado. As principais iniciativas conduzidas pelo BDMG Cultural, no decorrer de 2021, foram:

• 20º Prêmio BDMG Instrumental — premiação, show de encerramento e série de 4 shows no CCBB-BH;

• Prêmio Marco Antônio Araújo — música instrumental, autoral e independente;

• Prêmio Flávio Henrique — CD autoral de canção brasileira e de produção independente;

• Jovem Instrumentista — seleção de dez alunos e dez professores para aulas individuais. Aula de abertura com o músico Hamilton de Holanda;

• Ciclo de Mostras BDMG Cultural — 6 exposições físicas e virtuais na Galeria de Arte BDMG Cultural e sites expositivos das Mostras, com lançamento de catálogos (físicos e virtuais);

• Apoios e Parcerias Culturais para 2021 — programa de patrocínios — 18 projetos selecionados;

• Novo ciclo 2021 (terceiro ciclo) do Programa Educativo — 2 oficinas, 12 episódios do podcast “É Cultura?” (quatro temporadas) e dois masterclasses públicas;

• Relançamento da página do Programa Educativo, com melhoria da navegabilidade e disponibilização de todo o conteúdo lançado desde março de 2020, com textos, podcasts e oficinas;

• Lançamento de 8 novos vídeos do Coral BDMG no YouTube — projeto Coral em Casa;

• Programa Urbe Urge (manifesto e edital) — para arquitetos, urbanistas e designers. 10 lives públicas, com interlocutores convidados, e cinco encontros virtuais de tutoria, entre os interlocutores e os participantes selecionados;

• Programa LAB Cultural (edital de incentivo à pesquisa artística) — 20 selecionados, 31 encontros de tutoria, oficina e dois masterclasses;

• Festival Seres-Rios — show de abertura com Mônica Salmaso, sete diálogos, quatro lives, mostra de filmes com 24 exibições, cartografia, exposição com seis artistas convidados, quatro ações voltadas ao público infantil (oficinas, podcast e teatro);

• 6º Prêmio BDMG Cultural / FCS de Estímulo ao Curta-Metragem de Baixo Orçamento — mostra de cinema (curso, debates e exibição dos filmes premiados) e 7ª edição do Prêmio (edital);

• Projeto Trilha Cultural BDMG (edital) — apresentações de dez diferentes grupos de artes cênicas, oficinas e debates com o público local das cidades selecionadas;

• Lançamento da Revista nº 4 do BDMG Cultural no site;

• Criação do canal do BDMG Cultural no LinkedIn e publicação de artigos e notícias no site/blog.

INSTITUTO DE CIDADANIA DOS EMPREGADOS DO
BDMG — INDEC

Inspirado pela Campanha Nacional de Combate à Fome, do sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, em 1993, a Associação dos Funcionários do BDMG — AFBDMG criou o Núcleo de Combate à Fome e à Miséria que, em 1998, deu origem ao Instituto de Cidadania dos Empregados do BDMG — INDEC. Além das doações dos funcionários do banco, o INDEC conta com aporte financeiro da AFBDMG e apoio do BDMG.

O INDEC apoia técnica e financeiramente populações em situação de vulnerabilidade econômica e social no estado, desenvolvendo projetos nas áreas de educação, esporte, cultura, profissionalização, saúde e assistência social. Procurando contribuir para mitigar a insegurança alimentar provocada pela pandemia, em 2021 foram realizadas diversas ações voltadas para as famílias vulneráveis. No início do ano, o INDEC lançou a campanha “INDEC contra a Fome”, que apoiou 330 famílias com a doação de cestas básicas. A campanha foi iniciada com o apoio à CUFA — Central Única das Favelas, por meio do projeto Mães da Favela, que distribui vouchers sociais para as mães solo de favelas em Minas Gerais. Outras 12 instituições foram alcançadas com as doações dessa campanha.

No segundo semestre, o Instituto retomou os apoios aos projetos, entre eles: Creche Comunitária Dirce Maria das Dores, de Rio Manso (MG), com atendimento para 20 crianças na alfabetização; projeto “Pré-Enem Morro do Papagaio”, apoiando 30 alunos; Projeto Andorinha e Corrente do Bem, com doação de sacos de dormir para 100 pessoas; projeto “Futuro da Comunidade”, proporcionando aulas de futebol para 70 crianças; Instituição Núcleo Nave, com 121 crianças em atividades no contra turno escolar; e Projeto “Sementes do Amanhã”, em Ibirité, com apoio psicológico e educacional para 24 crianças carentes.

A campanha de Natal, além de atender às 84 crianças do Projeto Transformação Sport Clube, no Morro do Papagaio, também efetivou doações de cestas básicas para as famílias das crianças.

Ao todo, foram 26 instituições e projetos sociais apoiados no decorrer do ano, beneficiando diretamente, aproximadamente, 7 mil pessoas nos municípios de Belo Horizonte, Contagem, Ibirité, Betim, Sabará, Rio Manso, São João da Ponte, Conselheiro Lafaiete e Sete Lagoas.

DOAÇÕES

Com o intuito de apoiar projetos que transformam a vida de milhares de pessoas, o BDMG realizou, em dezembro de 2021, a doação de mais de R$ 1,1 milhão para instituições que desenvolvem ações sociais no estado. As doações foram feitas por meio da dedução de valores do Imposto de Renda (IR) e beneficiaram 11 instituições mineiras, que possuem projetos cadastrados nas leis de incentivos fiscais.

Em 2021, mais de 50 instituições se cadastraram para receber os recursos disponibilizados pelo BDMG. A seleção dos projetos beneficiados foi realizada com a participação da diretoria do Banco e representantes do INDEC, com o assessoramento da Associação dos Funcionários do BDMG (AFBDMG).

Foram priorizadas as iniciativas que atuam na promoção e proteção de pessoas em situação de vulnerabilidade social. Para receber os recursos, as entidades devem promover iniciativas que contemplem os Fundos Sociais para Infância e Adolescência (FIA) e de Direito do Idoso (FDI) e projetos esportivos, bem como as atividades do Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (PRONAS/PCD).

Fonte de Recursos

  • Fonte de Recursos
  • |
  • Relatório de Sustentabilidade 2021

Em 2021, o BDMG deu continuidade à sua estratégia de diversificação de fontes de recursos, buscando novos fundings e a utilização e ampliação de outros já contratados, para dar suporte à sua ação anticíclica e de desenvolvimento do Estado.

Em fevereiro de 2021, o BDMG recebeu a primeira tranche de recursos, no valor de 17,5 milhões de euros, da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), referente ao contrato assinado em 2020, o segundo assinado com esse parceiro. Desse recurso, parte foi utilizada para reembolso de financiamentos realizados em 2020, relacionados à minimização dos efeitos socioeconômicos da pandemia. Outra parte foi utilizada para financiar projetos alinhados aos ODS. Em novembro de 2021, após um período de negociações, o BDMG assinou um aditivo ao contrato com o BEI, para ampliar a linha de crédito em um montante de 20 milhões de euros. Como resultado, a linha total passou a ser de 120 milhões de euros. O aditivo foi assinado como parte da programação paralela da COP26. Os recursos adicionais serão utilizados para compor linhas de crédito do Banco voltadas ao financiamento de projetos de energias renováveis e eficiência energética no estado de Minas Gerais, além de prover capital para projetos de investimentos de micro, pequenas e médias empresas.

Também em novembro, o BDMG assinou uma parceria inédita com a Sudene para ser agente financeiro do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). Com isso, o Banco torna-se a primeira instituição financeira estadual apta a atuar com o fundo que, atualmente, é operado pelo Banco do Brasil e pelo Banco do Nordeste.

Em dezembro de 2021, o BDMG concretizou a estruturação de uma linha com a União Europeia (UE), por meio de um contrato com a Agência Francesa de Desenvolvimento para a doação de um recurso de 3 milhões de euros de blended finance. Esse recurso será utilizado em conjunto com outros recursos da AFD, para diminuir as taxas de produtos financeiros e apoiar o desenvolvimento sustentável em Minas Gerais.

Com essa operação, o BDMG tornou-se o primeiro banco do país a ter um blended finance com o apoio da União Europeia.

No final do ano de 2021, o BDMG também assinou um aditivo ao contrato de crédito com o FONPLATA, em negociação desde meados do ano, para a ampliação da linha e o desembolso de 6 milhões de dólares, com condições financeiras melhores do que a linha original. O destino dos recursos será para reembolsar liberações realizadas pelo Banco aos municípios de Minas Gerais, dentro dos seus programas vigentes.

Destacaram-se, também, os recursos obtidos no mercado nacional por meio das emissões de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e de Certificado de Depósito Bancário (CDB). Juntos, LCA e CDB captaram mais de R$ 280 milhões no ano de 2021. Desse montante, mais de 80% se refere a investidores residentes em outros estados da Federação.

Fundos

Repasses

Captações

Green Bond Transparency
Platform

O BDMG passou a ter uma página no site Green Bond Transparency Platform (GBTP), ferramenta digital inovadora criada pelo BID que promove a harmonização e a padronização do reporte de títulos verdes e sustentáveis na América Latina e Caribe.

Rating

A agência de classificação de riscos Moody’s América Latina (Moody’s Local), em junho de 2021, atribuiu ao BDMG o rating de BBB.br, com perspectiva estável. Conforme a agência, esse rating reflete o mandato social do banco de apoiar o desenvolvimento em Minas Gerais por meio de financiamentos de longo prazo para empresas locais, o que resulta em índices de lucratividade modestos e concentração de empréstimos por geografia e por tomador. Ao mesmo tempo, os ratings são amparados pela forte adequação de capital do banco, importante para enfrentar o enfraquecimento potencial na qualidade de ativos e pressões de lucratividade derivadas de um volume historicamente grande de renegociações e prorrogações de parcelas de empréstimos. O rating do banco também considera os esforços bem-sucedidos do BDMG em diversificar sua estrutura de captações, acessando fundos de longo prazo de agências multilaterais.

Em junho de 2021, a Moody’s Investor Services afirmou o rating global de B2 com perspectiva estável para o BDMG, que reflete as operações consolidadas no mercado regional, bem como o forte alinhamento e importância de suas operações para a política de desenvolvimento do seu controlador, o Estado de Minas Gerais. A avaliação considera o risco concentrado de ativos por tomador no Estado de Minas Gerais, apesar de seus esforços recentes para diversificar os empréstimos a micro e pequenas empresas. A avaliação de rating do Banco reflete sua capitalização robusta, que fornece uma proteção contra a deterioração do risco de ativos e seus esforços para diversificar o fluxo de financiamento acessando recursos de várias agências multilaterais.

Ao final de 2021, a agência de classificação de riscos Standard & Poor’s (S&P) reafirmou o rating do BDMG em B (escala global) e brA- (escala nacional). Em seu relatório, a agência de classificação de risco apontou que, apesar da economia fraca, o BDMG vem melhorando os resultados finais, com crescimento do lucro líquido, margens elevadas e métricas de qualidade de ativos estáveis. A análise também destacou os “níveis de capitalização mais elevados do que os pares” e a gestão de liquidez prudente, “com políticas bem definidas para mitigar descasamentos de ativos-passivos”. Conforme seu relatório, a S&P espera que o banco mantenha um desempenho financeiro estável, continue diversificando suas fontes de funding e mantenha sua gestão de liquidez prudente.

Gestão Integrada de Riscos

  • Gestão Integrada de Riscos
  • |
  • Relatório de Sustentabilidade 2021

A estrutura de gerenciamento de riscos guarda estreita consonância com as diretrizes estratégicas de atuação do BDMG e com as recomendações do órgão regulador, comprometendo-se com os padrões éticos de conduta e confiabilidade do Banco, alinhados às melhores práticas de mercado.

O Banco gerencia e monitora os riscos de crédito, mercado, liquidez, operacional e socioambiental, com vistas à sua mitigação e à otimização da eficácia operacional e dos seus resultados. Assim, são adotadas práticas de gestão de riscos adequadas à natureza e às especificidades das operações praticadas pelo Banco, mantendo padrões de controle com um índice de adequação de capital superior à exigência mínima adotada no Brasil.

A estrutura responsável pelo gerenciamento de riscos é composta pelo Conselho de Administração, Diretoria Executiva, Comitê de Riscos e Capital, Diretor responsável pelo gerenciamento de Riscos (CRO) e unidade responsável pelo gerenciamento de Riscos.

Declaração Apetite
por Riscos

A Declaração de Apetite por Riscos, estabelecida e aprovada pelo Conselho de Administração no âmbito da Política de Apetite por Riscos, tem como objetivo atestar os tipos e as quantidades de riscos que a Administração está disposta a aceitar, definindo seu perfil almejado na busca dos objetivos estratégicos, em alinhamento com os interesses do Estado, e garantindo a solidez econômico-financeira da Instituição. Ressalta-se que a Declaração de Apetite por Riscos do BDMG é alinhada ao propósito e direcionadores estratégicos.

Todas as unidades organizacionais e as alçadas decisórias devem observar o apetite por riscos definido pelo BDMG, no âmbito de suas atividades e decisões rotineiras de assunção de riscos. Dentre os objetivos mais diretamente relacionados à Declaração de Apetite por Riscos, cabe destacar:

1. Balancear níveis de rentabilidade e risco para o alcance de resultados;

2. Realizar a gestão equilibrada do funding para viabilizar os objetivos estratégicos;

3. Garantir altos padrões de qualidade, alcançando excelência técnica e operacional.

A Declaração está estruturada em quatro dimensões, que contemplam indicadores relacionados aos principais riscos envolvidos, de forma a permitir o acompanhamento das exposições e a adequada estruturação de capital


Dimensão Capital e Rentabilidade:

determina que o BDMG deve demonstrar diligência na administração de seus recursos por meio de acompanhamento sistemático que assegure: alocação dos recursos; rentabilidade mínima visando à sustentabilidade financeira; e manutenção de uma estrutura de capital que, além de estar em conformidade com os requisitos regulatórios, também disponha de uma margem de segurança para cobrir eventos inesperados, conforme Política de Gerenciamento de Capital.


Dimensão Liquidez:

estabelece a necessidade de que sejam mantidas reservas mínimas de liquidez para horizontes de curto, médio e longo prazos e estrutura de captação diversificada, com o intuito de proteger a instituição contra períodos prolongados de estresse de funding.


Dimensão Diversificação e Sustentabilidade dos Negócios:

determina o nível razoável de risco que o Banco pode assumir na execução do seu modelo de negócios, visando baixa volatilidade dos resultados e sustentabilidade financeira da instituição, bem como atendimento dos objetivos estratégicos. Para esse fim, são estabelecidos limites de concentração e exposição aos maiores clientes/grupos econômicos e monitoramento de inadimplência.


Dimensão Aspectos Operacionais e Complementares:

busca proteger o Banco da exposição a riscos operacionais que, se materializados, podem impactar negativamente os processos internos, a conformidade, o desempenho financeiro e a imagem da instituição.

O monitoramento do Apetite por Riscos é reportado à Alta Administração e orienta a tomada de medidas preventivas de forma a garantir que as exposições estejam dentro dos limites estabelecidos.

Em 2021, a Declaração de Apetite a Riscos foi revista, com o objetivo de adequação ao cenário vigente e às novas diretrizes do planejamento estratégico.

Programa de Testes
de Estresse Integrados

O Programa de Testes de Estresse, conforme definido pela resolução CMN 4.557, visa avaliar o impacto de potenciais eventos e circunstâncias adversas sobre a instituição ou em um portfólio específico, identificando possíveis vulnerabilidades. Seus resultados são documentados e utilizados na identificação, mensuração, monitoramento e controle de riscos do BDMG, sendo considerados nas revisões da Política de Apetite por Riscos, na avaliação dos níveis de capital e liquidez do Banco e na elaboração de planos de contingência.

Risco de Crédito

O risco de crédito contempla a possibilidade de perdas associadas ao não cumprimento pelo tomador de suas obrigações financeiras nos termos pactuados, desvalorização ou redução de remunerações esperadas em instrumento financeiro, aos custos de recuperação e ao risco de concentração.

Constantemente, são aprimoradas políticas e procedimentos adotados no gerenciamento do risco de crédito. Esse processo está alinhado às melhores práticas de mercado, possibilitando a adequada identificação, mensuração, controle, mitigação e reporte dessa categoria de risco. Com o objetivo de garantir os padrões de qualidade para modelos e processos fundamentais para a gestão de riscos, o Banco conta com segregação entre as atividades de negócio, análise de crédito, conformidade, gestão e controle do crédito, assegurando a independência entre as áreas e, consequentemente, decisões equilibradas com relação aos riscos incorridos.

A estrutura responsável pelo gerenciamento de riscos de crédito determina as diretrizes gerais a serem observadas pela instituição, incorporando os preceitos da governança corporativa. O processo decisório de crédito conta com diferentes alçadas decisórias. Os processos de análise, gestão de risco e gestão e cobrança do crédito são realizados por áreas segregadas das áreas de negócios.

A gestão do risco de crédito contempla as etapas de identificação, mensuração, monitoramento da carteira de crédito e do sistema de classificação de risco de crédito, elaboração e atualização das metodologias de classificação de risco de crédito, apoio na elaboração das políticas de crédito e reporte à Alta Administração.

No acompanhamento da carteira de crédito utilizam-se, entre outros, os seguintes instrumentos:

• Relatório de Testes de Estresse;

• Indicadores de apetite por riscos e qualidade da carteira de crédito (ativos problemáticos, inadimplência, cobertura, composição da carteira, risco de concentração).

Controle da
migração de ratings

O gerenciamento de risco de crédito dispõe de processo estruturado de comunicação interna das exposições. Cada relatório possui periodicidade e destinatários definidos, sendo o Conselho de Administração reportado, no mínimo, trimestralmente.

Em 2021, devido à retomada do PRONAMPE, com novas condições de crédito, foram implementadas alterações em políticas e metodologias de risco de crédito para atendimento aos novos produtos que foram criados no BDMG. Em relação a Médias Empresas, foram aprimorados os critérios de apuração de perda esperada para a precificação. Os procedimentos antifraude no processo de concessão de crédito digital foram atualizados, face ao cenário atual de aumento da incidência de crimes cibernéticos.

Risco de Mercado & Risco
de Taxa de Juros da
Carteira Bancária (IRRBB)

O risco de mercado é representado pelas perdas decorrentes da flutuação nos preços de mercado de posições detidas pela instituição, por descasamentos em suas operações ativas e passivas, tais como montantes, prazos, moedas e indexadores.

Define-se o IRRBB — Interest Rate Risk of Banking Book como o risco, atual ou prospectivo, do impacto de movimentos adversos das taxas de juros no capital e nos resultados da instituição financeira para os instrumentos classificados na carteira bancária.

A estrutura de gerenciamento do risco de mercado do BDMG abrange todos os processos, pessoas e sistemas que dão suporte à gestão do risco, objetivando a mitigação dos efeitos adversos resultantes das oscilações de mercado e das interações entre os demais riscos da Instituição, visando garantir sua estabilidade financeira.

Os processos e sistemas contemplam: a identificação de operações sujeitas ao risco de mercado e IRRBB, com seus respectivos prazos e fatores de risco; o tratamento diferenciado para operações classificadas como carteira de negociação ou demais posições; a geração de informações para atendimento aos normativos dos órgãos supervisores; o fornecimento de relatórios gerenciais que permitam a avaliação, por fator de risco e por tipo de carteira, da exposição diária ao risco de mercado e IRRBB e da adequação aos limites operacionais.

São adotadas métricas dentro da regulamentação aplicável, observando as melhores práticas do mercado e compatibilizando-as com as características operacionais da instituição. O Value at Risk (VaR) é utilizado para mensurar a exposição ao risco de mercado, com uso de ferramentas complementares.

A identificação, mensuração e controle do IRRBB realiza-se com base em metodologias consistentes com as características da carteira, considerando a maturidade, a liquidez e a sensibilidade ao risco dos instrumentos classificados nessa carteira. São utilizados choques de taxas de juros e cenários de estresse, a fim de verificar os impactos no valor econômico e nos resultados, por meio dos indicadores Economic Value of Equity — EVE (Valor Econômico do Capital) e Net Interest Income — NII (Resultado de Intermediação Financeira).

No mínimo trimestralmente, são realizadas simulações de condições extremas de mercado (testes de estresse integrado), inclusive da quebra de premissas, cujos resultados devem ser considerados ao estabelecer ou rever as políticas e os limites para adequação de capital. Além dos limites operacionais fixados na RAS, visando manter a exposição ao risco de mercado em níveis considerados aceitáveis, são também estabelecidos limites adicionais pelo Comitê de Riscos e Capital. A adequação ao limite estabelecido é monitorada diariamente e, em caso de extrapolação, há reporte às alçadas competentes que deliberam sobre as providências a serem adotadas.

Em 2021, destaca-se a redução do risco cambial mediante a realização de operações de hedge accounting na internalização das captações externas. Além disso, foram aprimorados o mapeamento de processos de informações ao órgão regulador, o mapeamento de risco dos fundos de investimento, a revisão do manual de gestão do risco de mercado e os estudos para adequação dos indicadores IRRBB.

Risco de Liquidez

O risco de liquidez se refere à possibilidade de a instituição não ser capaz de honrar eficientemente suas obrigações esperadas e inesperadas, correntes e futuras, incluindo as decorrentes de vinculação de garantias, sem afetar suas operações diárias e sem incorrer em perdas significativas. Refere-se também à possibilidade de a instituição não conseguir negociar a preço de mercado uma posição, devido ao seu tamanho elevado em relação ao volume normalmente transacionado ou em razão de alguma descontinuidade no mercado.

A estrutura de gerenciamento do risco de liquidez do BDMG abrange todos os processos, pessoas e sistemas que dão suporte à sua gestão, com o objetivo de mitigar os efeitos adversos da liquidez, garantir a capacidade de pagamento, bem como proteger a instituição contra períodos de estresse de funding, por meio de indicadores adequados para mensuração e monitoramento de reservas de liquidez.

A avaliação da liquidez é realizada com base nas projeções dos fluxos de caixa atualizados, considerando as premissas do planejamento estratégico e gerenciamento de capital. Os limites de exposição ao risco de liquidez são estabelecidos na RAS e visam preparar a instituição para suportar cenários adversos, considerando diferentes horizontes temporais.

A Política de Captação prevê um perfil de recursos adequados ao risco de liquidez, observando a diversificação adequada de suas fontes e dos prazos dos vencimentos, bem como as condições pactuadas relativas ao seu vencimento antecipado.

Na ocorrência de insuficiência dos indicadores do risco de liquidez, ou de evidências de que estes serão insuficientes, as alçadas competentes são reportadas tempestivamente para deliberar sobre as providências a serem adotadas.

Em 2021, foi revisada a política de gestão do risco de liquidez. Assim, foram implementados critérios objetivos para avaliar as contingências que possam afetar o fluxo de caixa e a definição do patamar de liquidez necessário para cobertura dessas contingências, bem como foi adotado um indicador de mercado para complementar a avaliação do colchão de liquidez necessário para o médio prazo.

Risco Socioambiental

A Política de Responsabilidade Socioambiental (PRSA) do BDMG foi criada em 2013 e atualmente está alinhada às melhores práticas internacionais, incorporando diretrizes dos ODS, do Pacto Global das Nações Unidas e do Acordo de Paris.

A PRSA auxilia na promoção de ações estratégicas alinhadas às melhores práticas do mercado para a atuação socioambiental responsável. A política também incentiva o desenvolvimento de produtos financeiros que proporcionem práticas socioambientais inovadoras, a captação de recursos nacionais e internacionais para o financiamento de negócios sustentáveis, bem como o apoio a políticas públicas e iniciativas em prol da sociedade e que mitiguem os impactos sociais e ambientais. O normativo estabelece ainda princípios, diretrizes e procedimentos específicos para as práticas socioambientais do Banco nos negócios e na relação com as partes interessadas, incluindo o gerenciamento de riscos.

O gerenciamento de risco socioambiental objetiva identificar, mensurar, mitigar e monitorar os riscos, diretos e indiretos, relacionados as questões sociais e ambientais dos processos, produtos e negócios do Banco.

A metodologia de risco socioambiental foi implementada em 2016 e, desde então, o Banco monitora as informações geradas pelo sistema, com o objetivo de promover a melhoria do desempenho ambiental de suas operações, o contínuo aprimoramento da metodologia e a identificação de oportunidades de negócio mais sustentáveis. Todas as empresas que solicitam financiamento ao BDMG passam por uma análise de risco socioambiental, sendo que grande parte dos clientes atendidos são considerados de baixo risco.

Como ações de mitigação dos riscos socioambientais, há a observância de critérios estabelecidos nas políticas e nos processos de análise, contratação e acompanhamento, de acordo com as especificidades de cada operação. Os critérios de análise são orientados por listas de atividades restritas e proibidas, critérios socioambientais para a constituição de garantias imobiliárias, inclusão de cláusulas nos contratos, avaliação do cumprimento da legislação socioambiental e pelas melhores práticas para a gestão dos riscos socioambientais.

Ainda em relação à gestão de riscos socioambientais, o BDMG elaborou, em 2021, um Plano de Ação para implementação dos novos normativos publicados pelo Banco Central. Também foram estabelecidas cooperações técnicas para o aprimoramento da gestão de riscos sociais, ambientais e climáticos.

Foi firmada parceria com uma consultoria especializada, com recursos do UK Pact, para o desenvolvimento de uma ferramenta para avaliação das operações de crédito de setores relevantes para o Banco em relação a riscos climáticos de transição e riscos físicos. A previsão é que a ferramenta seja concluída até meados de 2022 e seja compartilhada com outros bancos de desenvolvimento e agências de fomento.

Foi ainda estabelecida uma outra parceria, também com consultoria especializada, para avaliação de riscos climáticos em cadeias de agricultura em Minas Gerais, em especial, relacionadas a laticínios e ao setor sucroalcooleiro.

Também foram iniciadas cooperações técnicas com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD).

Com o BID, o BDMG faz parte de um projeto-piloto para teste de uma ferramenta de avaliação de riscos climáticos físicos no portfólio do Banco, desenvolvida por uma empresa especializada. Como resultado, será possível verificar os setores e, também, as regiões com maior risco em relação às mudanças climáticas, bem como os principais perigos climáticos que poderão afetar as diferentes atividades e localidades. Com a AFD, a cooperação contempla risco climático e riscos socioambientais, com o desenvolvimento de metodologias que permitirão aperfeiçoar as avaliações e monitoramentos desses riscos, o que ocorrerá até o fim deste ano.

Destaca-se, ainda, o treinamento contínuo de funcionárias e funcionários e o processo de avaliação de riscos socioambientais para a aprovação de novos produtos, o que assegura a conformidade em todos os produtos lançados pela instituição.

Ressalta-se que o BDMG deve garantir que todas as operações sigam critérios socioambientais em conformidade com as políticas estadual e nacional de meio ambiente e, ainda, com sua Política de Responsabilidade Socioambiental, buscando evitar e minimizar possíveis riscos e impactos negativos ao meio ambiente e à sociedade.

Em 2021, foram estabelecidas parcerias para o aprimoramento da metodologia de risco socioambiental, incluindo os riscos climáticos. Nesse sentido, o BDMG iniciou uma parceria com a empresa WayCarbon para o desenvolvimento de uma ferramenta para avaliação das operações de crédito em relação a riscos climáticos de transição e riscos físicos. Também foram iniciadas cooperações técnicas com AFD, BID e consultorias especializadas para apoio no desenvolvimento de metodologias de riscos sociais, ambientais e climáticos.

Risco Operacional

O risco operacional é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas ou de eventos externos. Determina a exposição a riscos operacionais que, se materializados, podem impactar negativamente os processos internos, a conformidade, o desempenho financeiro e a imagem da Instituição.

O BDMG adota uma estrutura de gerenciamento do risco operacional compatível com a natureza das operações, com a complexidade dos produtos e com a exposição ao risco operacional da Instituição. O modelo de gerenciamento utilizado visa identificar, mensurar, avaliar, monitorar, reportar, controlar e mitigar a exposição da Instituição a esse risco, de forma que:

I. As atividades sejam executadas adequadamente, conforme suas premissas e normas, com o objetivo de proteger seu patrimônio e promover a eficiência administrativa;

II. Os riscos operacionais inerentes às atividades do BDMG sejam identificados, avaliados e minimizados, por meio da aplicação de metodologia e de controles adequados, de modo que os níveis de riscos residuais fiquem dentro de limite aceitável, conforme definido pelo Comitê de Riscos e Capital e Conselho de Administração;

III. A estrutura de controles internos seja continuamente revisada, considerando os riscos existentes nos processos de negócio, minimizando os custos associados a riscos não controlados e/ou atividades de controle desnecessárias;

IV. Os potenciais conflitos de interesse sejam identificados e os riscos associados sejam minimizados, por meio da implementação de medidas de segregação de funções, controle de acessos a sistemas e monitoramento das atividades;

V. As funcionárias e funcionários compreendam claramente os objetivos do processo de gerenciamento dos riscos operacionais e os papéis, funções e responsabilidades atribuídas aos diversos níveis hierárquicos do BDMG;

VI. O risco operacional decorrente de serviços terceirizados, relevante para o funcionamento regular do BDMG, seja identificado e monitorado.

O BDMG adota a metodologia de Abordagem do Indicador Básico para o cálculo da parcela dos ativos ponderados pelo risco, a fim de suportar as perdas advindas do risco operacional.

Em 2021, os gestores das unidades organizacionais, com o apoio da unidade de controles internos e risco operacional, trabalharam para cumprir o cronograma estabelecido para revisão de processos, com visão de riscos, elencados como prioritários.

Desempenho Econômico-Financeiro

  • Desempenho Econômico-financeiro 2021
  • |
  • Relatório de Sustentabilidade 2021

O BDMG — em que pesem os desafios decorrentes do impacto socioeconômico gerado pela pandemia — alcançou lucro líquido de R$ 231,2 milhões no exercício de 2021, frente a R$ 25,6 milhões registrados em 2020.

Em 31 de dezembro de 2021, o patrimônio líquido do Banco era de R$ 2.080,7 milhões, 7,4% maior que o patrimônio líquido de R$ 1.937,3 milhões registrado em 31 de dezembro de 2020.

O Banco possui em sua carteira títulos classificados na categoria mantidos até o vencimento no montante de R$ 233,2 milhões e, em cumprimento à Circular Bacen 3.068/2001, a Administração do Banco declara ter capacidade financeira para manter esses títulos até os seus vencimentos.

As demonstrações financeiras do Banco de
Desenvolvimento de Minas Gerais
podem ser acessadas no link:

Demonstrações Financeiras BDMG